Como é morar no Canada?!! Por Cris Medeiros, brasileira, que mora há 15 anos.
Querido Salotto, há um tempo tenho notado o interesse do mundo pelo Canada. Amigos no Brasil foram morar lá. Quando Trump ganhou, o site do governo canadense saiu do ar por excesso de acessos… Um mundo confuso com futuro incerto leva populações a procurarem novos horizontes… O Canada é um incognito… A economia parece estar andando bem, parece ter liberdade e oportunidade, não é tão longe assim e tem um primeiro ministro gato de quebra… 😉
Mas e a neve? O frio? Falar francês E inglês?!! Eis que me escreve uma leitora carinhosa, Cris Medeiros, e com um estilo de escritura simpático e fluido ela me conta que mora no Canada. “Eureka!” Pensei. Que tal pedir para ela nos contar como é viver no Canada para tirar algumas das nossas dúvidas? Ela aceitou e aqui está a sua história. Se sobrarem dúvidas ou perguntas práticas e técnicas, Cris responderá nos comentários, ok?
Ah!!! E se quiserem saber mais sobre Cris, clique AQUI para o seu instagram, Crismontrealcanada, e AQUI para o seu blog The Optimum Post.
Dias Brancos por Cris Medeiros
Janeiro em Montreal … Tem dias, como hoje, em que literalmente dá branco. Olho pela janela do quarto, pela janela do carro, do escritório e só vejo branco. Uma imensidão de branco e mais branco. E digo pela janela, porque eu não sou louca de por o pé na rua. Hoje está -25°C, sensação térmica -31°C. Faz diferença??
Em dias assim, até a ida ao supermercado é uma aventura. Na semana passada não conseguia nem sair do carro no estacionamento descoberto: de um lado, o vento não me deixava abrir a porta. Do outro lado, a porta quase voou fora, como arrancada por uma força sobrenatural. E imagina empurrar o carrinho na neve? Sem falar que na meia hora que você passa fazendo compras o carro já foi soterrado e você tem que ficar mais 10 minutos “desenterrando” o veículo! Por isso você tem que andar com uma ferramenta imprescindível no carro: de um lado é uma vassoura, do outro, um raspador de gelo. Ai de quem não tem!
Ir a um evento social no inverno aqui em Montreal exige um ritual tradicional, e um outro acessório indispensável: a sacolinha do sapato, que você leva junto com a bolsa. Você se arruma toda linda e depois se embrulha num casaco que te cobre inteira como uma burca, enfia umas botas de andar na lua e leva seu sapatinho na sacolinha (e aí você capricha na sacolinha pra ficar “chique”). E daí, como tirar as botas e calçar os sapatinhos num lugar público sem perder a pose? Uma arte!
E como manter a “dignidade” do seu hall de entrada se cada um que chega tem que tirar as botas de neve e deixar na porta? Por mais criativa e organizada que você seja (eu bem que tento!), nada resiste a uma invasão de jovens com botas molhadas! E elas raramente são novas e limpinhas…
Luvinhas desparceradas – Esses são alguns aspectos pitorescos da vida em Montreal. O inverno até hoje é difícil pra mim, apesar de já morar aqui há 15 anos. Ainda bem que essa fase mais cruel dura só dois meses em geral (janeiro e fevereiro). Meus filhos não ligam. Chegaram aqui pequenos : Ulli 8 anos, Bibi 6, Lipe 5 e Rike 2 (sim, são 4 filhos!!) e logo se acostumaram. Mas eu me lembro do trabalho que dava vesti-los pra escola no inverno quando eram menores… era como levar a turma pra esquiar todo dia: anorak, calça de neve, gorro, botas luvas, gola térmica… Claro que na volta sempre faltava uma parte. Depois de um tempo parei de substituir os inúmeros pares de luvas desfalcados e aderimos à “tendência” das luvas desparceradas. Tem mão direita e esquerda? Tá ótimo, pode ir.
A propósito, a moda decididamente, não é o forte do Canadá. Normal, se você passa a maior parte do ano embrulhada. Ninguém aqui liga muito para o que você veste, o que é outra coisa que os brasileiros estranham. A Consuelo aqui entraria em depressão! Meus filhos, no entanto, não tiveram dificuldade nenhuma para adotar a atitude “casual” dos canadenses. Cada um desenvolveu seu estilo próprio, e não estão nem aí se a gente gosta ou não gosta. Às vezes eu até gosto…
Também depois de algum tempo (na verdade, só depois de um ano e meio) parei de levar os mais velhos pra escola de carro todo dia. Afinal, eles estudavam a sete minutos de casa, e tem um ônibus que passa na frente da minha porta, com ponto a um quarteirão do colégio. Mas eu, recém chegada de São Paulo, nem sonhava em deixar minhas crianças tomarem o transporte público, ainda mais sozinhas! Hoje eu dou graças aos céus pelo sistema de transporte urbano daqui. É totalmente seguro, moderno, limpo e funciona infalivelmente, faça sol, chuva ou muita neve. Por causa disso, as crianças daqui rapidamente adquirem independência de locomoção, e vão sozinhas pras aulas particulares, pros esportes e pros programas. Pra mães que trabalham, é literalmente uma mão na roda…
Demorei um pouco pra me adaptar a esse esquema porque quando chegamos aqui, em 2002, eu andava muito apavorada com a falta de segurança que todo morador de cidade grande brasileira enfrenta hoje em dia. Aliás, essa foi uma das principais razões da nossa mudança. Outra razão importante foi que, além de um ambiente seguro, queríamos dar a nossos filhos a oportunidade de crescer em um lugar onde todos têm os mesmo direitos e oportunidades, onde se respeitam as diferenças e as características próprias dos grupos e minorias. Nesse caso, o Canadá é mesmo o país ideal. O Guibe, meu marido, tinha feito o College aqui em Vancouver, e na reunião de dez anos de formado (em 1987) me trouxe pra visitar. Adorei o país, as pessoas e a cultura. Mas na época não imaginava que um dia nos mudaríamos para cá com a cara, a coragem e quatro filhos pequenos!
Ganhos e perdas – Até hoje muita gente nos pergunta como fizemos para deixar pra trás uma vida bastante privilegiada no Brasil, família, amigos e mordomias e encarar essa aventura num país ainda tão desconhecido dos brasileiros e com um clima tão inóspito. Naquela época nos pareceu fácil. Além do mais, tínhamos a vantagem de poder trabalhar aqui. Guibe já veio com um contrato com a IBM, como diretor de Pesquisa e Desenvolvimento. Eu, jornalista, fui logo contratada pela CBC, rede nacional de radio, televisão e Internet, para trabalhar na área internacional. Escolhemos um bairro muito bonito – um pouco longe do centro da cidade, mas com muitas vantagens, como as casas espaçosas com grandes jardins, as ruas tranquilas onde as crianças podiam andar de bicicleta, e um imenso lago na porta de casa!
É realmente um grande privilegio viver em uma comunidade onde as escolas são ótimas e baratas (mesmo as melhores escolas privadas são subsidiadas pelo governo provincial), crianças têm assistência médica de primeira linha, os serviços públicos e os direitos dos cidadãos funcionam bem. Só por isso já acho que valeria a pena viver no polo Norte o ano inteiro. Mas o verão de Montreal é uma alegria (que infelizmente dura pouco), com mil festivais – inclusive o famoso Festival de Jazz. Durante o ano inteiro há infinitas opções de esporte e aventura outdoors pra todas as estações, muita atividade cultural e uma intensa vida noturna. O melhor da história, é que você não precisa se preocupar se seus filhos vão chegar em casa sãos e salvos depois da balada, porque aqui não há violência e ninguém ousa beber e dirigir: não só porque as penalidades são super severas, mas porque existe uma enorme noção de responsabilidade civil, que as pessoas aprendem desde crianças.
Por outro lado… bom, por outro lado tem todas as coisas que a gente sacrifica quando transfere a vida para outro país… A Consuelo outro dia disse num post que sofre do “fear of missing out“, que é o medo de não participar e aproveitar de todos os eventos e atividades interessantes que acontecem à sua volta. Eu sofro do “regret of missing out“, que é a melancolia de não mais fazer parte, de não compartilhar dos momentos bons ou importantes da vida com a família ou amigos porque estou longe. E não falo só dos bons momentos, divertidos ou calorosos, dos encontros, das festas e viagens. Falo também dos momentos de dor, de dúvidas e incertezas, enfim, de tudo o que se divide com as pessoas que a gente ama. Não que eu não tenha bons amigos aqui, tenho sim alguns muito preciosos. Mas o contexto é diferente, eu sinto falta das minhas raízes, das minhas referências.
Caretice ou diferença cultural? – Esse sentimento é ainda mais intenso quando me dou conta que muitas dessas referências não significam absolutamente nada para meus filhos, que obviamente têm a sua própria história. E pra eles também às vezes é meio complicado, sobretudo quando Guibe e eu meio que empurramos os nossos padrões pra cima deles – agora bem menos, porque nós também assimilamos o estilo e a cultura daqui, só que alguns hábitos e conceitos são duros de abandonar… Tipo quando você não deixa o namorado da sua filha dormir no quarto dela “como todo mundo deixa”, ou quando você exige que seu filho adote aquelas boas maneiras que você ensinou e ouve “Mãe, você não entende, você não é daqui!” Ui!!!
Mas essa é realidade de toda família de imigrantes e pelo menos meus filhos não se sentem diferentes, porque o Canadá é definitivamente um país de imigrantes. Todos nós convivemos diariamente com gente vinda de todas as partes do mundo, cada um com a sua bagagem, e essa é outra coisa muito especial de viver aqui. Essa mistura de origens, línguas, tradições e ideias funciona muito bem e enriquece a gente. Meus quatro filhos têm três línguas “maternas” (português, inglês e francês) e mudam de uma pra outra com a maior naturalidade, e ainda falam bem espanhol, um pouco de italiano, japonês e mandarim. São cidadão canadenses e sentem o maior orgulho de serem também brasileiros, adoram hockey e futebol e estão sempre por dentro do que acontece no Brasil.
Toda essa independência e abertura de espírito tem uma contrapartida – os jovens canadenses vôam cedo… Ulli já vôou, e há dois anos mora em Vancouver, onde é atriz de teatro.
Bibi que estuda Comunicações, está indo fazer um intercâmbio na USP no mês que vem. Os dois meninos ainda moram em casa, mas já fazem seus planos… E nós também: assim que o ninho estiver vazio, vamos pra um lugar onde não tenha inverno!
Obrigada Consuelo, por dividir comigo esse seu querido Salotto, foi um prazer e uma honra!
Beijo grande a todos!
Cris
- January 18, 2017
- 28
- Cris Medeiros
Caroline Abrão Dalmaz
18 de January de 2017Linda história! Adorei! Obrigada a vcs por compartilhar conosco!
Cris
19 de January de 2017Que bom que você gostou Caroline! Eu também adorei "conversar" com vocês no Salotto. Bj
Renata Di Pietro
18 de January de 2017QUE EXPERIENCIA ,E VIDA RICA.
FELICIDADES!
Cris
19 de January de 2017Muito obrigada Renata!
Alexandra
18 de January de 2017Nossa Cris...que legal o seu relato e principalmente, a sua coragem!!!
Com quatro filhos pequenos???? Realmente uma aventura e tanto....
Mas que bacana que deu certo e que vocês são felizes. Ser feliz é tudo que importa.
Obrigada por partilhar da tua experiência! Eu tenho vontade de morar fora do país, mas não num lugar tão frio....kkkk
Um grande beijo!
Cris
19 de January de 2017Gostaria de dizer que você se acostuma com o frio, só que não dá! Mas em Vancouver o clima é bem melhor, acho que você gostaria... Bj!
Teresa
18 de January de 2017Muito bacana! Meu filho fez intercambio em Halifax no inverno, e apesar do frio tremendo, tirou de letra e amou! Principalmente o caldeirão de culturas, com estudantes de todo o mundo e a super-organização da vida urbana. Pra nós, pais, é mais difícil, mas para os garotos de 20 e poucos anos a adptação é mais tranquila. Basta ter a mente aberta. Ele até pensa em voltar pra lá para o doutorado, uma vez que a pesquisa científica no Brasil está indo para o vinagre, mas essa é outra estória! Parabéns pelo relato, bjos!
Cris
19 de January de 2017Halifax está virando uma das cidades mais procuradas por estudantes internacionais, porque é uma cidade pequena, no litoral, com uma excelente universidade. A gene brinca aqui que vai ser a nova "Cambridge" da América do Norte rsss
Tomara que seu filho volte!
luciene felix lamy
18 de January de 2017Amei! Amei! Amei de verdade!
Muitíssimo grata, Cris: que coragem, menina!!! \o/ Parabéns pelo Amor e pelos frutos, a prole: lindos!!!!
Consu, essa generosidade em compartilhar uma experiência assim é a tua cara! Do Salotto, do Consueloblog. Bem que poderias abrir para envio de relatos (e fotos!!!) enriquecedores como esse. Numa periodicidade - quem sabe - semanal... Desconfio que basta lançares a fita que a galera se empolga e, bem, o que não vai faltar são episódios inusitados, experiências únicas, verdadeiras, reais.
Zilhões!!!
luciene felix lamy
18 de January de 2017Esqueci de registrar: você também é LINDA, Cris!
Cris
19 de January de 2017Wow, obrigada Luciene! Bj
Denise Luna
18 de January de 2017Cris, que relato mais lindo e que vida cheia de aventuras! Adorei e vou compartilhar sua estória com algumas amigas.
Eu, também, já morei fora do Brasil duas vezes, uma, como intercambista no Midwest americano quando tinha 18 anos e depois, já aos 40, em Miami para um mestrado levando minha filha de 6 anos nessa aventura maravilhosa!
Adoraria repetir a dose, mas minha filha já trabalha e mora comigo, então tudo fica mais difícil porque ir sem ela é solitário ou partir sem um propósito não dá.
O Canadá é maravilhoso, mas não conseguiria morar num país onde o inverno é tão rigoroso porque não me sinto confortável na neve, mas adoraria ter verões amenos, algo que no Rio é impossível.
Tudo nessa vida tem um preço e sinceramente? O preço que vocês pagaram é baixo comparado a paz de espírito de criarem filhos sem os nossos sobressaltos diários e ter serviços de alta qualidade e que funcionam, algo que não temos por aqui.
Parabéns pela coragem, determinação e bom humor!
Curiosa em saber se vocês vão emigrar para os EUA quando o último bater as asas, pois no Canadá não há inverno ameno!
Bjs
Cris
19 de January de 2017Fico contente que você tenha gostado Denise! O Canadá é um país tão feliz que a gente morre de frio sorrindo, rsss Quanto a imigrar para os Estados Unidos mais tarde, não tenho esses planos não... Acho que também vou pra Itália! Bj
Cassia Conte
19 de January de 2017Adorei a historia da Cris. A minha eh bem parecida, so que mudamos para Atlanta/USA em 1998, com 5 filhos. O mais vellho com 16 anos e a mais nova com 1 aninho.. A parte mais complicada pra mim foram os costumes. Tem que fazer uma adaptacao daquelas em tudo, comida entao nem se fala. Eh preciso coragem e persistencia para suoerar tudo. Parabens Cris!
Cris
19 de January de 2017Cassia, você é mais corajosa que eu. Cinco filhos! Felicidades pra vocês todos! Bj
Heloisa von Poser
19 de January de 2017Adorei a história da vida. Muito corajosa ! Agora vamos ao que interessa : o primeiro ministro está solteiro !!! KKKKKKKKKKKKKKK
Cris
19 de January de 2017Haha, não Heloisa, o Justin Trudeau é casado e tem trÊs filhos! Bj
Maria Vilma
19 de January de 2017Cris, adorei o seu relato! Fiquei encantada com a sua coragem e me emocionei quando vc comentou sobre sentir falta das suas raízes e referências... Para mim, talvez, fosse essa a parte mais complicada... Porque diz respeito a este lugar do mundo onde nascemos, aprendemos uma língua e a identificamos como nossa, descobrimos as histórias dos nossos antepassados... Lugar que nos pertence e passamos a pertencê-lo.
Mas se temos raízes, temos também asas, né? São elas que nos fazem vislumbrar horizontes infinitos, nos levam até nossos sonhos e além... nos conduzem a lugares distantes, inimagináveis... São as asas que nos permitem conhecer outros mundos e aprender sobre outras tantas e diferentes raízes.
O escritor Mia Couto, num dos seus escritos, sugere: como conciliar num mesmo corpo, asas e raiz. Para o autor, que também é biólogo, a solução está em ser rizoma ao invés de raiz. Ele diz que o rizoma é um caule quase móvel, que viaja no subsolo, visita outras raízes... Segundo o escritor, a raiz individualiza. O rizoma irmaniza. A raiz é fundação. O rizoma é abraço.
Se pudermos ser rizomáticos e alados (rsrsr) em nossos movimentos, tanto melhor...!
Muito Obrigada, Cris, por compartilhar e nos inspirar com a sua história!
Obrigada por trazer a Cris, Consuelo!
Abraços rizomáticos, alados para chegar ao Canadá ou a qualquer outro lugar!!!
MaVi
Cris
19 de January de 2017Que lindo pensamento Maria Vilma! Obrigada por compartilhar. Abraços rizomáticos pra você também!
heidi
19 de January de 2017Muito bacana!
Cris
19 de January de 2017Obrigada Heidi!
Marina Di Lullo
19 de January de 2017Cris, adorei ler seu texto e conhecer sua história e de sua família, no Canadá. Que bacana dividir essa experiência conosco! Beijos, Marina
CRISTIANE CONCEICAO MAIA FRAGOSO
19 de January de 2017Adorei a história da Cris, minha "chará". Para mim há uma total identidade, tenho nacionalidade portuguesa e morar em outro país faz parte dos meus planos. Também tenho um filho cidadão do mundo que já iniciou o voo, tento assimilar tudo como experiências nesse caminhar maravilhoso que é a vida.
Cristina Husebø
19 de January de 2017Oi Cris adorei o seu relato. Me senti dentro da sua estaria, até porque recentemente (a seis meses) me mudei para a Noruega, e sinto parte dos mesmos desafios todos os dias... Pá de tirar gelo do carro...hahahahahaha... bem comum aqui. Não é tao frio, nesta época do ano entre -10 e +10. Mas escuro e kind of triste. Em qualidade de vida nem se compara com o Brasil, escolas ótimas, saúde da melhor qualidade, todos os serviços públicos voltados para o cidadão, totalmente de graça, ou melhor pagos com os nossos impostos. Paz liberdade para se ir e vir a qualquer hora do dia ou da noite, isso não tem preço. Parabéns por sua coragem e ousadia, espero ter uma estaria de sucesso também para escrever daqui uns anos. A vida nos da escolhas, temos obrigação de faze-las da melhor forma. Abracao...
Katia Holanda
19 de January de 2017Amei o Post , também moro - Washington DC- longe das minhas raízes, tem momentos que a saudade aperta 💞! E sempre uma grande aventura 🇧🇷
Marilda Carvalho Turrini
19 de January de 2017Relato muito interessante,adorei, vou repassar,tenho amigos indo morar aí no Canadá.Beijos,Marina.
Melinha
19 de January de 2017...legal Consuelo, boa ideia trazer estes relatos para nós! Adorei a história de vida de sucesso da Cris! Parabéns, garota! ...já eu, me adaptei com facilidade nos EUA, porém sempre morei distante da família mesmo no BR, em função do trabalho, então ,acho que isto ajudou. Portanto(também devido ao Trump) meu marido e amigos pensam em sair do País. A Itália nos encanta, sempre quando viajamos pela região nos sentimos tristinhos em partir. Mas os italianos me parecem difíceis para as amizades. A Cris conta que no Canadá tem amigos de diferentes países, nós aqui também e é muito legal, todos se acolhem, trocam experiência etc e tal...já na Itália , sei naaaão...
Marina Martins
19 de January de 2017Contei pra Consuelo minha recente experiência canadense e não desejo isso pra ninguém. Além de ter deixado sequelas físicas (amanhã ficarei sabendo se precisarei de cirurgia ou não), tem o trauma psicológico. Essa noite, por exemplo, não consegui dormir porque tive pesadelo com o que passei. Enfim! Pra quem teve sorte, ótimo. Mas se você me perguntar se recomendo o Canadá... nem pra inimigo. E o pior de tudo foi o posicionamento do consulado brasileiro. Experiência que quero apagar da minha vida.
Ana Claudia Polins
19 de January de 2017Oi Cris, adorei seu relato! Muito bom encontrar alguem que viveu (e vive) experiências tao parecidas e sabe valorizar esse pais maravilhoso que é o Canada.
Moro tambem em Montreal. Mudamos para cá há 7 anos e embora sinta muita saudade da familia e dos amigos não tem um só dia que a gente se arrependa da nossa decisão. Poder dar tantas oportunidades para nossos filhos, poder viver com segurança e respeito não tem preço!
Tudo de bom para voce e sua familia e quem sabe um dia nao nos esbarramos por aqui!
Beijos!
Fernanda
19 de January de 2017Adorei o o texto Cris, e sei como e morar fora do nosso país de origem e sentir regret of missing out, através das fotos dos amigos e eventos importantes com a familia que só ,se compartilha virtualmente.
Vivo há quase vinte anos fora do Brasil mesmo, viajando todos os anos religiosamente para lá ,quando volto um pedaço de mim, insiste em querer permanecer , apesar de todos os percalços que o mesmo se encontra.
O bom de morar fora nos faz valorizar o que tinhamos e achavam-nos que era normal.
Nayara
19 de January de 2017Tão bom ler sobre essa experiência, eu que também estou fora do Brasil há 18 anos, me identifiquei em tantos pontos no relato da Cris! Lendo seu delicioso texto, não deixei de esboçar um sorriso compreensivo misto de empatia e conhecimento de causa com relação às suas vivências. Valeu, consuelo, pela iniciativa! Valeu cris, por compartilhar conosco essa experiência tão deliciosamente dolorosa que é viver fora do seu país e longe dos seus. Bjao
Celina Takara
19 de January de 2017Cris, muito obrigada pelo teu relato de experiência de vida no Canadá... E ler os comentários em seguida mais bacana ainda! ;-)
Os locadores do apartamento onde moro (em São Paulo) atualmente vivem e trabalham em Halifax.
Durante um vôo de São Paulo à Tóquio, fizemos escala em Vancouver, e simplesmente fiquei apaixonada pela paisagem que vi, a ponto de prometer a mim mesma ainda conhecer de verdade essa região linda.
Apesar de ser descendente de japoneses, sempre me senti brasileira. E olha que a minha família é beeeeem tradicional... Morei e trabalhei no Japão durante uns 5 anos, e o mais difícil é a saudade que sentimos da família e dos amigos que deixamos para trás. E também bate essa melancolia de sentir falta de nossas raízes e referências; às vezes, eu via uma bandeira do Brasil e o meu coração ficava apertado...
Fiquei feliz em saber que o Canadá é realmente um caldeirão cultural, por ser um país de imigrantes; de certa forma, também não é muito diferente do Brasil nesse aspecto.
Só não me animo para morar no Canadá por causa do frio, brrrrrr...
PATRICIA DE OLIVEIRA
20 de January de 2017Lindo seu relato Cris. Também sinto em perder os momentos com a familia. Esse foi meu primeiro natal e longe dos meus pais e irmãos. Somente eu o Ismael e minha pequena Isabela. Cheguei com ela no colo dia 2 de Março de 2016 em Sydney ela iria completar 6 meses. Estamos muito felizes aqui. Bjos
Patricia
20 de January de 2017Que lindo depoimento!
Vim para o Canada com meus pais há 15 anos e foi a melhor coisa que eles fizeram por mim e meu irmão.
Você é uma vencedora, Chris.
Sucesso sempre.
Karoline Fernandes Lino da Silva
20 de January de 2017O relato mais incrível que eu já li... Você foi corajosa e superou seus medos... Incrível.
Cláudia Del Rio
20 de January de 2017Que bacana !!!! Já viajei para o Canadá, e voltei encantada . Adorei o compartilhamento. Bjs pra vc Cris e querida Consuelo.
Mia Athayde
20 de January de 2017Que bacana conhecer essa tua estória, Cris!
Fui lendo, entrando no teu texto, vendo as fotos e quando vi, acabou ... pena ... estava tão gostoso te ler ...
Parabéns pela coragem (valorizo e adoro gente corajosa) e pelo despredimento.
Parabéns também pela família que vcs fizeram e por terem oferecido a ela essa oportunidade tão preciosa!
Muito obrigada por compartilhar tua experiência e muitoooooo sucesso nos planos futuros!
:))
Mia Athayde
20 de January de 2017* história !!!
Norma Cardoso
21 de January de 2017Excelente texto. Narrativa adorável, de uma opção corajosa. Parabéns a todos os ‘envolvidos’. <3 Norma Cardoso
P.S.: Sua história lembrou-me o Dalai Lama: ”O planeta não precisa de mais 'pessoas de sucesso'. O planeta precisa desesperadamente de mais pacificadores, curadores, restauradores, contadores de histórias e amantes de todo tipo. Precisa de pessoas que vivam bem nos seus lugares. Precisa de pessoas com coragem moral dispostas a aderir à luta para tornar o mundo habitável e humano, e essas qualidades têm pouco a ver com o sucesso tal como a nossa cultura o tem definido."
Flavia Leon
21 de January de 2017Lindíssimo relato Cris!!!! Parabéns pela coragem! Eu moro fora do Brasil ja faz 30 anos e também sofro (ainda) do “regret of missing out“. ;-) Bjs.
Mirian
23 de January de 2017Linda sua história Cris e não difere em nada da minha linda e corajosa filha que também mora no Canadá, em Burlington. Tudo o que você escreve é exatamente o que eles passaram e passam, isto porque já faz 7 anos que foram para lá.
Estou indo agora em março/2017 passar minhas férias junto com eles, não vejo a hora.
Beijos e parabéns Cris, tanto quanto minha filha e família, vocês são fortes e corajosas.
Um abraço carinhoso
Mirian
Camilla
23 de January de 2017Muito legal a sua história! Me identifiquei em várias partes pois também estou aqui em Montreal com minha família (marido e 2 filhos) há 4 anos...Quem sabe ainda nãos nos cruzamos por aqui?
Maria das Graças de Menezes Venâncio
24 de January de 2017Gostei demais da história da Cris. Valeu a pena a mudança. O Brasil está difícil, cada vez mais. Lá ela tem as oportunidades que não tem aqui. Educação de qualidade, mesmo privada subsidiada, transporte escolar eficaz, etc.
Questões já resolvidas, que por aqui todos os dias se recomeça.
Leda Maria
24 de January de 2017Muito bacana seu depoimento Cris!Nota-se que você é uma grande jornalista.Eu ,,uma bonequinha atrevida,nunca viajei para outros países.Mamis e papis,curtem Nova York,e pra lá viajam anualmente.No meu mundo imaginário,sonho em acompanhá-los em breve.Quem sabe?Bitocas mil da Leda Maria.
Roseni Brito
28 de January de 2017Que lindo relato Cris, obrigada por compartilhar uma experiência tão sua com a gente. Amei ler e reler e rir....
Estou na fazê de pesquisa p/deixar o Brasil e nesse seu relato encontrei fortalecimento p/alma. obrigada e forte abraço.
consueloblog
30 de January de 2017Boa sorte! bjs c
ANA MARIA BORGES
31 de January de 2017Oi Cris ...
Meu filho e sua futura esposa irão para o Canadá em Agosto/2017. Meu coração está em pedaços, pois somos uma família muito unida e não estou nem conseguindo curtir um momento muito importante na vida dele que é o casamento agora em fevereiro. Associo o casamento a partida deles, e isso muito me entristece.
mas vendo seu relato me animei um pouco mais...
Tenho certeza que eles se adaptarão rápido, acredito que esse é meu medo...