Crônica: Assim, sem mais nem menos…
Queridos do salotto, permitam-nos de dividir o choque e a dor da perda de uma amiga, de um nosso luto, desta forma pública e sentida. Alessandra, minha irmã, e sensível escritora, reflete sobre a perda e como justificá-la.
BASTA ESTAR VIVO…
Esse final de semana, uma amiga minha se foi. Assim, sem mais nem menos, morreu.
Não era uma amiga íntima, era mulher de um grande amigo meu. Ela não fazia parte do meu cotidiano e, neste aspecto, não vou sentir falta dela. Mas sei que sua simples ausência deixa um buraco no mundo. Já sinto ele mais pobre.
Sua morte foi cheia de mistério e tem sido alvo de especulações estratosféricas sobre o como e o porquê. “Mas ela era uma pessoa tão alegre!”, dizem uns. “Não, essa alegria escondia uma profunda melancolia.”, opinam outros. Eu também, especulando, especulando… Mas essas especulações não são mais do que dedos em riste, bússolas sem norte, procurando algum responsável físico, emocional, exotérico. De que adianta? Ela se foi e o mundo saiu perdendo. Não tem um culpado, ninguém causou essa tragédia. Aconteceu. Acabou.
Às vezes penso nela e ponho suas qualidades numa lista:
- Generosa
- Altruísta
- Atenciosa
- Amorosa
- Sorridente (e um lindo sorriso ela tinha)
- Sensível
- Preocupada
- Inteligente
- Bonita
- Elegante
- …
Às vezes tento descrevê-la: Uma pessoa que colocava os outros à frente. Fazia de tudo (tudo mesmo) para que aqueles que amava estivessem bem. Quando sua filha nasceu, pintou um mural deslumbrante no seu quarto: lúdico, alegre, o sonho de qualquer criança. Gostava de cozinhar, alimentar, apaziguar. Organizava lindas festas. Mesmo com aqueles que não conhecia tão bem, mostrava legítima preocupação. Sorria, perguntava, ouvia. Ficava feliz com os sucessos, mostrava preocupação com as dificuldades. Era artista plástica. Sensível. Morena, muito magra. Sempre elegante. Um lindo sorriso sempre disponível…
Mas é só a minha versão. Uma no meio de muitas.
Outras vezes fico me perguntando por que tanta gente bacana morre tão cedo. Me vem à cabeça uma teoria que diz que são pessoas especiais, com uma luz muito forte. Elas vêm com uma missão a cumprir. Cumprem e logo a luz, de tão brilhante, queima. Penso em outra teoria que evoca a cruel ironia da vida. Somos vítimas de um Deus irônico que gosta de tirar com a mesma facilidade que ele dá. Por fim chego à conclusão de que tudo é obra do acaso. Sim, pessoas muito especiais vão embora muito cedo. Outras igualmente especiais morrem bem velhinhas. Inversamente, psicopatas agressivos também morrem muito cedo ou muito tarde. Ninguém percebe, pois eles não fazem falta. Ser bom não é garantia de uma vida mais longa, nem mais feliz. Como dizem os portugueses: “Para morrer, basta estar vivo.”
Mas o que tem acompanhado meus pensamentos e me causado mais tristeza é pensar na dor dos que ficaram. A mãe que enterra um segundo filho. A filha adolescente que ainda não se deu conta direito do que aconteceu. Meu amigo, que além da terrível dor de perder de sua companheira, ainda testemunhou a violência arrebatadora de uma morte precoce.
Penso muito, muito mesmo. Nela, nas pessoas que a circulam, no acontecido, no mundo, no universo, em Deus. Penso, choro, fico deprimida, tento fazer o que posso para ajudar aqueles que ficaram. Mas o tempo passa, e temos de levar nossas vidas adiante. Business as usual. Tudo igual. Apenas com uma leve sensação, uma nuvenzinha que me acompanha e reforça o sentimento de que a vida é frágil. De que estamos aqui um dia e no outro não mais. Assim, sem mais nem menos, morremos.
- December 12, 2012
- 2
- Alessandra Blocker
monica
12 de December de 2012você sabe soube traduzir sentimentos em palavras e permitir que todos nós possamos entender um pouco melhor da vida.
Alessandra Blocker
12 de December de 2012Obrigada! É muito importante ouvir isso!
Mia Athaysw
12 de December de 2012Consuelo,
Sempre penso que a vida é a coisa mais frágil que existe ....
E com essa crença grudada nas moléculas de oxigênio que respiro, procuro viver cada minuto da melhor forma ... com leveza, sem culpas ou julgamentos, com bom humor (na medida do possível) sem lembrar de coisas chatas ou ruins e dando importância ao que realmente me faz feliz.
Quando alguém se vai, fica a saudade ... grande .... mas ficam também sorrisos nos nossos lábios quando a gente se lembra dos bons momentos vividos juntos!
A vida é frágil!
Vamos viver !!!! e bem !!!!!
Enquanto der !
bjs
Alessandra Blocker
12 de December de 2012É isso aí, Mia!
Bia Dotorovici
12 de December de 2012Alesandra e Consuelo,
a morte é inevitável, real, mas fomos criados para não aceitá-la, por que não aceitamos nossa pequenez, nossa fragilidade, nossa incapacidade .O ser humano que ser o deus de si proprio, e quando a morte vem , ele se percebe, sem poder algum.
Sabe, quando envelhecemos,o que de melhor acontece é que aceitamos esta fragilidade e percebemos que não podemos ser só isso, a nossa carne. Eu creio num Deus, que não nos manipula como marionetes, ao contrario, total livre arbítrio, escolhemos o nosso caminho.
Creio numa vida pós morten, eterna, em algum lugar, que voce pode chamar de céu.
Por isso, amadurecer me dá essa chance, de trabalhar meu espirito e prepará-lo para meu dia de partir.
Curto as coisa boas da vida, sou saudável, jovem senhora,mas não quero só isso pra mim, as coisa boas que a vida dá, quero plantar para colher lá em algum lugar quem sabe o céu !
As dores da vida, para quem fica, são profundas, mas sempre trazem com elas valores que vamos entender mais tarde. E são muitos. A sua amiga propiciou este texto, e a minha reflexão, está sendo muito importante pra mim e prá você ?
Bjks , meninas
Camila_NK
12 de December de 2012Compartilho com sua idéia, Bia, e acredito neste mesmo Deus que é antes de tudo, amor... porém, por vezes, incompreensível no seu proceder!
Gabriela Albuquerque Venturini
12 de December de 2012Também creio nesse Deus e creio, da mesma forma, que temos um inimigo que veio "para roubar, matar e destruir" como diz a bíblia (ao contrário de Deus, que quer nos dar vida plena).
Quando esse inimigo percebe o bem que uma pessoa faz, tenta de todas as maneiras tirá-la deste mundo e por vezes acaba conseguindo! É um assunto simples de se explicar, pois está retratado na bíblia, porém, bem extenso para ser comentado aqui. Me proponho a gravar um vídeo comentando sobre isso! Enquanto isso, deixo aqui o link sobre meu testemunho de cura, que conquistei de maneira sobrenatural, por meio de Jesus Cristo.
https://www.youtube.com/watch?v=o0KV7I5xU_Y
Bia Dotorovici
12 de December de 2012Camila,
os desígnios de Deus são realmente incompreensiveis para nós, e assim deve ser , mas com o tempo algumas coisas começam a fazer sentido.... mas no momento da dor, devemos nos recolher a nossa pequenez mesmo e prantear o que tiver que ser pranteado.
Bia Dotorovici
12 de December de 2012e lembrar de tudo de bom que foi vivido.
Consuelo e Alessandra , desculpem-me se pareci distante da dor de vcs estejam certas que não !
Priscila Okano
12 de December de 2012Todos nós, um dia, vamos perder a melhor pessoa do mundo, do nosso mundo pelo menos... para quem perdeu, fica fácil - e muito dolorido - entender o que aquela pessoa que acabou de perder está sentindo. E que vai sentir para sempre. A vida segue adiante, e a prova disso é que, para aqueles que não foram os diretamente atingidos pela perda, logo não dão mais notícias depois de uma semana. Não dá para culpar. Porque a vida segue adiante, embora não mais como antes. Então, dizem que a dor se transforma em uma saudade boa. Não, isso não. Dor é dor. Mas aprendemos a enganá-la. Viver cada dia é a melhor maneira. É dizer para si mesmo que "hoje será o dia em que farei grandes coisas" (nem que elas sejam dizer "eu te amo" para quem você realmente ama). E, quando a dor vier, chorar, porque chorar é para os fortes.
Gisele Montenegro
12 de December de 2012Consuelo e Alesandra.
A dor da perda nunca se vai. No meu caso, administro. Agradeço sempre o privilégio de haver convivido com as pessoas queridas que já foram.
E vamos vivendo !
Bjs
Sara de Oliveira
12 de December de 2012Consuelo e Alessandra,
sou uma portuguesa de vinte e um anos e como todos os portugueses carrego comigo a herança de séculos de melancolia e de saudade! É tão complicado perder alguém, mas estas bonitas palavras aconchegaram-me o coração e através delas senti que a sua amiga foi uma pessoa que marcou o mundo... Força para todos os familiares e para todos os quais as suas vidas foram tocadas por ela.
Adoro ler tudo o que se escreve aqui, mais quem um blog sobre estilo é um blog sobre pessoas reais com o dom da escrita e de nos aproximar todos.
Um grande beijo de Portugal para todos.
Sonatta
12 de December de 2012Estamos em constante transformacao, uma hora somos criancas, outra hora somos velhos, uma hora existimos como materia, outra hora nossa essencia se transforma em memorias e sensacoes, nao deixamos de existir nunca, algo nosso sempre sera' repassado para as pessoas que amamos. Nao nos perdemos, nos transformamos, amor nao morre jamais. Beijo.
consueloblog
12 de December de 2012Obrigada Sonatta! Isto é muito lindo! bjs c
Cristina Marques Pinto
12 de December de 2012Consuelo, Alessandra,
Triste, muito triste e difícil aceitar a perda, entender o porquê, mas nada mais terrível e doloroso que a penosa existência que resta a quem fica. Sobrevivo, imersa nessa dor desde 6 de Outubro, dia em que se foi Camila, menina doce e adorável, sobrinha de 10 anos. Só mesmo o tempo para dar algum sentido a tudo e aplacar a dor, deixando no seu lugar, "apenas" o imenso vazio, a infinita saudade e a memória de 10 anos felizes e abençoados.
Beijos
consueloblog
12 de December de 2012Oh querida...
bjs
c
Rosália Moreira
12 de December de 2012Boa tarde Consuelo e Alessandra!
Belo o texto da Alessandra. É terrível quando não temos a possibilidade de dizer adeus.
E pensei, pela enésima vez, no tema da morte.
A morte devia ser algo natural, tal como o nascimento, mas muitas vezes não é. Todos nascemos mais ou menos com a mesma idade: zero anos, mais dia menos dia. E a partir desse momento só temos uma certeza: que morreremos. No entanto todos esperamos viver muitos e bons anos ... assim como o Óscar Niemeyer, quem sabe. Mas a vida dá voltas e por vezes, as coisas não correm como deveriam: pais têm de enterrar filhos; vidas são ceifadas na flor da idade. E nós perguntamos: "Onde estava Deus?" e por vezes pior ainda, perguntamos: "Onde estava eu?". Mas a verdade é que, nesta vida de humanos, a única coisa sem solução é a morte. Depois dela acontecer, podemos chorar, gritar, culpar, tudo, podemos fazer tudo, mesmo aquilo que nunca fizeramos antes ... que aquela pessoa não voltará a viver.
Talves tenhamos de começar a viver cada dia não como se fosse o último, mas sim como se fosse único. Como se o ditado: " não deixes para amanhã o que podes fazer hoje", fizesse todo o sentido.
Se for possível, vamos abraçar hoje. Se for possível, vamos pedir desculpa hoje. Se for possível, vamos ter tempo hoje. Se for possível, vamos descansar hoje. E não esqueçer que, se não estamos mortos tudo é possível.
Um grande abraço e as minhas condolências pela vossa perda.
Rosália
consueloblog
12 de December de 2012Obrigada Rosália! bjs c
Kathleen Macedo
12 de December de 2012Texto muito bem escrito, sensibilidade bem dosada e muito bem articulado. Alessandra tem talento de sobra e sabe expressar sentimentos através de palavras. A teoria do "Deus irônico" eu teria suprimido do texto, pois pode ser mal interpretada e considerada um pouco ofensiva. O restante, perfeito.
Ana Laura Rabelo
12 de December de 2012Caríssimas,
É exatamente isso. Quando acontece nos pega de surpresa, e mesmo com o passar do tempo nunca encontramos resposta. Me apego aos bons momentos, é o maior consolo. Sobrevivemos aos nossos amados, mas, o que é bom fica para sempre dentro de nós alimentando-nos de força. Nos agarramos às memórias doces.
Sinto muito pela perda.
Ana Laura
consueloblog
12 de December de 2012obrigada. Sweet® AL. bjs c
Ana Lúcia
12 de December de 2012Desde o dia em que meu Pai se foi, isso ja faz um ano e seis meses, me apego nos ensinamentos de Santo Agostinho :
"A morte nao e nada,
Eu apenas passei para o outro lado do caminho.
Eu sou eu, vocês sao vocês.
O que eu era para vocês , eu continuarei sendo.
Me dêem o nome que vices sempre me deram, falem comigo como sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas , eu estou vivendo no mundo do Cruador.
Nao utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.
A vida significa tudo o que ele sempre significou, o fio nao foi cortado.
Porque eu estaria fora dos seus pensamentos , agora que estou apenas fora das suas vistas?
Eu nao estou longe, apenas estou do outro lado do caminho....
Você que aí ficou, siga em frente, a vida continua linda e bela como sempre."
Beijo irmãs!!
Luciene Felix Lamy
12 de December de 2012Que bom! Que bom que estão compartilhando conosco: o choque, a dor da perda, o luto. Nesses momentos de tristeza, é reconfortante poder contar com a sensível cumplicidade dos amigos.
Sim, Alessandra, como diz o jargão: 'basta estar vivo'. Mas há ‘partidas’ e ‘partidas’. Dizem que velório de pessoas já muito idosas é diferente: rememora-se façanhas, conquistas, hábitos, vitórias, ranzices, enfim, houve, presume-se, a vivência de toda um longo período (relativamente, pois é difícil concordar que foi o suficiente); deixou-se um legado, cumpriu-se um destino. Dá-se um "Adeus".
Mas, independente do grau de proximidade, o que dizer da partida de uma jovem filha, esposa, mãe? A especulação pela ‘causa mortis’ revela uma das mais profundas ânsias humanas, a busca de razões, motivos: morreu pq fumava muito; atravessou a rua sem atenção; foi cobrir o conflito na Síria. Ponto.
E quando não se encontra uma resposta assim, digamos que, mais ‘clara’?
A tragédia traz em seu bojo o inexplicável da physis (natureza), explicita nossa fragilidade, nossa pequeneza diante do ‘acaso’.
Misteriosa e alheia, a natureza (nem boa nem má, é o que é) ignora nossos anseios. Nesses momentos, o que mais precisamos é de conforto espiritual.
Desígnio de Deus? Fattum? Acaso? Destino? Efêmera, a vida retém esse mistério que nos é vetado conhecer.
Não importa o nome que se dê, é potente o bastante para, tirando-nos de nossa letárgica zona de conforto cotidiana, impor uma pausa para refletirmos sobre o sentido da existência: tanto daquele que partiu, quanto nosso e dos que ficam.
Uma notícia assim “reforça o sentimento de que a vida é frágil” porque seu contraponto, a morte, revela um paradoxo: fragilidade e pujança.
Também penso que ser bom não garante prorrogação, mas assegura sim, felicidade. Ao menos daqueles que amamos. E o que é ser feliz senão ver aqueles que amamos felizes?
Pense em sua amiga como a tripulante de um barquinho que, cumprida missão, já aportou do outro lado. Todos nós, ao nascer, já trazemos o 'bilhete' para essa travessia. Chamada a embarcar antes, o dela chegou antes do nosso.
E, de onde está, bondosa como dizes que era, só deve ter um desejo: o de que todos aqueles que acalentam sentimentos nobilitantes por ela, prossigam em paz, com alegria, agindo com Bondade, Beleza e Justiça. Valorizando cada segundo, cada momento em que se pode dizer, do fundo do coração: te quero bem, estamos juntos.
A mãe, a filha, o marido, todos aqueles em cujas vidas ela fez diferença... Meu Deus!
A passagem do tempo, antes de atenuar, dilacera... :(
THEÓS os ampare na Fé. Na FÉ, cujo conforto é de alcance mais vasto e profundo que a 'ratio' (o 'pensar-dizer' de forma sentencial).
Assim, sem mais nem menos, nascemos. Assim, sem mais nem menos, morremos.
Entre uma coisa e outra, em vida, amamos. Deixamos saudades e aguardamos o festivo dia do nosso reencontro. E, creio, ele vem logo: o tempo de lá, não deve ser o mesmo de cá.
Ah, que dádiva poder estar digitando agora, à vocês, Alessandra, Consuelo e todas preciosas Almas desse o "Salotto": quero bem a todos, estamos juntos, por enquanto, aqui. Façamos o melhor possível.
Beijos,
Lu.
PS: Com fé, hoje, acenderei uma vela, rezando pela Alma de sua amiga.
consueloblog
12 de December de 2012Obrigada Lu! bjs c
Luciene Felix Lamy
12 de December de 2012Esqueci de parabenizar Alessandra, que escreveu com a Alma. Tocante, seu texto sensibiliza; as dúvidas e angústias que descreve, são as mesmas que nos assolam.
Lamento que, dessa vez, tenha usado de seu talento para inquirir, versando sobre uma perda: os dois últimos parágrafos me levaram a chorar. Perdoem meu longo texto, estava imbuída de confortá-las.
Vocês são meninas maravilhosas.
Beijos,
lu.
consueloblog
13 de December de 2012Querida!! Vc nos consola!! Nunca economize nas palavras!!! Bjs e obrigada!! C
Maria Amélia
12 de December de 2012Fiquei triste também...
Bjs
Maria Araci
12 de December de 2012Amigos são para isto, Alessandra e Consuelo, para dividir as alegrias e também as tristezas. Me comoveu este depoimento e tudo que foi escrito pelo Salotto. Penso nesta mãe que viu a filha partir antes dela, ironia da vida , inversão da ordem natural! Sei bem o que é isto pois perdi meu único filho homem quando ele tinha 22 anos. As lembranças dele, o seu sorriso que vejo no rosto da irmã ( Carolina que é muita parecida com ele) e tudo o que passamos juntos me mantem alerta para continuar vivendo e desfrutando das alegrias que vieram depois de sua partida. O renovar da vida com as netas e com o sucesso das filhas e o amor que nos une dá sentido à vida.
Luciene Felix Lamy
12 de December de 2012Profundamente comovida, querida Maria Araci.
Como Nossa Senhora, ter o coração traspassado por uma espada é a maior dor do mundo. E o maior temor de uma Mãe.
Um beijo em seu coração,
luciene.
consueloblog
13 de December de 2012Maria Araci! Uma dor gigante q carregas para sempre. Alguns anos atrás vivi de perto algo parecido. A única filha do meu companheiro de 9 anos (antes do Roberto) perdeu em um acidente, de um dia para o outro, seu anjo de 16 anos. Foi horrível!! E um medo enorme!... Penso nela todos os dias sempre, e ainda n consigo "entender"...
Esta nossa amiga também foi de repente... E os pensamentos, todos tão bem escritos aqui no salotto,
burburejam na cabeça. Às vezes empurro, doem demais, outras vezes, de capricórnio, vou de cabeça, pois sinto q só sentindo a doe por inteiro vou superar mais esse teste da vida!
Bjs e obrigadas por ser tão Cândida!
Ritinha Medina
14 de December de 2012Maria Araci,
Qto mais exploramos esse querido salotto, mais nos deparamos com pessoas incríveis...
Que Deus te abençoe sempre!!!
Beijo grande,
Maria Araci
14 de December de 2012Ritinha: o Salotto tem sido pra mim uma fonte de alegria, não só pelas maravilhas que a nossa querida Consuelo nos brinda, mas também pelo convívio com pessoas, que mesmo não se conhecendo pessoalmente, se comunicam e se entendem como velhas e queridas amigas. Bjs
Ritinha Medina
16 de December de 2012M Araci,
Que privilégio o nosso de podermos fazer parte da ciranda das tuas novas e queridas amigas!!!
Bj carinhoso,
Janisete Miller
12 de December de 2012Alessandra e Consuelo,
Sinto muito pela perda que vocês acabaram de sofrer. Seu texto, Alessandra é belo, sensível, tocante e verdadeiro e traduz muito bem os sentimentos de quem já sofreu isto e espero que você tenha se sentido reconfortada ao compartilhá-lo conosco. Concordo com a Gisele de que a dor da perda nunca se vai, talvez o tempo ajude-nos a administrá-la, enganá-la ou a simplesmente conviver com ela...mas com certeza precisamos nos lembrar sempre que somos efêmeros...bjs
Claudia Alves Pereira
12 de December de 2012Consu querida,
Hoje mesmo, vi a Alessandra no Pátio Higienópolis e comentei com uma amiga que estava comigo. Essa pessoa que passou é a Alessandra, irmã da Consuelo. Ela tem a Editora Jabuticaba e escreve como ninguém.
Que texto mais maravilhoso.
Parabéns Alessandra, as suas palavras acalmam o coração daqueles que já perderam amigos tão queridos.
Obrigada Consu, por compartilhar conosco esse texto.
Beijos,
Cláudia
Alexandra
12 de December de 2012Consuelo querida, Alessandra, Maria Araci, Cristina, fico extremamente sensibilizada com sua dor e peço sinceramente a Deus que acalente seus corações e as conforte. Beijo grande.
Christine Schönburg
12 de December de 2012Alessandra, teu texto está lindo, voce conseguiu por em palavras tudo o que eu , e acho que todos, estamos sentindo, primeiro o choque e depois essa grande tristeza em pensar na dor dos que ficam, em tentar entender e perceber o quão frágil nossa vida é ...
beijos,
C.
zely
12 de December de 2012Depois que a minha mãe morreu a vida pra mim perdeu o brilho,e não há um dia se quer que não penso nela e vivo na esperança de que um dia irei encontrala de novo.Eu sou cristã mas até hoje não consiguí entender o propósito da morte.Posso entender seu momento de dor. Um grande beijo pra você Consuelo e Alessandra.
Marcia A.
12 de December de 2012Meninas: cada perda é diferente, tem sua intensidade e seu tempo de purgação. Quando a gente pensa que já adquiriu a couraça suficiente prá enfrentá-la, vem a vida nos mostrando que não. O tempo serve para amenizar a dor. Fiquem em paz e na serenidade.
CLEO
12 de December de 2012A VIDA E EFÊMERA!!!! a primeira vez que ouvi essa frase foi em uma aula de gramatica ...o professor de cursinho pre vestibular! aula de sabado....explicou o significado, na segunda- feira ele morreu!!!
Nunca mais esqueci essa frase....e nem dele!
Misterios da vida!
Um abraço forte ! a todos que sentem a dor da perda!
Quiteria Franco- Visual (in) desejado
13 de December de 2012Meninas, embora a morte faça parte da vida, fica difícil aceitá-la quando se trata de jovens. Ainda sinto muita tristeza quando lembro a perda de um sobrinho muito amado.
O texto sensível da Alessandra me propiciou uma melancólica mas necessária reflexão sobre a impermanência da condição humana.
Obrigada meninas.Bjos.
Andrea - Curitiba
13 de December de 2012Lindo e comovente texto, Alessandra! Lindas e sinceras palavras escritas por vc, Cons...Peco a Deus que Ele, com Sua imensa bondade, de consolo aos que ficaram, parentes e amigos...Bjs as duas.......
Jaqueline Müller
13 de December de 2012É, estou entendendo agora a mensagem dos Maias...pelo menos tentando... Eu perdi ontem, uma pessoa querida. Uma menina de 32 anos, linda, casada, irmã da minha amiga, e minha paciente. Quando voce atende um paciente, pode te lo apenas conhecido, mas o meu dom, o de cuidar porque eu fiz um juramento, me permite ir além. Tenho emoçoes e carinho. Alem do que, a conhecia pelo menos ha 10 anos. Ela e toda sua linda familia.
Designos de Deus, acaso, nao sei... Fiquei transtornada como a Alessandra. Como poderia, em 10 dias, um estado de saúde transformar se em total ausencia desta?
Bem, costumo dizer que, o acordo com o Big Boss é: ok, irei viver, mas tenho que morrer? Affe vou passar a eternidade com o Senhor Pai, porquê tenho que ir cedo? Bem, talvez ele responda: filha, isto faz parte do acordo, porquê EU sei a sua hora de voltar para casa, assim como quando a gente pede aos pais para ir a uma festa e temos hora para voltar, e as vezes, é naquela melhor hora...hora que o garoto te olhou, que piscaram pra você, que voce recebeu um elogio, que aquele papo estava suuuuper gostoso...dai voce pensa, acordo é acordo....PAI é PAI, e preciso obedecer....
Bem, é o que me aquece e reconforta....e in other hand, como diz o tio sam, foi se tambem na mesma semana uma mae de um amigodo meu filho. Pessoa muito proxima tambem, mas que tirou sua propria vida... Nao,nao estou sendo apocaliptica, mas acho que tenho aprendido muito com estes episodios. Vivamos!!! Seja qual condiçao for. Amemos, aproveitemos este sopro, façamos o bem, falemosque amamos os ventos, bora perdoar porquê nao dói, ninguemta pedindo par perder a memória, só para perdoar...
Os maias tem razão, é o final, para quem se vai,para quem fica, pode ter sempre um lindo recomeço. Obrigada Alessandra, obrigada Consuelo por existir e poder fazer parte da minha vida. Obrigada salotto. Eu preciso muitode tudo isso aqui. Um beijo.
consueloblog
13 de December de 2012Obrigada vc por existir com este turbilhão de energia e amor, vitalidade e paixão!... Bjs c
Jaqueline Müller
14 de December de 2012Cons, você é iluminada. Só trouxe gente bacana para seu redor. Um beijo e obrigada por suas palavras.
Andrea - Curitiba
13 de December de 2012Jaque, carioca querida....Que palavras lindas e sinceras! Fique na paz de Deus...Bjs...
Ana Lúcia
13 de December de 2012Fiquei emocionada , lindas palavras....
Jaqueline Müller
14 de December de 2012Ana, obrigada. Grande beijo!
Jaqueline Müller
14 de December de 2012Obrigada Andrea querida! O tempo vai cicatrizar tudo. Um beijo!
Rubria Costa Nogueira Martins
12 de January de 2013Jaqueline... amei as suas palavras... Estou sentindo o mesmo pois perdi uma das melhores amigas que tive e que pude compartilhar a alegria de por apenas 12 anos de amizade. Ela se foi aos 85 anos mais com uma alegria e uma juventude jamais vista... Na minha cidade o sentimento é unanime. Eu tenho comigo que viemos já com um prazo de validade estabelecido por Deus, e a saudade também é uma forma de amor...
Bianca
13 de December de 2012Dree: mais uma vez um texto tão lindo e bem escrito. Por mais que ela não tenha sido amiga intima tua e muito menos minha, ainda existem coisas que ficam conosco no fim do dia, e não importa o quão pequenas são.
Proud to be a sis to such amazing ladies :)
consueloblog
14 de December de 2012:-)...
Ritinha Medina
14 de December de 2012Alessandra e Consuelo,
Texto delicado
E impactante...
Que o sorriso lindo e iluminado da amiga querida possa em breve estampar, ainda q timidamente, o rosto da filhota, marido e amigos q, atônitos, tentam entender o vazio deixado pela sua partida.
Com carinho,
Marly Papa
15 de December de 2012Querida Consuelo , demorei um pouco p / me expressar , pq a noticia , me pegou no contrapé , qdo abri o post p / ler , eu havia acabado de ficar 1:30 hr , com uma amiga que perdeu o seu único filho homem assassinado por uns P.M( policia militar ) , foi mto comentado aqui , ele se encaixaria nos predicados de sua amiga , era tb esportista , cozinhava bem , era casado só a 4 anos e queria um filho pro ano que vem , e tinha só 34 anos , uma vida inteira p/ ser vivida , o que dizer , a mãe é uma pessoa mto especial , no auge do seu sofrimento , organizou uma passeata no Ibirapuera , com os amigos dele , bolou em conjunto c/ outros jovens um logo , e montou um Instituto c/ o nome dele , p/ auxiliar outros pais e familiares que estão perdendo a vida , desta forma ,é uma lutadora sofre muito , mas por ser Kardecista , entende que deve ter um motivo p/ ter sido ele 0 escolhido , p/ outros jovens serem poupados , p/ mim o que melhor explica a nossa passagem é Sto. Agostinho , ele era extremamente espiritualizado , alguém citou a oração dele , leia c/ atenção e encontrara muitas respostas , sinto mto pela sua dor , mas pense que ela cumprio a sua missão neste nosso plano espiritual . Bjs !!!
consueloblog
16 de December de 2012Que horror!!! Uma força esta tua amiga! Um exemplo!! bjs c
Marly Papa
15 de December de 2012Maria Araci , imagino o qto deve ser difícil nestas datas principalmente de final de ano , p/ vc e sua família , que Nossa Senhora continue a te dar forças e proteja a todos vcs .
Receba o meu abraço afetuoso e todo o meu carinho .
Maria Araci
15 de December de 2012Obrigada, Marly, pelo carinho.
Flavia G
16 de December de 2012Texto lindo e comovente da sua irmã, como aquele que me recomendou ler, em que ela fala da D. Gabriella. É... este ano foi forte, foram muitas perdas. Foi o ano em que perdi meu pai, como te falei. E a vida segue assim, frágil, frágil.