Astrologia: Mercúrio, o “Quatrocento” e Botticelli! por Luciene Felix Lamy


Mercúrio bico de pena

Amigos do ConsueloBlog, no Post desse mês, abordamos o significado do posicionamento do planeta Mercúrio em nossos mapas. Daremos prosseguimento ao minicurso sobre o Renascimento (o período “Quatrocento”) que iniciamos no Post anterior (AQUI), quando tivemos a oportunidade de contemplar Giotto di Bondone (início do “Trecento”). Confirme agora, toda genialidade do pioneiro na pintura das alegorias e mitos gregos, o florentino Sandro Botticelli na análise da “Alegoria da Primavera”, em cuja cena figura o deus Hermes (Mercúrio).

Mercúrio2

Hermes/Mercúrio, do escultor flamengo Artus Quellinus (séc. XVII). Amsterdam Town Hall, hoje Royal Palace. Hino órfico: “Filho bem amado de Maia e de Júpiter, deus viajante, mensageiro dos imortais, dotado de grande coração, censor severo dos homens, deus prudente de mil formas (…), deus de pés alados, amigo dos homens, protetor da eloquência, tu que gostas da astúcia e dos combates, intérprete de todas as línguas, amigo da paz, que trazes um caduceu sangrento, deus venturoso, deus utilíssimo, que presides aos trabalhos e às necessidades dos homens, generoso auxiliar para a língua dos mortais, ouve as minhas preces, concede um feliz fim à minha existência, concede-me felizes obras, um espírito dotado de memória e uma fala abençoada pela eloquência.”.

Para saber em qual signo está o planeta Mercúrio, faça seu mapa AQUI.

Significado do planeta Mercúrio em cada elemento (Fogo, Terra, Ar e Água):

O elemento do signo de Mercúrio indica o tipo específico de energia e de qualidade que influencia os processos de raciocínio e a maneira como a pessoa expressa os pensamentos de acordo com aquela onda vibratória específica. Mercúrio simboliza o impulso para entrar em contato e estabelecer comunicação de duas mãos com os outros, bem como todas as formas de coordenação, inclusive a coordenação do sistema nervoso. Seu elemento num dado mapa representa o influxo (via percepção) e o escoamento (via habilidades, fala e destreza manual) da inteligência. Mostra a necessidade de ser entendido por outras pessoas que tenham uma sintonia semelhante com o mundo das ideias, bem como a necessidade de aprender, recebendo ideias e informações do mundo exterior.

Mercúrio em Signos de Fogo: Os pensamentos são influenciados pelas próprias aspirações, crenças, esperanças e visões futuras. As habilidades e a fala apresentam uma expressão impulsiva, efusiva e entusiástica.

Mercúrio em Signos de Terra: Os pensamentos são influenciados por considerações práticas e matizados por atitudes tradicionais. As habilidades e a fala apresentam uma expressão persistente, paciente, cautelosa e específica.

Mercúrio em Signos de Água: Os pensamentos são influenciados pelos próprios sentimentos e anseios mais profundos. As habilidades e a fala apresentam uma expressão sensível, emocional e intuitiva.

Mercúrio em Signos de Ar: Os pensamentos tem realidade própria e são influenciados por ideais abstratos e considerações de ordem social. As habilidades e a fala apresentam uma expressão objetiva, articulada, baseada na compreensão dos princípios envolvidos.

Mercúrio, afresco do Renascentista Rafael Sanzio na Villa Farnesina, Roma. Consagramos nosso espírito ao que achamos belo, pertinente e a arte é o veículo através do qual expressamos o que se passa em nossos tempos.

Mercúrio, afresco do Renascentista Rafael Sanzio na Villa Farnesina, Roma. Consagramos nosso espírito ao que achamos belo, pertinente e a arte é o veículo através do qual expressamos o que se passa em nossos tempos.

MERCÚRIO : como você pensa, raciocina e se comunica?

Mercúrio em ♈ Áries: comunica-se assertivamente, vigorosamente, diretamente e com confiança. O impulso desassossegado para agir está latente na forma vigorosa de falar e no uso criativo das habilidades. O confronto e a liberação vigorosa de energia são necessários para o aprendizado; capaz de captar intuitivamente o essencial. A capacidade de raciocínio é matizada pela liberação intencional de energia voltada para as experiências novas; portanto, frequentemente dá preferência aos pensamentos audaciosamente novos. O estabelecimento de uma verdadeira relação de troca com os outros pode ser prejudicado pela autoafirmação insensível e desatenciosa.

Mercúrio em ♉ Touro: comunica-se com cuidado, certificando-se de cada palavra antes de dizê-la; expressa lentamente seus pensamentos. A necessidade de aprender devagar e propositalmente pode limitar a variedade das percepções. Mente retentiva e estável, baseada na consolidação das ideias; traz as ideias para a realidade em busca de uma aplicação prática. Impulso para expressar as próprias percepções das sensações físicas; saboreia concretamente as palavras enquanto fala. A necessidade de fazer contato com os outros fica restrita devido à relutância em abrir-se sem reservas e espontaneamente.

Mercúrio em ♊ Gêmeos: comunica-se fluentemente, rapidamente, habitualmente e inteligentemente – às vezes superficialmente. Impulso para expressar imediatamente suas percepções. Precisa aprender estabelecendo e identificando conexões entre pessoas e ideias. A mente, instável e curiosa, se expressa por meio de interações amigáveis com os outros e perguntas intermináveis. O alto grau de energia nervosa manifesta-se na fala, na escrita e em outras formas de destreza manual/mental.

Mercúrio em ♋ Câncer: comunica-se emocionalmente, instintivamente e sensivelmente; protege os próprios pensamentos. Aprende pela absorção, contando com os sentimentos para estabelecer conexões entre dados. Cultiva as ideias novas até elas florescerem como habilidades criativas. A boa memória e a capacidade de retenção contribuem para o aprendizado. Preconceitos e medos subconscientes podem interferir com a objetividade e a atenção dada a novas ideias.

Mercúrio em ♌ Leão: comunica-se energeticamente, radiantemente, orgulhosamente. Cordialidade, afeto e vontade forte motivam a necessidade de fazer contatos. A comunicação é matizada pelo senso teatral, pelo humor e pelo pendor criativo. O orgulho e o impulso pelo reconhecimento dão brilho à expressão das percepções. Precisa de um envolvimento criativo a fim de aprender; dá saltos intuitivos em vez de fazer associações lógicas. O envolvimento do ego com o processo de raciocínio pode prejudicar a objetividade e diminuir a flexibilidade e a retenção de fatos.

Mercúrio em ♍ Virgem: comunica-se logicamente, criticamente, prestimosamente, humildemente – às vezes negativamente e ceticamente. Impulso para expressar as próprias percepções com realismo, demonstrando sua capacidade analítica. Necessidade de discriminar as ideias e colocá-las em sequência lógica com vistas a um aprendizado. Suas ideias práticas e proveitosas contribuem para a capacidade de entrar em contato com os outros. A atenção exagerada aos detalhes pode prejudicar a percepção do ponto de vista mais amplo e de todas as suas interconexões e implicações mais gerais.

Mercúrio em ♎ Libra: comunica-se inteligentemente, agradavelmente, diplomaticamente e com elegância. Impulso para exprimir as próprias percepções harmoniosamente – de um modo equânime e objetivo – para equilibrar todas as polaridades precisa ser imparcial e ter tato a fim de entrar em contato com os outros. A expressão verbal é matizada pelo senso artístico e estético. Procura o equilíbrio e a objetividade nas interações pessoais, e precisa de feedback sobre suas ideias para esclarecê-las. A consciência de todos os pontos de vista pode prejudicar a capacidade de decidir.

Mercúrio em ♏ Escorpião: comunica-se poderosamente, profundamente, apaixonadamente (e muitas vezes não verbalmente); capaz de formar ligações íntimas profundas por meio da comunicação. O impulso da expressão verbal vem das profundezas do ser e nunca é superficial. Profunda necessidade de aprender penetrando na realidade e esquadrinhando-a até o seu âmago; leva qualquer pesquisa até o fim e se interessa pela investigação. A compreensão objetiva pode ser prejudicada pela natureza da mente, demasiado intensa, voluntariosa e emocional. O uso das habilidades e da inteligência é influenciado por desejos ardentes, paixões profundas e pelo impulso para descobrir as motivações secretas dos outros. A capacidade de fazer contato com os outros pode ser inibida pela necessidade de manter sigilo e silêncio.

Mercúrio em ♐ Sagitário: comunica-se abertamente, honestamente, de forma otimista, entusiasmada e tolerante. A necessidade de aprender expressa-se através de uma inquieta aspiração impulsionando para um ideal. O pensamento e o raciocínio norteiam-se por metas de longo prazo e não por detalhes rotineiros. Interessa-se por ensinar aos outros o que aprendeu [tão eu]; vê uma estreita relação entre ensino e aprendizado. Necessidade de ligar-se aos outros sendo direto, verdadeiro e mentalmente tolerante. A coerência dos pensamentos pode ser turvada pelo excesso de generalizações motivadas pelas aspirações idealistas.

Mercúrio em ♑ Capricórnio: comunica-se seriamente, cautelosamente, com forte senso de autoridade; às vezes pensa usando categorias rígidas. A persistência, a ambição e o progresso constante suprem a necessidade de aprender. Impulso autocontrolado para expressar as percepções e a inteligência pela manipulação do mundo físico, e pela obtenção de resultados práticos a partir das teorias. A discrição, a autossuficiência e a formalidade podem inibir a forma de comunicação com os outros. A razão e a capacidade de discriminação são postas a serviço de uma meta a atingir; a aguda percepção da realidade prática pode levar a dar mais destaque às limitações do que às possibilidades.

Mercúrio em ♒ Aquário: comunica-se abertamente, inteligentemente, idealisticamente, de forma distanciada. Necessidade de estabelecer ligações diferenciadas com os outros, relacionando-se individualmente com cada pessoa, ao mesmo tempo que tem acentuada percepção dos processos de comunicação de grupo. O impulso para expressar as percepções e a inteligência é matizado pela liberdade individualista, e muitas vezes pelo extremismo. Pensa de forma experimental e inovadora, testando as teorias com os outros; voltado para o futuro, gosta de explorar possibilidades de mudança. A independência, a inventiva e o desprendimento intelectual contribuem para o processo de aprendizado. A expressão de ideias pode ser errática, fragmentada por ligações imprevistas entre conceitos desconexos.

Mercúrio em ♓ Peixes: comunica-se sensivelmente, idealisticamente, poeticamente, evasivamente, imaginativamente. A compaixão motiva a expressar as percepções e a inteligência com simpatia. Entra em contato psíquico e espiritual com os outros; percebe a comunicação em mais de um nível. A energia verbal é inspirada pela flexibilidade e pela capacidade de síntese. A razão e a capacidade de discriminação podem ser obscurecidas pela confusão, pelo devaneio e pela ilusão.

RENASCIMENTO

O Renascimento, que surgiu em Florença, berço de uma nova cultura, transformou a Itália no centro da mais alta civilização mundial. É a Idade de Ouro, que legará gênios jamais imagináveis.

O Renascimento, que surgiu em Florença, berço de uma nova cultura, transformou a Itália no centro da mais alta civilização mundial. É a Idade de Ouro, que legará gênios jamais imagináveis.

Na segunda metade dos anos 1400 Florença se torna a mais refinada das cortes renascentistas. Com Lorenzo di Médici – O Magnífico, essa cidade se torna o centro mais culto e de maior potência econômica e política da Itália, florescendo e expandindo o campo das artes, das letras e da filosofia.

Como já vimos, no início do século XIV (cerca de 1300 em diante), fim da Idade Média, surge o questionamento quanto à religião ser a única fonte de saber e a descoberta de uma realidade para além dos muros da Igreja. É quando o renascentista coloca-se como centro do universo, capaz de ser dono de seu destino, erigindo as bases do que chamamos humanismo.

Todas essas mudanças bruscas no modo de pensar e ver o mundo estimulou o nascimento de uma forma totalmente nova de expressão artística, algo repleto de vigor, ousadia, força e frescor.

O período “QUATROCENTO” – Auge do Renascimento.

Nesse trecho de “A calúnia de Apeles” (1495), Botticelli retrata a fealdade de uma anciã maltrapilha (alusão à Igreja?) que se volta para encarar a verdade nua que aponta para o céu. Galleria degli Uffizi, Florença.

Nesse trecho de “A calúnia de Apeles” (1495), Botticelli retrata a fealdade de uma anciã maltrapilha (alusão à Igreja?) que se volta para encarar a verdade nua que aponta para o céu. Galleria degli Uffizi, Florença.

Uma das características do Renascimento é o que hoje chamamos de interdisciplinariedade que, versátil, dialoga com diversas áreas da ciência e das artes. Vários artistas, além de pintores eram também escultores. Muitos redigiam textos científicos, poesias e dedicavam-se a ourivesaria (citamos os pioneiros ourives Pisanello e Verrochio).

Entretanto, alguns começaram a se especializar em determinada área, buscando o reconhecimento nela (Michelangelo Buonarroti, por exemplo, ansiava firmar-se e ser reconhecido como escultor).

Nesse empenho por se afirmar como profissional “especializado”, o artista vai modificando suas condições de vida. No “Quatrocento”, o pagamento por jornada de trabalho vai se restringindo às tarefas puramente artesanais, como as cópias e restaurações.

 Santo Elígio (Elói), padroeiro dos ferreiros, dos ourives e dos que trabalham com metal, em sua oficina, por Petrus Christi (1449). Metropolitam Museum of Art.

Santo Elígio (Elói), padroeiro dos ferreiros, dos ourives e dos que trabalham com metal, em sua oficina, por Petrus Christi (1449). Metropolitam Museum of Art.

Com maior reconhecimento, os artistas passam a ser mais exigentes, a ter seus caprichos, impondo condições.

Em contrapartida, para não ficar refém de seus humores (vez ou outra abandonavam um trabalho pela metade), tornou-se comum o pedido de um fiador por parte de quem encomendava uma obra, a fim de garantir o cumprimento do contrato.

Nessa fase, o prestígio dos artistas era tanto que eles desfrutavam de liberdade para, além de poder escolher que tipos de obra desejavam executar, qual tema preferiam trabalhar.

Claro que toda essa emancipação passa a exigir a profissionalização das especialidades. E os jovens aprendizes foram levados a ampliar seus conhecimentos, não somente nas oficinas, mas nas Academias que proporcionavam o aprofundamento nos estudos de anatomia, geometria e perspectiva, por exemplo.

Os artistas se sentiam mais livres, pois menos reféns da Igreja: agora, eles contavam também com o patrocínio das ricas famílias, pois “cacife” para bancar e manter filósofos, músicos e outros artistas por perto era a nova “régua” com a qual os poderosos se mediam entre si, reivindicando “nobreza”. Foi então que a mitologia grega, as grandes batalhas e as alegorias se tornaram os temas prediletos.

Simonetta Vespucci foi casada com Marco Vespucci, primo do famoso navegador Américo Vespucci. Era considerada a mulher mais bela de Florença e serviu de modelo para as duas mais famosas obras de Botticelli. Dizem que foi amante de Giuliano, irmão caçula de Lorenzo di Médici. A tuberculose a ceifou bem jovem, com apenas 23 anos.

Simonetta Vespucci foi casada com Marco Vespucci, primo do famoso navegador Américo Vespucci. Era considerada a mulher mais bela de Florença e serviu de modelo para as duas mais famosas obras de Botticelli. Dizem que foi amante de Giuliano, irmão caçula de Lorenzo di Médici. A tuberculose a ceifou bem jovem, com apenas 23 anos.

Também era praxe a encomenda de pinturas que retratassem o casamento de um filho ou a imagem da filha, a fim de despertar curiosidade, rumores e, quem sabe, a conquista do clássico “bom partido”.

Sem falar das cenas cotidianas, onde queriam se mostrar aos demais ostentando a opulência de que estavam cercados (confira nossa análise sobre “O casal Arnolfini”, de Van Eyck, AQUI .

Se com a Igreja o “divino” é o que inspirava e estava por trás das obras, com o mecenato (que é o sistema de proteção e incentivo dado pelas ricas famílias aos artistas e literatos, patrocinando seus trabalhos), o artista ganha mais autonomia e reivindica sua individualidade, sua originalidade, passando a assinar suas obras. Era o início do que hoje chamamos de propriedade intelectual. E, vaidosos, eles travaram verdadeiras batalhas entre si, competindo por maior reconhecimento de sua genialidade.

Ainda sobre o mecenato, trata-se de uma atividade que se iniciou no Renascimento e, é exercida até hoje por pessoas físicas ou jurídicas, promovendo realizações artísticas e culturais. O nome deriva de Caio Mecenas (68 aC – 8 aC), ministro e conselheiro que apoiava a produção artística de sua época, formando um círculo de intelectuais e poetas.

Tamanho apreço e investimento legou uma considerável coleção artística secular, não somente em pinturas e esculturas, mas também em bordados, tapeçarias, vitrais, adornos, joias, murais e objetos domésticos, como bandejas, espelhos, camas, arcas, vasos, etc.

Com toda essa avalanche de propostas de requinte e beleza, o papel da arte na sociedade transcende o caráter meramente estético ou funcional, ganha respeito, passando a gozar de muito prestígio e valor. Por isso, é também no “Quatrocento” que surge a figura do colecionador.

Com toda essa avalanche de propostas de requinte e beleza, o papel da arte na sociedade transcende o caráter meramente estético ou funcional, ganha respeito, passando a gozar de muito prestígio e valor. Por isso, é também no “Quatrocento” que surge a figura do colecionador.

Sandro Botticelli: pioneiro, ousado, brincalhão e genial!

Detalhe de seu autorretrato na obra “A adoração dos Magos” (1475), Galleria degli Uffizi, Florença. “Se Botticelli fosse vivo hoje, estaria trabalhando para a revista Vogue”. Peter Ustinov

Detalhe de seu autorretrato na obra “A adoração dos Magos” (1475), Galleria degli Uffizi, Florença. “Se Botticelli fosse vivo hoje, estaria trabalhando para a revista Vogue”. Peter Ustinov

O pisciano Alessandro Mariano di Vanni Filipepi nasceu no dia 1º de março de 1445, numa família de artesãos florentinos (seu pai era também curtidor de peles). Ainda menino, logo cedo aprendeu a profissão de ourives, mas descobriu que seu talento era mesmo a pintura.

Com 17 anos o rapaz foi estudar com Fra Filippo Lippi, um dos grandes mestres florentinos que influenciou muito suas primeiras obras. Apesar da boa relação com esse mestre, o aprendiz parte em busca de sua independência e, com ajuda financeira de seu pai, monta seu próprio ateliê.

Foi nessa época que Lorenzo di Médici – O Magnífico – buscava pintores para ornar o salão do Tribunal da Mercanzia com o tema das Sete Virtudes. O irmão de Botticelli, Antônio Filipepi, que era ourives, viu nisso uma oportunidade de introduzir o jovem no mecenato dos Médici. Com a ajuda de Tommaso Soderini, pessoa de confiança de Lorenzo, o jovem Sandro recebe então, a incumbência de retratar a Virtude da Coragem.

Alegoria Virtude da Coragem, de Botticelli (1470), Galleria degli Uffizi, Florença.

Alegoria Virtude da Coragem, de Botticelli (1470), Galleria degli Uffizi, Florença.

Ele agarrou a oportunidade com pincéis, unhas e dentes e, graças a seu empenho, esse trabalho (alegoria da Virtude da Coragem) se mostrou superior às demais, que eram de Piero Pollaiuolo.

Detalhe da Virtude da Coragem Botticelli (1470). Galleria degli Uffizi, Florença.

Detalhe da Virtude da Coragem Botticelli (1470). Galleria degli Uffizi, Florença.

Depois disso, Botticelli ganhou a confiança de Lorenzo e passou a trabalhar regularmente para a família Médici. A partir de então, além de qualidade seu trabalho também tinha visibilidade e o que lhe abriu as portas para encomendas de outras abastadas famílias florentinas.

Botticelli, que se inspirava nos temas pagãos e seus deuses (Mercúrio, Vênus, Marte, Apolo, Diana, etc), também se dedicou às obras cristãs. Mas sempre mantendo seu compromisso com os Médici, reproduzindo os rostos de vários membros da família mesmo em suas obras religiosas.

Entretanto, a Igreja também se encantou e quis o artista para suas obras. Devido à estreita relação que mantinha com os Médici, o artista angaria prestígio e reconhecimento a ponto do papa Sixto IV convidá-lo a trabalhar na Capela Sistina, em Roma.

“A tentação de Cristo”, por Botticelli (1481-82), Museu do Vaticano, Roma.

“A tentação de Cristo”, por Botticelli (1481-82), Museu do Vaticano, Roma.

Detalhe de “A tentação de Cristo”, por Botticelli.

Detalhe de “A tentação de Cristo”, por Botticelli.

Coroação da Virgem Nossa Senhora da Assunção (1481-83). Galleria degli Uffizi, Florença.

Coroação da Virgem Nossa Senhora da Assunção (1481-83). Galleria degli Uffizi, Florença.

Detalhe da coroa da Virgem Nossa Senhora da Assunção (1481-83). Galleria degli Uffizi, Florença.

Detalhe da coroa da Virgem Nossa Senhora da Assunção (1481-83). Galleria degli Uffizi, Florença.

A morte do grande mecena Lorenzo de Médici, em 1492, foi seguida de grande agitação política e religiosa. O conflito entre a Igreja e o frei Savonarola (perseguido e queimado numa fogueira por heresia) inspirou Botticelli a retratar os mártires cristãos em suas lutas, sofrimentos e abnegações.

Conhecido por seu fantástico bom humor (nem mesmo a acusação anônima de que mantinha casos amorosos com seus aprendizes o abalou), Botticelli fica arrasado com a morte de Savonarola e se afasta da vida pública, passando a se dedicar aos estudos e à meditação.

E foi assim, recluso e solitário, que em 17 de maio de 1510, ele faleceu em Florença. Está enterrado na Abadia de Ognissanti, em Florença.

A primavera…

A alegoria da Primavera (1472-1473), de Sandro Botticelli. Galleria degli Uffizi, Florença. Botticelli foi o primeiro a trazer um tema exclusivamente mitológico. Posteriormente, a admiração pela Antiguidade clássica, pela civilização grega antiga será uma das características básicas da Renascença.

A alegoria da Primavera (1472-1473), de Sandro Botticelli. Galleria degli Uffizi, Florença. Botticelli foi o primeiro a trazer um tema exclusivamente mitológico. Posteriormente, a admiração pela Antiguidade clássica, pela civilização grega antiga será uma das características básicas da Renascença.

As duas obras mais famosas de Botticelli são “A Primavera” e “O nascimento de Vênus”, encomendadas pelos Médici (Galleria degli Uffizi). Devido ao fato desse Post tratar do deus Hermes (Mercúrio), trouxemos “A Primavera”, considerada mais intensa e, portanto, superior ao “Nascimento” foi destinada originalmente para a Villa di Castello, residência de verão da família Médici. É considerado um dos mais belos da Renascença italiana.

Nessa composição, Botticelli explicita sua característica de fuga intencional de forma realista. Segundo o estudioso Adriano Colangelo, com sensibilidade quase lírica, ele é um criador de linhas rítmicas e melodiosas extraordinárias, com uma originalidade expressiva ao abordar o mundo lendário da mitologia grega com uma poética surpreendente.

A obra reflete a habilidade de desenhista de Botticelli, algo fundamental para a arte florentina da época. Com sensibilidade, ele cria uma atmosfera de sonho, de fábula, sobre as quais se movimentam imagens fantásticas, fora de qualquer tempo, evocando divindades lendárias pagãs, como se fossem de um maravilhoso mundo desconhecido.

De fato, observamos que as figuras – de uma beleza perturbadora –, emergem quase que de improviso, evocando divindades da terra, do vento e das florestas, distribuindo flores, folhas e ar puro.

O gesticular de todas as figuras é delicado, elegante, rítmico e sintetizam o ideal físico e ao mesmo tempo universal de beleza.

São seis figuras femininas, duas masculinas e um Cupido (Eros) numa plantação de laranjas entre centenas de espécies de plantas e mais de uma centena de tipos de flores. O quadro talvez tenha sido inspirado por um poema de Ovídio sobre a chegada da Primavera.

Vamos à leitura da imagem, da direita para a esquerda: Zéfiro, o vento cortante de março, retratado num tom azul acinzentado e com asas, sequestra e possui a ninfa Flora (conhecida pelos gregos como Clóris), que usa uma diáfana túnica, transparente como um véu.

Zéfiro com Primavera (na verdade é a ninfa Flora)

Zéfiro com Primavera (na verdade é a ninfa Flora)

As bochechas de Zéfiro estão inchadas e, por ser a divindade “invisível” que é, seu diferente espectro separa-o dos demais. As árvores ao redor dele também sopram em sua direção, assim como na túnica de Flora, que ele está soerguendo enquanto flores e folhas frescas surgem de seus lábios. Flora era muito venerada entre os Sabinos, que levaram seu culto a Roma.

Conta-se que depois de arrebatá-la, Zéfiro fez dela sua esposa, conservando-a no esplendor da juventude e presenteando-a com o império das flores. Ele a torna então, deusa da Primavera, portadora da vida eterna, a espalhar rosas pelo chão. É por isso que os poetas costumam inserir o casal no cortejo da Primavera.

Primavera a espalhar flores.

Primavera a espalhar flores.

A Primavera é essa figura feminina coroada de flores num vestido de estampa também floral a espalhar rosas, recolhidas nas dobras do seu vestido, representando a mais bela estação do ano.

Observe que Primavera possui um abdome proeminente por baixo do vestido, como que indicando mesmo algo que lhe é tão peculiar: a germinação.

Observe que Primavera possui um abdome proeminente por baixo do vestido, como que indicando mesmo algo que lhe é tão peculiar: a germinação.

Detalhe das flores no chão.

Detalhe das flores no chão.

 Segundo Cunningham e Reich, a obra é uma elaborada alegoria mitológica da fertilidade florescente do mundo.

Segundo Cunningham e Reich, a obra é uma elaborada alegoria mitológica da fertilidade florescente do mundo.

A exaltação ao máximo do ideal de beleza como o ponto alto de um sonho é plenamente realizado no Renascimento florentino através de Botticelli.

Em destaque, pois centralizada e visivelmente acima das outras figuras está uma mulher vestida de branco com um belo manto vermelho de fundo azul. Em seu semblante se observa um plácido olhar de espectadora que abençoa. As árvores atrás dela formam um arco destacando-a ao centro. Somente ela e Mercúrio portam sandálias. Talvez porque somente Vênus (Afrodite) e Mercúrio (Hermes) sejam deuses da mitologia grega, enquanto os demais, alegorias.

Elas são: Aglaé (brilhante), Tália (verdejante) e Eufrosina (alegria da alma).

Elas são: Aglaé (brilhante), Tália (verdejante) e Eufrosina (alegria da alma).

Agrupadas, à esquerda, três graciosas jovens – As três Graças – em trajes branco e diáfano, unem as mãos com delicadeza enquanto dançam de forma sensual e suave.

Segundo o mito, as Graças eram filhas de Eurínome (ou Juno/Hera) e Júpiter (Zeus) ou ainda, noutras versões, de Bacco (Dioniso) e Vênus (Afrodite).

São fiéis companheiras da deusa do amor e da beleza, Vênus (Afrodite), a quem devem a graciosidade, o encanto e todos os atrativos que garantem triunfo. O poder das Graças se estende sobre todos os divertimentos da vida.

Elas dispensam aos seres humanos não somente a boa vontade, a alegria e as boas maneiras, mas também a eloquência e a prudência. Elas presidem ainda os benefícios da gratidão.

Detalhe Graça

Duas das Graças usam colares bem destacados (joias com as cores da família Médici).

As Graças são sempre representadas jovens, castas (pudicas) e elegantes a bailar. Os artistas as retratam nuas ou envoltas em túnicas leves, como véus flutuantes. Elas partilhavam também as honras que se rendia ao Amor, personificado por Vênus (Afrodite), a Mercúrio (Hermes) e às Musas.

A flechada desse inocente “anjinho” arrebata qualquer um, podendo nos alçar, imediatamente, ao paraíso.

A flechada desse inocente “anjinho” arrebata qualquer um, podendo nos alçar, imediatamente, ao paraíso.

Um cupido (Eros) bem rechonchudinho sobrevoa sua “mãe”, Vênus (Afrodite) e, de olhos vendados (como sabemos, o Amor é cego), aponta sua flecha para as Graças que, alheias a essa ameaça, bailam tranquila e delicadamente.

Mercúrio na Primavera

O caduceu de Mercúrio (Hermes) mantém o jardim seguro de nuvens ameaçadoras. Ele traja uma túnica de cor chamativa, transpassada por um cinturão que sustenta sua espada, as famosas sandálias aladas e o elmo que o torna invisível. Seu corpo revela estar displicente e despreocupado, entretanto, atento aos céus.

Botticelli inspirou-se no rosto de Juliano de Médici como modelo para retratar o mensageiro dos deuses.

Botticelli inspirou-se no rosto de Juliano de Médici como modelo para retratar o mensageiro dos deuses.

Além de seu significado evidente que é o anúncio da Primavera, essa pintura tem sido interpretada como uma ilustração do amor neoplatônico popularizado entre os Médici, sendo o amor carnal natural representado por Zéfiro (à direita) e a renúncia personificada pelas três Graças e por Mercúrio, voltados para outras coisas.

Espero que tenham apreciado o passeio, amigos! E, como Botticelli deixa “um gostinho de quero mais”, em breve teremos um Post complementar, com mais de suas preciosas obras (não, não pude me conter…), a análise do mapa de uma amiga do Salotto e um convite especial.

Luciene Felix Lamy

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Obrigada Lu!! Post fantástico!!

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86 Comments

patricia
Reply 22 de February de 2015

cara consuelo
belíssimo post. amo astrologia, mitologia. é uma delicia. obrigadíssima
beijo. patricia

    Luciene Felix Lamy
    Reply 22 de February de 2015

    Astrologia, Mitologia & Arte: puro Renascimento.
    Que bom que apreciou, Patricia. :)
    Mil beijos,
    lu.

maria laura do couto
Reply 22 de February de 2015

Fantástico!!!!!!!! Qualidade, beleza, cultura juntos. Parabéns pelo Post.

Antonia
Reply 22 de February de 2015

Bom dia, querida Lu,

que delícia encontrar mais uma vez seus posts carregados de informações e conhecimentos, que nos levam a pensar....

Bom, eu não tenho mercúrio em virgem para ser reconhecida como crítica ( porque meu mercúrio está em leão, a não ser pelo fato que esteja em últimos graus de casa 1 ) mas acordei com disposição para análises e questionamentos... e seus posts também são instigantes então, vamos lá:

Interessante Botticelli retratar no mesmo quadro duas figuras femininas de destaque, ou seja, a Vênus e a Flora ... e isso ele também faz no quadro de "nascimento da Vênus"... Qual seria a ligação entre essa duas figuras, professora? Vênus e Flora, as duas sempre juntas. Eu que sou duplamente leonina,( com tendência ao egocentrismo) preferiria que somente uma delas tivesse destaque... para que a concorrência ?

E mais, a Vênus, também grávida ??? Para a Flora, é compreensível a idéia de germinação, mas a Vênus, ainda nem foi atingida pela flecha do amor e já está fecundada ???

E outra, você não acha, querida Lu, que o Mercúrio, conhecido pela comunicação, está meio deslocado no quadro ? Estaria ele se comunicando com quem ???

Tenho ainda mais uma pergunta : se o renascimento é reconhecido como um movimento cultural novo, uma evolução cultural, por que Botticelli ainda usa temas da Antiguidade clássica ?

Enfim, esse comentário pode soar meio pretensioso mas a intenção não é essa... na verdade, tendo a oportunidade de dialogar com uma professora do gabarito da Lu, elevado e profundo conhecimento no assunto, seria um desperdício não perguntar, trocar idéias e aprender!!

No conjunto, quero dizer que gosto e aprecio o estilo delicado, elegante , movimentado das pinturas de Botticelli, mas acho as mensagens meio confusas. Ele era Peixes, não é Lu ?? Então, quem sabe esse tumulto cerebral tenha sua explicação.

No mais, agradeço a super aula do dia e estou no aguardo das interpretações de mapas. Adoro!!!

    Luciene Felix Lamy
    Reply 22 de February de 2015

    Buongiorno, Antonia!

    Que delícia encontrar quem os leia! \o/

    Vou te contar um "segredo": adoro perguntas (acho que todos os professores gostam!), pois é justamente quando a gente mais aprende. E tem mais é que perguntar, amiga! Estudamos o assunto, estamos "afiados".

    Só para esclarecer, o trecho astrológico, é de Stephen Arroyo; Já sobre o Renascimento e Botticelli é de minha autoria mesmo (postei as referências bibliográficas no post anterior, apenas acrescentei uma obra de mitologia de P. Commelin pq buscava o significado dos nomes das 3 Graças).

    Vamos às perguntas!

    Na verdade ele retrata 6 (seis) figuras femininas: as 3 Graças + a ninfa Flora (que se transforma em...) + Primavera + Vênus (Afrodite).

    A figura de Vênus preside e se destaca em ambas as obras. E isso porque a deusa do amor e da beleza é quem preside o encontro, a união, a geração de tudo o que há no mundo, inclusive, a Primavera (a de vestido florido a espalhar as flores). Enquanto Vênus é uma deusa olímpica (e das + antigas), Primavera é uma alegoria. Hierarquicamente, seu posto é inferior ao da deusa.

    Vênus não é "atingida" pela flechada do Amor (Cupido/Eros), ELA flecha. Na verdade, ela é a própria flecha. Também tem um abdôme proeminente talvez pq nessa época era "de bom tom" as figuras femininas insinuarem fertilidade. Se você observar bem, as mulheres renascentistas sempre usavam trajes que destacavam essa parte do corpo.

    Mercúrio (Hermes, na mitologia grega), além de ser o mensageiro dos deuses, preside toda e qualquer forma de comunicação. Curioso, inconstante, volúvel é também padroeiro dos ladrões, das artimanhas, dos truques. Ele é um deus jovial, brincalhão, que não se apega nem se "pega". Na cena, ele me parece já entediado (Mercúrio se entedia facilmente e anseia pelo novo, sempre), buscando outra coisa que lhe chame a atenção. Uma interpretação possível é que esteja prestando atenção se há alguma ordem de Júpiter (Zeus) vinda dos céus.

    O Renascimento, principalmente no "Quatrocento" resgata a mitologia grega com toda força. Isso porque os artistas não estão mais reféns da Igreja (confira no Post anterior) e, patrocinados pelas ricas famílias, eles tem carta branca para retratar outros temas, não somente religiosos. Essa mudança é marcante.

    Na arte, a antiguidade clássica já havia sido deixada lá para trás. Botticelli a reintroduz, daí seu pioneirismo e genialidade. É uma "releitura", sem dúvida, mas até o pisciano dar esse peteleco inicial, jamais fora realizada.

    Como todo bom pisciano, Botticelli ordenou seu "caos" interior através das características do signo oposto/complementar a Peixes, que é Virgem. Daí, tantos detalhes e tamanha precisão em suas obras. Repare quanta riqueza e minúcias podemos observar na foto que mostra detalhes da Alegoria da Coragem.

    Muitíssimo grata por suas observações e perguntas, Antonia!
    Um grande beijo e até a próxima.
    lu.

      Antonia
      Reply 22 de February de 2015

      Eu é que agradeço as respostas, Lu. Sempre muito esclarecedoras.

      Somente depois de suas explicações, entendi que a mudança marcante no movimento do Renascimento foi a libertação do domínio da Igreja como fator de influência... até mesmo nas artes. Anteriormente, imaginava, de maneira errada, que renascimento significasse um passo a frente, uma ruptura com o passado.

      Voltando a olhar mais uma vez sua apresentação, reparei que você menciona que Eros aponta suas flechas para as Graças e não para a Vênus. Então, você tem razão quando diz que ela, Vênus é a própria flecha. Entendido, professora.

      Quer dizer que a ninfa Flora e a Primavera são a mesma pessoa? Seria como se fosse a mesma mulher, numa etapa anterior... ??Incrível, Botticelli... ele quase antecipa a idéia de superposição de imagens como cinema !!

      E quanto às barriguinhas.. eu diria que nasci na época errada! Bons tempos aqueles em que a mulher era valorizada pela fertilidade e não pela" barriga negativa" !!!

      No conjunto, mais uma vez fantástico Lu. História da Arte, em casa, e quase uma aula particular, uma vez que a professora prontamente responde!!

      Foi ótimo! Agradeço mais uma vez a super aula e que venham as próximas!! Não quero perder a chance de aprender com você!!

      Realmente a Itália nunca mais será a mesma, aos nossos olhos, depois desse banho de cultura que você nos oferece!!!

Andrea - Curitiba
Reply 22 de February de 2015

Essa eh a nossa grande Lu!!! Inteligente, carismatica e de alma nobre!!!!! Obrigada por tanto nos fazer aprender!! Bjs e bom domingo a todos........

    Luciene Felix Lamy
    Reply 22 de February de 2015

    E essa é a nossa GRANDE Andrea!

    Menina, o Post ficou tão extenso... E olha que reduzi ao máximo que pude.
    Ao menos, é 'domenica', temos + um tempinho. ;)

    E pensar que tudo começou com a vontade de ensinar a decodificarem seus próprios mapas... Mas daí, vieram as análises das obras e com a Arte, o Renascimento.

    Para ajudar a situar, eis os anos de nascimento de alguns dos artistas que abordaremos:

    1445 - Sandro Botticelli
    1452 - Leonardo Da Vinci
    1475 - Michelangelo Buonarroti
    1483 - Rafael Sanzio
    1485 - Tiziano Vecellio (brilhou muito em Veneza).

    A Itália nunca mais será a mesma aos nossos olhos, amiga!
    Zilhões,
    lu.
    PS: Vale a pena clicar sobre as imagens (principalmente "A Primavera"), pois elas ampliam e dá para observar melhor os detalhes. ;)

      Andrea - Curitiba
      Reply 22 de February de 2015

      Viva esses grandes genios da Historia!!!! Bjs lindona......

        Luciene Felix Lamy
        Reply 22 de February de 2015

        E bota gênios nisso, Andrea.
        A listinha acima é só para ficar no "básico". ;)

Eduarda
Reply 22 de February de 2015

Posto maravilhoso! Mercúrio pode também estar colhendo os frutos da árvore do conhecimento, como representante dos iniciados ( o Mago do Tarot) que é. Beijos e obrigada!

    Luciene Felix Lamy
    Reply 22 de February de 2015

    Ôpa! Olha aí, boa observação Eduarda!
    Ele é a única divindade com entrada livre no Reino de Hades (reino dos mortos).
    Isso porque é somente através da mente (psique) que podemos conectar com o oculto, jamais com o corpo (soma). Danado! Tem "pulseirinha" VIP!
    Mil beijos, amiga!
    lu.

      Eduarda
      Reply 22 de February de 2015

      Meu mercúrio está na casa de meu signo solar, Escorpião... Eita! ;)

        Luciene Felix Lamy
        Reply 22 de February de 2015

        Essa é mais uma "pegadinha" curiosa! Como pode, a divindade + leve e cheia de presepada ter acesso livre a temas tão densos, tão sérios (sexo/morte/transformação)? Desconfio que a famosa "brincadeira do copo" (Ouija) tenha sido invenção de um Mercúrio em Escorpião. ;)

Mari
Reply 22 de February de 2015

Que post maravilhoso !!! adooooro ficar olhando cada detalhe das obras, os cabelos, as vestes ..os semblantes.. tudo.. :)
Lu querida tua aula é um verdadeiro presente!!!!! ;)
Mil bjokas
PS Adorei saber sobre as Graças..

    Luciene Felix Lamy
    Reply 22 de February de 2015

    Que bom que gostou, Mari!
    Você viu o dourado dos cabelos da Virgem Nossa Senhora da Assunção?
    As Graças já foram retratadas e esculpidas por tantos... Para mim, as de Antonio Canova (Louvre e Galleria Borghese) são insuperáveis.
    Presente mesmo é ir à Itália e ficar em êxtase! Vamos?
    Zilhões,
    lu.

      Mari
      Reply 23 de February de 2015

      Lu.. o mesmo dourado da coroa!.. é uma imagem tocante mesmo!
      E fui pesquisar as Graças q tu citaste.. ;) e nossa.. realmente de uma beleza incrível !!
      Obrigado p mais essa aula :) :)
      E quanto ao convite.. faz isso comigo não!!!!!!!!!! rsss
      Mil beijos

evangelina junqueira de aquino
Reply 22 de February de 2015

Brilhante !!! simpes assim ... Parabéns !!!

Luciene Felix Lamy
Reply 22 de February de 2015

Amigos do Salotto, vocês observaram que...

Assim como Leonardo, Botticelli também era gay e foi MUITO corajoso ao ousar denunciar a Igreja nesse trecho de "A calúnia de Apeles"? Isso em 1495!!!
O frei Savonarola, que denunciava - entre outras coisas - os desmandos do Papa Alexandre VI (Bórgia), foi levado à fogueira e isso marcou profundamente o artista, deixando desolado, inconformado.

Que Petrus Christi é bom, mas tão bom que sua pena se confunde com a de seu Mestre, Van Eyck?

Que no broche de Simonetta Vespucci há um baixo relevo de Vênus e Cupido (Afrodite e Eros)? Que o marido dela era primo do antigo proprietário da casa onde mora Consuelo (Américo Vespucci) e que, portanto, a donzela deve ter passeado por lá?

Que quando vi a foto de Allegra pela 1ª vez (n'O Essencial, de Mamisa), imediatamente pensei: "essa menina é um Botticelli!"?

Bem, o domingo vai findando, deixo aqui uma sugestão de fundo musical que, embora seja de uma antiga cantiga celta (cerca de 940/1.000) certamente encantaria "As Graças".

Mil beijos e, saibam que tô de plantão. ;)
lu.
https://www.youtube.com/watch?v=fIlG8Sjlv-w

    Ana Abate
    Reply 23 de February de 2015
      Ana Abate
      Reply 23 de February de 2015

      Nasceu para isso Fessora!:)

        Mari
        Reply 23 de February de 2015

        Eita mulher talentosa !!!!!!!!! ;)

          Luciene Felix Lamy
          23 de February de 2015

          É verdade, Aninha, confesso que nasci pra isso mesmo: ensinar*. Por isso que estudo e, por sorte, ADORO estudar.

          Agora, por exemplo, tô com "A Divina Comédia", de Dante Alighieri (vc sabia que aquele famoso retrato do poeta foi pintado por ninguém menos que seu amigo Botticelli? Logo mais, apresento a obra).

          Elegi também o épico "A Eneida", de Virgílio que, juntamente com Dante, é basilar e está para a Itália tal qual "A Ilíada" e "A odisséia" para os gregos.

          Depois, conto tudinho "prazaluna"!
          Nos mííínimos detalhes. ;)
          Zilhões,
          lu.
          (*) E preparar a mesa do café-da-manhã.

Maria Vilma
Reply 22 de February de 2015

Lu!!! Vc é uma deusa que conhece, como ninguém, o endereço da sabedoria e do
belo. E, quando precisa, generosamente, magicamente vai lá retira imagens...
saberes e poesias para falar de mundos, de coisas, que expandem percepções e modificam vidas...
Agradeço imenso, a você, Lu, a Consuelo e ao Salotto por tudo que tenho aprendido aqui... Mas para melhor traduzir o que tudo isso representa em minha vida, trago enlaçadas a minha gratidão, as palavras poéticas de José Saramago:
“A vida, esta vida que inapelavelmente, pétala a pétala,
vai desfolhando o tempo, parece, nestes meus dias,
ter parado no bem-me-quer …”
Muito, muito... obrigada, querida Lu! Por divir/multiplicar/somar, saberes e bem quereres!!!
Bjs, MaVi

    Luciene Felix Lamy
    Reply 22 de February de 2015

    Ah, minha querida MaVi...
    Estava ansiosa por suas poéticas linhas, amiga!
    O endereço é a Alma; A Itália e o Google "Imagens". ;)
    Brigadão pelas belas palavras de Saramago.
    Zilhões,
    lu.

      Maria Vilma
      Reply 23 de February de 2015

      Lu, o endereço não poderia ser outro. A Alma. É onde o seu amor e sua sabedoria articulam entre si, buscam fontes, ferramentas e possibilidades, retroalimentam-se, para
      depois nos oferecer de bandeja... eu diria... “mastigadinho”... todos esses ensinamentos... Como disse Padre Antônio
      Vieira: “Para ensinar sempre é necessário amar e saber;
      porque quem não ama não quer; e quem não sabe não
      pode.”.
      Abençoada seja a sua alma amorosa, que generosamente
      nos empodera de ricos saberes...!
      Bjs, MaVi

    Marina Di Lullo
    Reply 24 de February de 2015

    MaVi querida, vc sempre me comove. Bjs

      Maria Vilma
      Reply 24 de February de 2015

      Nina, comovente é gente como vc, de coração desarmado...
      afetuoso... Eu chego a sentir o cheiro bom, que exala de gente assim...
      Um grande beijo, amiga!

        Marina Di Lullo
        Reply 24 de February de 2015

        Oh MaVi, um abraço beeem apertado e um cheiro pra vc. É assim beijo em Salvador, não é? É lindo, pois além de beijar, quer dizer que sentimos o cheiro, o frescor que exala de quem gostamos. Muito axé MaVi!! Eu adoro tudo daí. Vento do mar, as bahianas, Caetano Veloso, capoeira, Morro de São Paulo (e até passar mal no barco pra chegar até lá), Jorge Amado e, como a lista não tem fim, agora, a minha preferida destas terras - MaVi!!!!

          Marina Di Lullo
          25 de February de 2015

          Correção:...baianas... .
          E só pra relembrar um pouquinho nosso Caymmi:

          "Acontece que eu sou Baiano,
          Acontece que ela não é
          Mas...tem um requebrado pro lado
          Minha Nossa Senhora
          Meu Senhor São José"

          E por aí vai a música, uma delícia!!

          Maria Vilma
          25 de February de 2015

          Hahaha... Nina, já que vc gosta tanto assim
          da Bahia, deixo esse parágrafo retirado de
          um texto escrito por um dos baianos mais ufanistas que existe... o publicitário Nizan Guanaes. Quem sabe não seja essa, a sua
          razão por gostar da Bahia...rssss

          “O Brasil é o maior filho da Bahia. Ele nasceu
          lá no dia 22 de Abril de 1500 e é por isso que
          os brasileiros ficam tão felizes quando vão à Bahia. Porque eles estão, na realidade,
          visitando os parentes, revendo suas raízes.
          Baianidade é enfim o DNA do Brasil, é o genoma do país.Quando o Brasil vai à
          Bahia, ele volta para casa.”
          Bjs, querida!

          Marina Di Lullo
          25 de February de 2015

          Adorei MaVi!! Bjs mil

Maria Benincasa
Reply 22 de February de 2015

Lu, querida Lu! Sabe, cada vez q leio um post seu, me sinto mais inteligente, portanto, mais rica!!
Só pessoas generosas e muito felizes consigo mesmo são capazes de compartilhar sem como coração tão abertos, tamanho conhecimento! Essa é minha opinião...
Obrigada por esse aporte cultural!
Lady, só vc para nos proporcionar esse canal!
Bjs da roça

    Luciene Felix Lamy
    Reply 22 de February de 2015

    Maria, querida Maria (nome tão sublime!),

    Sabe que lendo esse seu comentário me sinto mais felix?
    O conhecimento está nos livros, só pincelei e reescrevi os "melhores momentos".

    Infelizmente, muitas pessoas se vangloriam do que conseguem fruir numa viagem e se esquecem de que, munidas de conhecimentos prévios, a contemplação é muito, mas muito mais enriquecedora mesmo, atinge a Alma, enleva o Espírito.

    Sim, graças "aos olhos" da donzela, dispomos de mais essa "nova temporada", no 2º ano da série, repleta de emocionantes episódios! ;)

    Zilhões de beijos do mar, amiga!
    lu.
    PS: Reparaste na pashmina da Virgem? Cadê o Cass???

      Maria Benincasa
      Reply 23 de February de 2015

      Claro que reparei! Fashion essa Maria, não?! ;)

Sandra Gorski Rego
Reply 23 de February de 2015

Parabéns Lu, mais um post maravilhoso !!!! Como sua aluna 2 vezes em Roma, posso afirmar que ninguém melhor que você, para falar de Mitologia. E com uma didática deliciosa, bjssss

    Luciene Felix Lamy
    Reply 23 de February de 2015

    Ah, Sandra querida...

    Somos nós, suas alunas pelos Palazzos Romanos, que agradecemos por teres trazido tantas belezas aos nossos olhos! Reconheceu "seu" Mercúrio, por Rafael Sanzio acima? Pois não vejo a hora de estarmos lá novamente. ;)

    Ah, claro: nossa didática é de muitas risadas!!! :) :) :) :) :) :) :)
    Dessa vez, complementaremos com o Renascimento onde nasceu: Florença.

    Mil beijos e até setembro, amiga!
    lu.
    Fui matar as saudades: https://www.consueloblog.com/nobres-familias-romanas-e-seus-monumentos-com-sandra-gorski-rego-2a-parte/

Daniela Giuliboni Coelho
Reply 23 de February de 2015

Querida Lú seus posts sempre alimentam a nossa alma e esse não poderia ser diferente. Post maravilhoso, enriquecedor,cativante......O quadro da primavera de Botticelli é uma demonstração de cor e vida lindo.É maravilhoso notar a riqueza de detalhes nestas obras de arte!!! Obrigado pela dedicação,vc sabe dividir conosco esse universo com maestria!!!!!! Bjssssss

    Luciene Felix Lamy
    Reply 23 de February de 2015

    Compartilhar é, como diria o "bigode"*, humano, demasiado humano.
    Que o diga a web. Aliás, Mercúrio. ;)
    Não há o que agradecer, amiga! Esse "trabalho" dá um prazer... _/\_
    Mil beijos,
    lu.
    (*) Filósofo alemão, Friedrich Nietzsche.

Tulenka Marinheiro
Reply 23 de February de 2015

Lu querida,

Desta vez me foi mais familiar por causa da História da Arte, mas a Mitologia fica ainda muito a desejar pela minha falta de conhecimento e dificuldade mesmo, ( vc sabe disso, rsrsr) .
Lindas todas as imagens. E em um post acima vc já me esclareceu e acrescentou muito mais. Me desculpa não vir aqui, no lugar certo, comentar e avaliar, criticar e agradecer. Essa coisa de comentar no facebook se tornou um vício muito ruim para quem tem esse trabalho insano de produzir um artigo como esse.

Falta ler o anterior. É muita aula pra uma desinforamada.

Beijo agradecido, amigo e saudoso,

Tulenka

    Luciene Felix Lamy
    Reply 23 de February de 2015

    Que bom, Tulenka!!!
    Fique tranquila, uma área (Hist. da Arte) acaba nos levando a outra (Mitol.).
    Sim! Confira o Post anterior, amiga!
    Zilhões,
    lu.

Ana Abate
Reply 23 de February de 2015

Luuuuu, que bela aula!!! Vou conferir tudo! Botticelli que me aguarde! Quanta cultura hein?! Bj!

    Luciene Felix Lamy
    Reply 23 de February de 2015

    E nem tenha pressa, amiga!
    Meus Post's são mensais, dá para encontrar um momentinho sossegada.
    Desde já, muitíssimo grata por conferir toda a grande beleza do florentino!
    Mil beijos,
    lu.

Adriana Vedolin
Reply 23 de February de 2015

Post maravilhoso!
Consuelo , teu blog é diferenciado, rico de
informações, cultura e consegues ao mesmo
tempo nos fazer sentir próximas da tua vida e
experiências. Continue !! Parabéns!!

Andreia Mota
Reply 23 de February de 2015

Querida Lu, você enche mês a mês a minha caixinha de joias com posts em forma de presentes. Eu quero te pedir desculpa pela ausência, estive com acesso limitado a internet e só hoje pude saborear, isto mesmo, saborear este precioso post. Mercúrio em peixes deixa a donzela aqui completamente na garrafa e derretida. Agora entendo o porque de sentir demais, doer demais, amar demais, eita emoção que não cabe em mim. Rsssss. Tomei o cuidado de prestar atenção dos ensinamentos e nos detalhes das pinturas, se não fosse por sua delicadeza e vontade de semear beleza, eu jamais desconfiaria dos sinais deixados propositalmente pelos artistas em suas obras. Na obra "A calúnia de Apeles" o detalhe da maltrapilha com o braço da razão sobre a emoção. Na Alegoria Virtude da Coragem de Botticelli, consigo perceber seu lado brincalhão ao retratar a coragem com um "ar" pensativa e cansada.
Na Coroação da Virgem Nossa Senhora da Assunção, a delicadeza da coroa, quase como um projeto de joia a ser materializada. A primavera… uma mistura de lucidez com delírio, duas mulheres bem vestidas e quatro mulheres semi nuas, a nudez representaria a vaidade do artista? E as joias, seriam da Família Médici? Quantas perguntas né? É esta a sensação que tenho, sempre querer saber mais sobre o que você nos ensina. Estou encantada com Sandro e fico imaginando os próximos posts, OBRIGADA pelo presente, minha querida Lu. Obrigada Diva pela sensibilidade em escolher seus parceiros. Beijos Salotto.

    Luciene Felix Lamy
    Reply 23 de February de 2015

    Sim, querida Andreia, as joias são dos Médici.

    Já a semi-nudez é ousadia de Botticelli mesmo. Ele inovou, rompeu um padrão, depois dele haverão muitos "pingolins" de fora (tanto nas pinturas quanto nas esculturas). Confira o Mercúrio (Hermes) de Rafael Sanzio, acima.

    É vero! A anciã em farrapos (Igreja enquanto instituição) tem que erguer a face para conseguir encarar a Verdade, pois essa se encontra (propositalmente) ACIMA dela. Gostei de sua observação sobre os braços: perfeito!

    Pergunte mais, pergunte mais! Senão, fico respondendo até ao que nem foi perguntado:

    Os ventos são 4 (quatro), e Zéfiro é o mais forte!
    Os outros são: Eólo (o de brisa suave), Boréas e Euro.
    Para os antigos gregos, em cada tipo de manifestação da natureza (physis) havia uma divindade presidindo. Claro que, eventualmente, quando uma imiscuía-se nos domínios da outra... Haja "barracos". O Olimpo é uma festa!

    O próximo Post será sobre a posição de Vênus (Afrodite) no mapa! A obra? Segredo! Mas nem preciso dizer que será a + bela! ;)

    Zilhões,
    lu.

Cassiano Lopes
Reply 23 de February de 2015

Lucy in the sky with diamonds... que texto sublime! Leve, delicioso, sutil... Estou aqui ainda absorvendo todo esse aprendizado e fico feliz com a sua generosidade em compartilhar conosco tanto conhecimento. Eu nunca mais olhei para qualquer obra que seja com os mesmos olhos depois que você nos aprensentou à Santa Ceia. Tento "ler" cada uma delas com um olhar mais curioso e procurando entender cada detalhe. Acho as obras de Boticelli lindas e agora mais ainda! Espero um dia ter o prazer e privilégio de fazer o curso na Itália com você, pois vai ser um presente e tanto! Um beijo e muito obrigado amada. Cassi

    Cassiano Lopes
    Reply 23 de February de 2015

    Esqueci de dizer, prestei atenção sim na echarpe da Nossa Senhora na obra "Coroação da Virgem Nossa Senhora da Assunção ". Qual é o significado dela? Mais beijos!

      Luciene Felix Lamy
      Reply 23 de February de 2015

      Menino, agora vc me pegou! ;)
      Óbvio que Botticelli não insere nenhum detalhe ao acaso, mas não consigo atinar a qual significado teria o adorno (vai que a 'modelo' já chegou usando e ele, encantado, quis manter?)... Só observo que o tom faz uma triangulação harmoniosa com as demais cores róseas nas demais vestes presentes na obra.
      O prazer e privilégio também serão meus, meu amigo!
      Zilhões,
      lu.

Luciana
Reply 23 de February de 2015

Parabéns a Luciene pelo texto esclarecedor. Amei! Me interesso muito pelas artes e é interessante ver quantos detalhes foram esclarecidos acerca da obra "A Primavera" de Botticelli.

Parabéns pelo blog, Consuelo. Já tinha visto umas dicas que você postou sobre o restaurante Oblix, em Londres, mas só agora pude ver com calma o seu site. Conteúdo interessantíssimo. Vou virar freguesa!

Beijos,

Luciana

    Luciene Felix Lamy
    Reply 23 de February de 2015

    Menina,
    As referências bibliográficas relatam cerca de 500 tipos de plantas e ervas e algo em torno de 130 tipos de flores! Será possível???
    Amei que tenha conferido, Luciana. ;)
    Mil beijos,
    lu.

Luciana Rodrigues - Turismo em Roma
Reply 23 de February de 2015

Imprimindo o texto da Lu para ser meu companheiro de viagem nas próximas horas. Parabéns pela aula e por compartilhar seu saber conosco.

    Luciene Felix Lamy
    Reply 24 de February de 2015

    Que bom que gostou, Luciana!
    Obrigada por comentar, amiga.
    Mil beijos, saudades...
    lu.

Norma Cardoso
Reply 23 de February de 2015

Quando nos pegam pelas mãos e nos apresentam detalhes tão sutis e ao mesmo tempo tão reveladores de um 'analisado', eu lembro-me da frase: "O bom mestre não é o que tem maior número de discípulos, mas o que forma mais mestres". Grata pela generosidade da bonita partilha. Bjo Norma

P.S.: Botticelli és um 'petisco'
P.P.S.: Você e a Consuelo foram banhadas na mesma 'fonte'. Disseminar (lindamente) conhecimentos, de tal forma que (até) nos parece ... fácil. Duas capricornianas, escaladoras de Monte Everest, antes do café da manhã :) Nac

    Luciene Felix Lamy
    Reply 24 de February de 2015

    Oh, céus! Como as filhas de Chronos (Saturno) labutam!!! :)
    Gostei da frase, Norma! Nem tinha essa pretensão, mas sabe que fiquei pensando que, se os leitores conferissem esse Post no domingo antes do almoço, teriam um assunto bem apetitoso para levar à mesa?
    Mil beijos, minha amiga!
    lu.

Ritinha Medina
Reply 23 de February de 2015

Queridas amigas - Lu&Consu,
Obrigadaobrigadaobrigada por mais esse presente em forma de Post...
E vc ainda chama de Mini (?!) curso esse apanhado precioso com riqueza de detalhes primorosos e interpretações precisas de obras do magnífico Botticelli?!
#cênuméfracanãofessôra
Em tempos de tempo escasso, aprendizados descartáveis e conhecimentos rasos, vc generosamente compartilha o seu saber de forma clara, simples (sem a sisudez) e direta.
E certamente, tudo baseado em um árduo trabalho de pesquisa!!!
Botticelli e Luciene Félix arrasam...
Bjkas,
PS - E saber q a verve dos colecionadores teve origem no período "Quatrocento" do Renascimento... Ah! Nosso Salotto é tão chique!!!

    Ritinha Medina
    Reply 23 de February de 2015

    Ah! E a cereja do bolo ficou por conta de Loreena McKennitt (Netão é fãzaço)
    Com Eros - o fófis batendo asas por aqui - delirei vendo Romeo&Juliet no baile de máscaras...

      Andreia Mota
      Reply 23 de February de 2015

      Ritinha querida, eu também sou fã de LM!!! Na verdade eu nem conhecida, mas depois que uma das minhas melhores amigas entrou na igreja ao som de Tango de Évora, foi amor a primeira nota, corri pra internet e comprei o cd, sempre que posso dou uma ouvida. Beijos querida e desculpe me meter no seu papo com a Lu.

        Ritinha Medina
        Reply 23 de February de 2015

        Dori querida,
        Cada post q passa, encontramos mais coisas em comum.
        E qto a se meter no meu papo com a Lu...
        Ai divocê se não o fizer!!! rss...
        Bjkas,

    Luciene Felix Lamy
    Reply 24 de February de 2015

    Minha BFF,

    Se, antes de chegarmos à Roma e Florença, tivermos a oportunidade de nos hospedarmos num feudo e, passearmos por uma autêntica cidadezinha medieval, abordando "in loco" todo o universo social (político e econômico; peste, guerra e fome inclusos) que norteou o estabelecimento do Renascimento, deixa de ser "mini", OK? ;)

    Tens toda razão, amiga... Vivenciamos "(...) tempo escasso, aprendizados descartáveis e conhecimentos rasos". Pois, justamente nesses tempos "líquidos" (como afirma o sociólogo polonês Zigmunt Bauman), não convém compactuarmos com o imediatismo, levando a vida com a velocidade de quem patina sobre gelo fino, mas buscarmos a solidez do conhecimento do passado que legou tanta beleza; Até porque (parafraseando Antígona), esse "passado" foi, é e sempre será.

    Sim, no "Quatrocento"! E os colecionadores do Salotto já tem mais um assunto a abordar quando estiverem exibindo suas coleções!

    Obrigada! Obrigada! Obrigada, Ritovski!
    Zilhões,
    lu.

      Ritinha Medina
      Reply 24 de February de 2015

      O q vc está aprontando para o próximo curso na G. Borghesi???
      Entendi direito?!?!
      Curso sobre Renascimento hospedada em um burgo???
      Ai meus sais...
      Mesmo diplomada pode repetir o curso???
      Bjkas,

Re Nunes
Reply 23 de February de 2015

Amei! Sou uma apaixonada pelo Quatrocentismo e quando combinou este assunto com astrologia eu simplesmente amei! Ótimo texto e imagens! Obrigada por compartilhar conosco estas infos! bj bj

    Luciene Felix Lamy
    Reply 24 de February de 2015

    Re,
    Então você se apaixonou pela "Idade de Ouro" do Renascimento. ;)
    Mil beijos, donzela! E grata por comentar.
    lu.

sandra regina cozenzo
Reply 23 de February de 2015

Eu sempre aprendendo com seus lindos e interessantes artigos sempre fica um gostinho de quero mais. Sou grata por vc dividir sua sabedoria conosco e a Consuelo seder seu espaço para que isso aconteça. Bjs meninas queridas

    Luciene Felix Lamy
    Reply 24 de February de 2015

    Sandra, minha querida,
    Foi justamente por ter sido "obrigada" a deixar tantas obras de Botticelli de fora que decidi fazer uma espécie de "Post complementar".
    Aguarde! Vem mais beleza por aqui.
    Mil beijos,
    lu.

Marina Di Lullo
Reply 23 de February de 2015

Obrigada e obrigada querida Lu!! Li seu post-aula ontem, antes de dormir (naquele momento em que tudo está silencioso) e quis relê-lo hoje, com meu mapa bem pertinho. Você não imagina a Alegria na Alma que me traz!!
Anos atrás, vi "A Primavera" e fiquei "vidrada" em cada detalhe, ela estava guardada em mim. Pelas mãos da professora escolhida e doada pelos Deuses benfazejos ela retorna, agora decodificada e cada vez mais amada e admirada.
Ao som da música celta, bailam as Graças, saudando a alegria e a gratidão. E Lu nos traz também o autoconhecimento, ao aprendermos sobre nós na leitura do mapa.
Obrigada também querida Consu, por ceder seu espaço para as aulas da Lu!!
Beijos e beijos

    Luciene Felix Lamy
    Reply 24 de February de 2015

    Ah, então vc já teve o prazer de contemplá-la, Marina?
    Que dádiva! Quando puderes, vamos revê-la juntas!
    Muito, muito obrigada por teres apreciado o Post.
    Mil beijos,
    lu.

      Marina Di Lullo
      Reply 24 de February de 2015

      Oh querida Lu, seria um prazer enorme!! Muitos beijos

        Marina Di Lullo
        Reply 24 de February de 2015

        Ops, "zilhões" de beijos!!!

Mia Athayde
Reply 23 de February de 2015

Lu querida,
Quantas possibilidades através de seu olhar, a arte, a astrologia e a mitologia adquirem!!!!
Parabéns !
:))

    Luciene Felix Lamy
    Reply 24 de February de 2015

    Vish! O mundo é vasto, não é Mia? Para quem não para de falar, então... ;)

    Nesse carnaval fiquei encantada, pois fui hóspede de um renomado navegador e ele me revelou que, no início da carreira (com a ajuda de um astrolábio) calculava a rota da embarcação através dos céus. Em cerca de meia hora, no lápis!

    O assunto à mesa foi rico: arte, astrologia, mitologia e, como ele graduou-se em Grego e foi aluno do grande Junito de Souza Brandão, tragédia grega, claro.

    Muito grata por teres conferido e apreciado o Post, minha amiga.
    Mil beijos,
    lu.

Jovita Agra
Reply 23 de February de 2015

Meio atrasadinha(problemas com a internet) para comentar mas não podia deixar passar em branco: obrigada, mestre Lu por mais este post enriquecedor, já está devidamente copiado no caderninho para ser lido, relido, estudado e apreciado. Sou fã destes seus artigos. Bjo grande.

    Luciene Felix Lamy
    Reply 24 de February de 2015

    Que atrasadinha que nada, Jovita!
    O Post estará sempre aqui, à sua disposição. Eu também!!! ;)
    Beijãozão,
    lu.

Sonia heloisa ferrari scacalossi
Reply 23 de February de 2015

Luciene só hoje segunda feiira conegui ver se post .Vc sabe qto te admiro Realmente foi demais .Quatrocento com sua analise nos deixa com vontade de quero maissss .bjs

Denise Luna
Reply 24 de February de 2015

Lu,
Chegando atrasadíssima pq queria ler tudo e ainda não deu tempo, mas quero lhe agradecer pela generosidade de dividir esse conhecimento fantástico de História da Arte (quase fiz a faculdade).
Quanta informação preciosa e interessante. Vou ler e reler para digerir tudo devagarzinho, pois esse post é como um bom vinho!
Parabéns e obrigada, querida.
Bjs

    Denise Luna
    Reply 24 de February de 2015

    ADORO quando você analisa um quadro!!! Fica tão mais significativo....
    Obrigada!!!!!
    Bjs

    Luciene Felix Lamy
    Reply 25 de February de 2015

    Denise, minha donzela,
    Deguste-o sem moderação. ;)
    Pois faça História da Arte! Sempre pensei: se eu estudar o tempo passa; se eu não estudar o tempo passa. Melhor passá-lo estudando.
    Obrigada você, por prestigiar.
    Zilhões,
    lu.

Luciene Felix Lamy
Reply 1 de March de 2015

Hoje é 1º de março!
Parabéns, Botticelli: você tornou-se IMORTAL. \o/
A chama do ideal de beleza que concebeste na Alma e trouxestes para as telas será mantida acesa para sempre, pisciano, pois muitos artistas - mesmo inconscientemente - criaram, criam e criarão inspirados em suas fascinantes obras.
Com respeito e admiração,
luciene.

Miguel
Reply 4 de March de 2015

Oi Lu!

Gostaria MUITO de te agradecer por todos conhecimentos que você nos passa aqui no blog, se percebe que faz tudo com muito carinho, amor, bem explicado, numa forma bem esclarecida até para quem esta começando agora com a astrologia, como eu.
Também gostaria de agradecer pela sua generosidade em conversar comigo e que pude dividir algumas angustias e desafios da minha vida que ainda virão, a minha mais profunda e sincera gratidão.

Na espera do próximo post! Sempre!

Beijo
Miguel.

Rogerio
Reply 9 de March de 2015

Magnífico! O que mais posso falar deste post maravilhoso?
Muito obrigado pelas flores que semeia nesses nossos, muitas vezes, tortuosos caminhos...
bjs
Pobre Sagitariano

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