Cinque Terre, Forza Bruta!! 3º capítulo de Kareen
E a viagem de Kareen continua… Mais um capítulo cheio de emoção, inspiração, risadas e informação!! Para quem ainda não viu, AQUI esta ó primeiro capítulo e AQUI o segundo. E não esqueçam de passar no seu blog, Vacation Animae, para mais textos, dicas e informações práticas desta viagem.
Parte III
Cinque Terre, FORZA BRUTA
Cinque Terre não fazia parte do meu roteiro. Até porque eu não tinha um roteiro propriamente dito, mas precisava definir alguns pontos de interesses ou cidades que gostaria de conhecer até para organizar chegadas e partidas.
Minha ideia inicial era sair de Milão e ir para Veneza. Porém, minhas datas coincidiam com a abertura da Bienal de Veneza; se Veneza já é over turística e cara o ano todo, não seria um bom período para visitá-la, a não ser que eu pudesse participar das festas… O que não era o caso. Foi este o motivo que fez com que eu pensasse em encontrar outro lugar para ficar até passar “o fervo” em Veneza.
Peguei o mapa da Itália, e lá ao norte, avistei Cinque Terre. Minha irmã, Martha, havia estado lá em novembro de 2012 e tinha gostado muito, mas era baixa temporada. Quase inverno. Fui então atrás de mais informações e não tive dúvidas, era pra lá que eu iria. Eu precisava passar um tempo num lugar como aquele – em meio às montanhas e ao mar. Me considero uma pessoa urbana, mas confesso, às vezes prefiro a companhia da natureza. E como gosto de fotografar, Cinque Terre seria perfeita.
Muitas pessoas já conhecem, outras talvez não: Cinque Terre fica na região da Ligúria e é banhada pelo Golfo de Gênova. Foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade e seu Parque Nacional, que envolve as pequenas cidades (ou vilas) de Corniglia, Riomaggiore, Manarola, Vernazza e Monterosso Al Mare, são protegidas, assim como o mar. E assim, temos Cinque Terre.
As “terres”, como irei carinhosamente chamá-las aqui, podem ser visitadas de trem, a pé, ou de barco, nesse caso, a exceção é Corniglia. Melhor impossível. Sem carros. Sem buzinas. Sem stress.
(Quem quiser saber mais sobre como se organizar para ir para Cinque Terre, amanhã irei compartilhar um update e notas de viagem lá no meu blog vacation animae. )
Como estaria sozinha, ficar em uma das terres, me pareceu solitário demais. Decidi seguir a dica da mana e ficar em La Spezia, uma cidade um pouco maior e ótima base não só para conhecer as terres, mas para depois seguir viagem para o próximo destino. E assim foi.
Engraçado perceber agora que não datei boa parte do meu diário. Assim, vamos dizer que acordei numa linda manhã de Sol e segui meu caminho em direção a Milano Centrale. Com certa desconfiança, ou insegurança, comprei o ticket em uma das várias máquinas da estação (vou falar mais sobre isso também no meu blog) e lá fui eu animada e feliz para Cinque Terre.
Escolher o trem na Itália, pra mim, é um enigma. Já fiz outras viagens de trem, em Londres e Paris, e acho que existe um certo padrão. Na Itália, não. Ou não aprendi ainda. O trem era confortável, mas era um trem de cabine… Aquelas cabines para 6 pessoas sentadas e com o bagageiro na parte superior. Fiquei tensa. Eu sei e reconheço que não faço o perfil viajante. Uma mochila e o mundo. Eu gostaria, mas não sou assim. Eu tinha a mochila sim e mais uma bolsa de mão. E mais uma mala média (que estava no limite). Para quem iria viajar durante 2 meses, não é muito. Mas, o fato é que chega uma hora que a mala… pesa. Ainda mais quando se tem que colocá-la num bagageiro, e alto. Pra quem não me conhece, sou do tipo mignon. Tenho 1,60 e peso 53Kg. Sou saudável, tenho ótima estrutura física, mas que raios que eu não conseguia, e não consigo ainda, pegar uma mala e colocar no bagageiro?! Ninguém apareceu para ajudar.
O corredor era estreito, mas consegui encaixar a mala e não bloqueei o corredor, sobrou ainda espaço para passar uma pessoa… Com uma mala pequena. De mão. O trem foi enchendo, minha cabine também, chegou a hora de partir, e chegou a hora de tomar pito do fiscal do trem que gritou em alto e bom tom naquele jeito italiano de ser “Mala no meio do caminho!!!! Não pode! Tem que colocar no bagageiro! Não pode ficar aqui”. Se foi exatamente isso que ele disse em italiano, eu não sei, mas entendi o recado.
Olhei constrangida para as pessoas na cabine com aquela risadinha, ah é minha, que bobagem, vou resolver e já levantei pensando no que eu faria com a mala… O fiscal que me ajudasse a colocá-la no bagageiro. Mas se pedisse isso para ele provavelmente seria arremessada pelo trem. Todos olharam pra mim meio sem saber o que fazer até que um belo ragazzo, de 1,80m e 20 poucos anos, levantou e gentilmente ofereceu ajuda.
Já estive na Grécia, adorei, mas os verdadeiros deuses gregos, não são gregos, são italianos. Ou quando eu fui, os deuses gregos estavam de férias. Enfim, fui salva do fiscal malvado por um deus italiano e a viagem seguiu muito bem, meus amigos de cabine eram divertidos, e depois da cena da mala, nos apresentamos e não paramos de falar até chegarmos cada um ao seu destino – eu (brasileira meio portuguesa, meio italiana), quatro italianos e uma norte-americana que falava nos raros momentos em que tinha chance. E antes de dar ciao o deus italiano tirou minha mala do bagageiro.
Lá estava eu na Riviera Italiana, na Liguria, em La Spezia. Chegar sozinha num lugar sem saber ao certo que direção tomar, mesmo com ajuda do Google maps, pode ser desconfortável. Foi estranho em La Spezia. Confesso, a impressão não foi das melhores. A estação não é bonita. Não era um dia ensolarado, ventava forte. Era uma tarde com cara de chuva.
Cheguei no hotel que me pareceu ok até saber que meu quarto era no “-2”. Pensei não ter entendido, e perguntei novamente à simpática recepcionista. Mas era isso mesmo, meu quarto ficava dois andares abaixo da recepção. Mas por que meu quarto não era no andar de cima? Havia uma janela com vista para uma passagem, um passeio de pedestres. Não gostei e fiquei até meio irritada. Mas resolvi deixar pra lá. Somente depois de uma caminhada pela cidade, percebi como nos acostumamos aos padrões estabelecidos. Às vezes, até por nós mesmos. Pra mim, não era normal ficar em um quarto dois andares abaixo da entrada principal. Mas para eles, que moram numa região montanhosa, não só era normal como necessário aproveitar a geografia local. Mesmo praticando yoga há mais de 10, ficando de cabeça baixo, fazendo posturas que estimulam a ter uma olhar diferente, a praticar a flexibilidade, eu me incomodei durante uma tarde com meu quarto no “-2”. Pode?! A resposta é não precisava. E o fato é que acertei na escolha do hotel. Bem localizado, próximo do centrinho, da estação ferroviária e da marina. E a entrada principal, na verdade, era no meu andar. O nível da rua, conclusão a que cheguei quando saí para conhecer La Spezia. Ri de mim mesma e dessa bobagem.
Adoro a primavera e o verão na Europa. Em uma tarde, que se estendeu até 8 ou 9 da noite, tive tempo de conhecer o centrinho. E aí já passei a amar a cidade – uma típica cidade italiana, pouco turística (ou ainda com poucos turistas), lojinhas diferentes, restaurantes e cafés. Meu almoço foi uma farinata, de um lugar típico, que está lá desde 1887 e que comi segurando com as mãos, andando na rua. Mais italiana impossível. Na avenida principal, as árvores, estavam repletas de laranjas, acho que eram aquelas vermelhas, as toranjas, conhecidas aqui como grapefruit. Podia-se até sentir o aroma delas!
No dia seguinte, peguei meu mapa e segui para ferroviária. Meu plano inicial era conhecer as Cinque Terre de trem, depois a pé e depois de barco. Por isso me organizei pra ficar uma tarde e dois dias inteiros em La Spezia, e fazer tudo com alguma calma, e ainda ter tempo para minhas fotos, espressos, cappuccinos e taças de vinho, claro.
Quando cheguei na ferroviária, entendi: sim havia turistas, mas eles se dispersavam pelas terres e por isso não tive a sensação de uma cidade lotada. Mas agora, para pegar o trem, senti que havia uma certa disputa pelo espaço, porém o clima era muito saudável e divertido.
Comecei pela terre do meio, Corniglia, que é a menor das terres.
O verão por si ainda não havia chegado, o Sol tentava passar entre as pesadas nuvens, fofas e enormes. A visão das casas coloridas, de um colorido lavado, e penduradas na montanha em meio a um silêncio que só era quebrado pelo mar ou pelos ventos, ou por um grupo de turistas, me deixou meio sem rumo. A paisagem era bruta, rústica. Encantadora. Elegante. Delicada também pelos seus habitantes, suas flores e seus estabelecimentos comerciais. Dois pequenos restaurantes, uma pequena frutaria, uma lojinha aqui outra ali… Todos tinham um toque natural de beleza e delicadeza, que apenas a sua própria natureza podia proporcionar.
Subi por um caminho estreito até chegar no mirante e perdi o ar. Eu tinha o oceano todo a minha frente. E todo o oceano pela frente, pensei. Na montanha, onde Corniglia e suas casinhas estavam incrustadas, as flores, mesmo as mais delicadas, resistiam bravamente aos ventos.
Fiquei um bom tempo lá, na volta tomei meu cappuccino, comprei frutas e um panini para o lanche, e segui de trem para próxima terre, Vernazza.
Diferente de Corniglia, o impacto de Vernazza é aquele que você tem quando chega numa pequena e charmosa cidade de praia. Com opções de gelaterias, lojinhas, restaurantes – inclusive à beira mar, ou no alto da cidade, com uma vista vertiginosa. Chega quase a ser um pouco mais sofisticada. Mas não é. E isso que a torna tão especial. É uma autêntica “vila de pescadores” da Riviera Italiana.
Enquanto observava os turistas que se divertiam tentando ser fotografados com as ondas fortes (bem fortes) que quebravam logo atrás deles, percebi que Vernazza está para o mar tanto quanto o mar está para Vernazza. Uma cidade que está incrustada na montanha banhada pelo mar, tem que se proteger. E havia lá uma barreira de pedras, para quebrar as ondas dos dias de fúria do mar da Ligúria. E divertir os turistas. Os barcos, todos recolhidos e cobertos com a tradicional lona listrada de azul e branco. Alô fashionistas, aqui sim tem muita inspiração navy e não as ruas de Nova Iorque, pensei. E claro, o cheiro de peixe de verdade, ou de comida com peixe, que só as autênticas vilas de pescadores têm.
Avistei uma igreja, um pouco mais ao alto e fui até lá a fim de fazer algumas boas fotos das ondas. Do século 12, a linda igreja de Santa Margherita d’Antiochia já resistiu a guerras, invasões, piratas e há dois anos, em outubro de 2011, ela e toda Vernazza, foram atingidas por chuvas torrenciais, inundações e deslizamentos de terra que deixaram a cidade enterrada em mais de 4 metros de lama e detritos. A cidade foi evacuada e permaneceu em estado de emergência. Voluntários se uniram, organizaram a Save Vernazza e junto com os moradores colocaram Vernazza em pé novamente. Ao ler, e ver as imagens, num longo painel exposto na igreja, pensei, como aquelas pessoas conseguiam continuar vivendo lá? Na constante incerteza e risco de um novo desabamento ou inundação? Agora mesmo, as ondas lá fora devem ter 2 metros de altura. Numa região de vulcões e terremotos como a Itália, é muito fácil ter um tsunami aqui… Olhei por uma das janelas e revivendo meus medos passados e vivendo futuros receios, lembrei também de um ensinamento que aprendi na yoga – o medo de morrer, ou da morte, é o que nos impossibilita também de viver. Assim, os moradores de Vernazza, uma das Cinque Terre, Patrimônio da Humanidade, tinham mais é que continuar vivendo e cuidando de sua Vernazza. Ofereci uma velinha, agradeci por mim e pedi proteção para Santa Margherita – para Vernazza e para outras terres.
Poderia ter almoçado em um dos restaurantes, pareciam todos muito bons, mas nesse dia, preferi me juntar às pessoas na praça, tirei meu panini da mochila e saboreei aquele momento.
Me dei conta então que no ritmo que eu estava só conseguiria fazer todas as terres num dia se fosse somente de trem. Devido ao tempo instável e o mar agitado, as passagens pela encosta estavam fechadas. Os barcos também não iriam para o mar tão cedo. Já podia descartar essas opções. Restava ainda a opção de fazer parte das terres a pé, pelas montanhas. Vi vários turistas chegando e partindo para as trilhas. Eu não tinha levado um tênis apropriado, mas tinha opção de comprar um lá. Desde que me desfizesse de algo da mala… Ah sim, eu não contei isso pra vocês. Eu poderia comprar algo novo, desde que deixasse algo pra trás. E comecei a praticar isso em Milão. A blusa que usei dois dias seguidos ficou. Era uma malha normal, preta. Eu gostava dela. Por conta do atraso da mala, pensei que seria um bom começo de viagem. E poderia comprar algo que gostasse depois. Enfim, pensando nisso, em deixar coisas pra trás, antes de partir para próxima terre, peguei um gelato e voltei para praça. Eu merecia ficar um pouco mais lá, contemplando a bela e corajosa Vernazza. E assim, deixei pra trás também uma ideia, a de fazer os trechos a pé.
Para acessar o Flickr de Kareen, clique AQUI.
A parada seguinte foi Monterosso Al Mare. É a única das terres com praia, praia para banho de Sol. Em um dia de calor, teria ficado mais tempo lá al mare em uma das espreguiçadeiras com uma taça de vinho da Liguria. Mas as outras terres me aguardavam…
Ao chegar em Manarola e em Riomaggiore, fui impactada mais uma vez por aquela vista de um oceano sem fim e as casas coloridas, penduradas na montanha, como se estivessem de frente, olhando ou enfrentando as intempéries – os ventos fortes, as chuvas, a maresia – e os flashes das máquinas fotográficas dos inúmeros turistas.
Passeei pelas graciosas cidades e caminhei até onde era permitido sobre a passagem acima do mar que liga as duas terres. Senti que a Via Dell’Amore estivesse fechada.
O dia ainda estava claro, soprava um vento gelado, e o Sol vez ou outra aparecia para aquecer, iluminar as casas, as montanhas e o mar… Ah o mar. Poderia ficar horas ali só olhando para ele. Para maioria das pessoas, “mar é tudo igual”. Já os românticos e amantes do mar sabem que isso não é verdade. Talvez o verde e o azul sejam os mesmos, mas nunca um mar é igual ao outro. Aquele era o mar da Ligúria. Cinque Terre e aquele mar eram uma coisa só. Na sua força e natureza.
Feliz, agradecida, voltei para estação celebrando um fim de tarde para vida.
- November 07, 2013
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- Cinque Terre, Kareen Terenzzo
Andrea - Curitiba
7 de November de 2013Kareen querida, que delicia ler e reler tuas estorias!!Estou junto com vc nesse passeio, saboreando um gelato e um panini.. Nos duas pegando o trem, fazendo cara-de-quem-nao-tem-forca( e nao temos mesmo!) para que um deus romano nos de a mao...Que belas risadas estamos dando de nos mesmas! Como estamos nos divertindo..!! Eh assim que me sinto ao ler teus relatos! E como vc escreve bem! Quanto as peripecias de viagens, ja passei pelas minhas varias vezes...Apos morar em Firenze para fazer um curso de lingua e cultura italiana, viajei com minha gigante mala( beeem gigante), minha bolsa de mao, minha mochila e uma sacola de livros! Vc nao faz ideia de como foi! Tudo isso para ir a Grecia, Sicilia, sul da Italia, Ischia, Costiera Amalfitana e Roma ao final...Imagine quantos deuses gregos e romanos tiveram que vir ao me alcance!! hahaha....Hoje em dia jamais o faria novamente, pois la se vao os anos 90......Querida Kareen, sou tua fa!! Bjs.......
consueloblog
7 de November de 2013hahahah!!!Imagino vc com as malas e flirtando com teus olhões para pedir uma ajuda!! te adoro!! bjs c
Andrea - Curitiba
7 de November de 2013Verdade...o que eu sofri com a mala gigante....mas sempre tinha uma alma caridosa para me ajudar! Bjs e tb te adoro!
kareen terenzzo
7 de November de 2013Andrea! Eu ri muito aqui imaginando a cena! Aposto que essa sua viagem dá uma estória hein?! Conta mais rsss... Ou vai que você anima e faz uma nova viagem. Por que não?
Adorei seus comentários, bj grande
eloisa cruz
7 de November de 2013Já fiz isso em 2008. Duas malas gigantes que tive que deixar no hotel em Paris, para conseguir ir a Londres e voltar com mais uma. hahahahaaaaa Este ano em Bruxelas, as malas pesavam tanto que quando as levantei para descansar um pouco elas cairam para trás e eu junto, de pernas pro ar, no meio da esteira, subindo para pegar o trem. hahahahahaaaaaa Detalhe: a esteira que descia estava lotada, pois um trem havia acabado de chegar............ Imaginem a cena!!!
Anna Braga
7 de November de 2013Adorei essa descrição da viagem a Cinque Terre. No próximo veråo, vou lá. Sem dúvida!!!
kareen terenzzo
7 de November de 2013Olá Anna, obrigada e que bom que você gostou. Eu recomendo Cinque Terre e quero voltar lá no verão também e fazer as trilhas, dessa vez, a pé ;)
Bjs
eloisa cruz
7 de November de 2013Não deixem de ir e de fazer os passeios de barco!!! Faço quase todo ano!!!! Saio de Rapallo de manhã as 9 e volto as 6. Tem dois roteiros: um que inclui Portovenere e outro só com Cinque Terre. Dificil escolher!!! Bom mesmo é fazer os dois!!! A Focaccia com alecrim é imperdível!!!! O arroz com frutos do mar também!!! Tem mais frutos do mar que arroz. Ver os golfinhos no mar é o máximo. Privilégio dos sortudos..........
Alexandra
7 de November de 2013Amada Consuelo, obrigada, obrigada e obrigada. I love you. Beijos.
Kareen querida, sou daquelas pessoas que sempre que chegam em frente ao mar se emocionam com sua grandeza, beleza, poder e força. Desde que posso me lembram, sempre que chego em uma praia, tenho que ficar um tempo sozinha conversando com meu velho amigo...o mar. Não há explicação...mas tenho uma ligação forte com ele....
Vendo este post fui tomada por um sentimento muito forte, uma espécie de saudade do que ainda não ví (ou do que ví em outro tempo...quem sabe?....). Fato é que estou muitíssimo emocionada e sensível neste momento.....
O meu muito obrigada. Um beijo.
Andrea - Curitiba
7 de November de 2013ALE amadinha, que lindo o que vc escreveu...¨saudade do que ainda nao vi...¨....Agora eu eh que me emocionei....Bjs....
kareen terenzzo
7 de November de 2013Alexandra querida, lindas palavras! Me emocionei com elas...
Somos duas apaixonadas pelo mar então. Eu também sinto a mesma coisa e preciso ter um tempo ali sozinha com ele. Acho que é uma conexão mesmo.
E como a Andrea bem disse, a "saudade do que ainda não vi…", isso é muito lindo!
Servirá de inspiração pra mim.
Um beijo e um abraço carinhoso, Kareen
Alexandra
7 de November de 2013Queridas Andrea e Kareen, foi muito forte mesmo o que senti vendo as fotos....e mesmo agora voltando aqui, sinto aquela sensação.....coisas que não se explicam....então é melhor deixar o coração falar, não é?
Beijos muito carinhosos pra vocês.
Claudia - Curitiba
7 de November de 2013A cada texto a Kareen me imagino corajosa a ponto de viajar sozinha, ter meu período sabático...Viver essas emoções sozinha, fazer descobertas, saborear o deslumbre do desconhecido é uma boa pedida, e acalento no meu coração e nos meus planos a chegada desse dia! Por ora estou me juntando a Andréa e tantas outras, seguindo Kareen nesta deliciosa odisséia!
kareen terenzzo
7 de November de 2013Claudia querida, eu recomendo um sabático para todos. Mas tudo tem seu tempo, respeite o seu, e você vai saber, vai sentir que é a hora. E quando chegar essa hora, vá sem medo de ser feliz.
Vou usar aqui uma frase (em primeira mão) que escrevi nesse meu diário de viagem, ela ainda vai ao ar... Mesmo que seja para alçar novos, coloridos e felizes vôos, sair da casca dói. Mas uma hora a gente tem que sair.
Não se apresse, prepare a sua odisséia e nós estaremos com você de algum jeito.
Um beijo, Kareen
eloisa cruz
7 de November de 2013Em 2008 tirei meu ano sabático.......... Fui a Europa em Junho e fiquei até Outubro.............. Recomendo!!! Sem medo de ser feliz. Fiz viagens maravilhosas............. Fiz montes de amigos.............. Estudei Jung............. Conheci gente do mundo inteiro............ Encontrei muita gente que me ajudou com as malas........... Revi amigos queridíssimos............. E voltei............ achando que deveria ter ficado mais............ As malas............. eram só 11!!!!! ou 13??? Nem sei mais............
Claudia - Curitiba
8 de November de 2013Aiiii que delícia ler isso! Meu tempo vai chegar, eu sei, mas preciso me dar um empurrão e seus relatos mais as experiências que são compartilhadas aqui no Salotto vão ser instrumentos poderosos! A Consuelo já me "empurra" diariamente através do blog, e adoro! Na verdade, o SALOTTO inteiro me atiça para o mundo, isso é tudo de bom! Sejam todas/os ricamente abençoados com um lindo fim de semana! Bjo
Maria Vilma
7 de November de 2013Karen, ao ler o seu texto... ver essas imagens, eu sinto como se estivesse sonhando, pairando sobre paisagens absolutamente fascinantes, vivenciando histórias incríveis e sendo totalmente arrebata por fortes emoções! Ao despertar... ainda estou sentindo os cheiros, os gostos... as impressões e emoções ficaram tatuadas em minha alma!
Um grande beijo.
Maria Vilma
7 de November de 2013errata: a palavra é "arrebatada"
kareen terenzzo
7 de November de 2013Oi Maria Vilma, que delícia de comentário! Minha alma agracede. Bj grande, Kareen
ivani weffort
7 de November de 2013Kareen que descrição dos lugares você faz. Deu a impressão que eu estava caminhando, olhando tudo junto com você..... Amei!!!! bjs
kareen terenzzo
7 de November de 2013Oi Ivani, que legal! Obrigada querida! E de certa forma você está mesmo, todas vocês estão, e sou muito grata, e a Consuelo que possibilitou tudo isso.
Um beijo
kareen terenzzo
7 de November de 2013Meninas do Salotto, vocês são Lindas! Adorando ler os comentários. Mais tarde vou responder a todos ;)
Bjs, Kareen
consueloblog
7 de November de 2013Emocionada com a reação de cada um!!! Parabéns Kareen!! bjs c
kareen terenzzo
7 de November de 2013Eu também querida, obrigada obrigada obrigada, por esses momentos, beijos
teresa
7 de November de 2013Adorei! Viajar sozinha é um desafio, mas é bom. Pra mim dá um friozinho na barriga a cada decisão de onde ir e o que fazer, e uma tremenda satisfação a cada trecho realizado! bjos Kareen, Consuelo e Salotto.
kareen terenzzo
7 de November de 2013Oi Teresa, sim, é isso mesmo. Um desafio emocionante a cada partida, e uma alegria a cada trecho percorrido. É uma experiência única.
Um beijo e obrigada pelo carinho
Ana Leite
7 de November de 2013Oi! Consuelo
Amei conhecer a Kareen e viajar junto com ela. Já fui visitar o blog dela e deixar meu comentário.
Cada foto linda e gostei de todas as sua histórias.
Bjs e abraço
Ana
kareen terenzzo
7 de November de 2013Oi Ana querida, obrigada pelo carinho e pela visita ao blog.
Bjs
Maria Araci
7 de November de 2013Kareen: estou com o rosto molhado...não sei se pelas ondas ou pela emoção do teu relato e tuas imagens!!!! Sigo contigo!!!!!
kareen terenzzo
7 de November de 2013Olá Maria Araci, ahhhhhh... Linda. Um pouquinho de tudo rssss... Confesso que hoje à tarde quando comecei a ler os posts de vocês fiquei assim toda emocionada.
Muito bom esse carinho. Obrigada
Bjs
Luciene Felix Lamy
7 de November de 2013Buáááá, todo mundo comentando o 3º Capítulo e eu nem li o 2º... :(
Amanhã, fico "em dia com as prestações do carnê do baú", rsrs.
Mil beijos,
lu.
kareen terenzzo
7 de November de 2013Luciene estão faltando seus comentários! Calma, respira e leia com calma. Depois conta pra gente. Precisamos marcar nosso coffee.
Bjs bjs querida
Luciene Felix Lamy
8 de November de 2013Acabo de ler tudo!
Seu estilo literário é intimista e de uma suavidade que nem nos damos conta do percurso, simplesmente vamos e... Parou pq, pq parou?
Corajosa, hein? Sozinha! Já fiz uma viagem assim, 1/2 sem querer, foi quando encontrei o divino! _/\_ Me sinto na obrigação de dizer que, em seguida, encontrei o igualmente divino Amor com quem divido a vida , a Alma. ;)
Nota-se claramente, em "n" momentos de seu relato, que trata-se de uma viagem ao interior, de alma mesmo: é vc e o "Theós" (divino).
A grandeza, a pujança e a "forza bruta" chacoalharam, despertaram e iluminaram esse seu doloroso momento de vida: é como se a aventura tivesse operado uma transmutação de angústia em sensação de amplitude e liberdade, de dor em glória.
Tô ansiosa por saber (e ver!) mais de sua "Odisseia".
Consuelo, para variar, acertou em cheio na parceria com essa nova colunista! \o/
Mil beijos, prossigamos!
lu.
PS: Quanto aos deuses, greco, romanos, a "matriz" é a mesma: Tróia! (Ílion, daí, a Ilíada). Explico isso diante da portentosa escultura de Bernini, na Galleria Borghese, que retrata Enéas carregando seu velho pai, Anchises (que sustenta Rômulo e Remo numa das mãos), seguidos pelo filhinho Ascânio.
PPS: Quanto ao Coffee, sempre às ordens! Esses dias estava lembrando de quantas meninas do Salotto já estiveram aqui em casa: Jairene, Jaqueline, Ritinha Medina, Alexandra, Adrianne, Eloisa Cruz, rsrs. Sem contar que tenho um "Lounge" particular bem ao lado. ;)
kareen terenzzo
13 de November de 2013Luciane!!! Adorei!
E obrigada pelas palavras!
Coffee now pleeeeease rsssss
Quero saber mais sobre tudo! Inbox no Facebook para marcarmos esse café e celebrarmos à vida, ao Salotto e a Consuelo!
Bjs
Maria Benincasa
8 de November de 2013Que delicia viajar vom Kareen!!! Ja fiz esses caminhos e foi incrivel! Com os teus relatos, todas as boas sesações vieram me visitar! Muito obrigada! E muito obrigada Lady Consu, por mos propiciar mais esse deleite! Bjs da roça
kareen terenzzo
8 de November de 2013Oi Maria obrigada!!! Estou adorando compartilhar isso com vocês. E também estou revivendo cada momento. Muitas sensações boas :)
Bj grande, semana que vem tem mais
Cassiano Lopes
8 de November de 2013Que aventura, hein Kareen? Você tem uma sensibilidade e tanto para escrever. Seus textos são leves e mesmo sem ter conversado com você no encontrinho de São Paulo, consigo imaginá-la narrando esses momentos inesquecíveis, com suavidade e as nuances necessárias para deixar a estória atrativa e agradável. Ansioso para as próximas aventuras. E quanto aos deuses, só os italianos mesmo, concordo. O meu maior receio de ir para a Itália é me afogar na beleza desse povo! rsrsrsrs E aí não volto mais pra casa. Mas quem sabe isso seria o ideal? Who knows? Bjo grande! P.S.: Consu, mais uma parceria de sucesso! You rock!
kareen terenzzo
8 de November de 2013Cassiano, muito obrigada! Fico feliz que você, e a turma aqui especialmente, estejam gostando. E confesso, gosto muito de escrever, queria publicar isso tudo, mas ficava pensando assim... Quem vai querer ler?! A Consu foi quem realmente me inspirou, abriu o espaço e aqui estamos nós! Que delícia de encontro.
Sobre a beleza da e na Itália, é fato. Pensei um dia desses enquanto escrevia, acho até que vou usar. Não conheço muito lugares no mundo, não conheço nada na verdade, e não conhecia a Itália! Como pode? Aí pensei, sabe aquele prato ou sobremesa que você adora? E vai comendo devagar pra não acabar ou "deixa por último"? Rsss Acho foi meio isso. A Italia é aquele pedacinho do pudim de leite que faltava eu dar a colherada. E foi na hora certa, como tinha que ser.
Também quase não volto mais... rssss
Semana que vem tem mais!
Bjs e adorei seu comentário
Cassiano Lopes
8 de November de 2013Adorei a analogia do "último pedaço"! Eu entendo perfeitamente qual é esse sentimento de prazer no último minuto do segundo tempo. Acho que vou seguir a sua sugestão e deixar que a Itália se torne o meu último pedaço de beijo-russo, minha sobremesa favorita. Ansioso para seu próximo "conto". Bjo grande amada.
kareen terenzzo
13 de November de 2013:)
adorei
bjs
Grazia
8 de November de 2013Kareen , como está percebendo, estamos todos afetados e encantados com sua "aventura"!!! Digo aventura, pois acho que é preciso coragem pra fazer um projeto desse nível sozinha... Mas, pelo visto coragem é que não falta pra essa turma do Salotto, vide as experiências relatadas!!! (Andrea. Eloisa, Teresa...) Admiro vcs meninas!!!
Além dessas lindas imagens da Cinque Terre, que sou louca pra conhecer, fica essa sensação boa ...do seu bem-estar, de sua gratidão , no exercício de sua liberdade! Adorei o final do texto qdo vc diz : "...voltei para estação celebrando um fim de tarde para a vida". Viva !
Obrigada, carinho da Grazia
kareen terenzzo
8 de November de 2013Ai Grazia... Você sabe usar as palavras!
É muito gratificante esse momento que passo aqui e fico lendo os posts de vocês.
Estou emocionada... Você já inspirou (de novo) um novo post lá no meu blog. Vou publicar mais tarde, depois vai lá ver.
Obrigada de coração! Um beijo e um abraço apertado, Kareen
Grazia
8 de November de 2013Obrigada a vc Kareen por tocar nossos corações com a sua experiência de vida e a especial parceria com a Consuelo, que abriu um campo virtual, no qual , por incrível que pareça, as pessoas afetam e são afetadas! Energia boa querida, ultrapassa mares , montanhas, vai pelo ar...rssss
Claro que passarei pelo seu blog mais tarde...beber mais um pouco dessa fonte!rssss
Baccio baccio da Grazia
kareen terenzzo
8 de November de 2013ohhhhhh... linda!
hoje, realmente.... lá se vai uma caixa de lencinhos ;)
gratidão _/\_
beijos
DOROTÉA SILVA MENDONÇA
10 de November de 2013Como a gente se conhece quando parte com a alma aberta pro novo!delícia de viagem!Viajamos juntos!
kareen terenzzo
13 de November de 2013Lindo Dorotéa, é isso mesmo! Perfeitas as suas palavras. Obrigada pelo carinho, bj
Andrea K.
8 de June de 2014Kareen, estou aqui planejando um roteiro pela Itália, onde o marido e eu ficaremos por 20 dias, em agosto próximo, e acabei incluindo Cinque Terre. Você me convenceu! De Veneza a idéia é ir para Verona, Bolonha, Firenze. De Firenze seguimos para Roma, mas temos aí vários dias sem um planejamento rigoroso, onde pretendemos (de Firenze) visitar Pisa, Lucca e o que mais surgir. E surgiu Cinque Terre, lindo, lindo. Em setembro, quando retornarmos te dou mais notícias. Bons ventos nos abençoem! :)
consueloblog
9 de June de 2014Acho o teu plano de viagem muito bom!!! Coloque na busca do blog "Toscana" e vai encontrar mais algumas cidades a visitar, inclusive Lucca mesmo ou Arezzo em dias de feira de antiguidade que anima a cidade!!! bjs c
Adriana Luchesi
7 de February de 2015Olá Kareen,
Estarei na Italia em maio e passarei 3 dias em Cinque Terre. Estarei viajando sozinha de trem. Saio de Florença para as Terre e de lá para Veneza. Você saberia me informar se é fácil fazer este roteiro de trem? Tenho como ir direto para as Terre ou para alguma localidade próxima, como Porto Venere?
Abraços, Adriana
consueloblog
8 de February de 2015Oi Adriana, vou pedir para a Kareen te responder!! bj sc
kareen terenzzo
8 de February de 2015respondido ;)
kareen terenzzo
8 de February de 2015ups, desculpe, respondi abaixo ;)
kareen terenzzo
8 de February de 2015Olá Adriana, você vai amar. Imagino que você já tenha verificado o trem de Florença para La Spezia, confere? Bom, eu fiquei em La Spezia por ser mais central e uma cidade maior com ótimos restaurantes e lojinhas bacanas. Na própria estação de La Spezia você pode comprar o ticket para para fazer as Cinque Terre, um dia ou dois dias... O trem para em todas as terres e aí vc decide por onde, por qual terre começar. Algumas você consegue atravessar a pé, se o tempo estiver firme e seco, e se a trilha estiver aberta; deve ser interessante se vc gostar de caminhar. Em resumo, sim, é um roteiro para você fazer de trem especialmente sozinha.
Para ir para PortoVenere, você tem que pegar um ônibus em La Spezia. Ele passa na avenida principal da cidade, não é difícil descobrir o ponto. Vale a pena. É uma cidadezinha linda. Depois conta pra gente. Boa viagem! Bj Kareen
Antonio Carlos Coral
10 de February de 2015Kareen,
Estaremos no início de Junho na Cinque Terre, ficaremos 3 dias inteiros. Estaremos hospedados em La Spezia ( vc foi a culpada... ), pretendemos fazer de barco, trem e se a Via Dell'Amore estiver liberada também fazer a pé. Qual o seu conselho para começarmos: Barco ou Trem ?
Forte Abraço
Coral
consueloblog
11 de February de 2015A Kareen já te responde! bj sc
kareen terenzzo
11 de February de 2015Olá Antonio, tudo bem? Uau que responsabilidade :)
Eu começaria por trem, para garantir o passeio e porque a perspectiva de chegar de trem em cada terre, é muito interessante. Assim como as esperas de trem... Talvez seja uma visão romântica minha, especialmente porque aqui no Brasil não temos acesso a passear de trem... E feito o passeio de trem, vcs já estarão garantidos. O passeio de barco deve ser lindo! Eu não consegui fazer nem a pé e nem de barco por conta do mal tempo, e o mar estava batendo forte.
Torcendo para vocês fazerem todas as opções!
Aproveitem e depois contem pra gente.
Um beijo, Kareen
Solano Domingo Santos de Oliveira
25 de May de 2015We had gone in Cinque Terre three years ago. Is wonderful. Our dream: to visit it again.