Minha Avó, Dona Gabriella, por minha irmã, Alessandra Blocker
‘Ela foi a fofinha menos fofa que conheci’, diz a neta de Gabriella Pascolato
A data passou despercebida para a maioria dos fashionistas que circularam pela SPFW na última terça-feira (12). Não permaneceu incólume, porém, para a família Pascolato. Se viva fosse, Gabriella, mãe de Alessandro e Costanza, avó de Consuelo, Alessandra, Luca e Gabriella, e bisavó de seis adolescentes/crianças, faria 95 anos.
A neta mais discreta da industrial italiana, Alessandra Blocker, resolveu escrever sobre Gabriella, morta há dois anos, no dia do aniversário da avó. Publicamos aqui no E+ não só o texto desta semana, exclusivo, como também um outro que a sócia da Editora Jaboticaba escreveu no dia que a avó partiu em direção a Miki, como Alessandra trata o avô.
Quem circula há mais tempo pela Bienal do Ibirapuera lembra daquela senhora de cabelos brancos, usando sempre um tailleur fechado de cores sóbrias e sapatos escuros, segurando o braço da primogênita, Costanza, a maior papisa da moda brasileira hoje.
Engana-se, porém, que ela era uma fofa como os apressados pensam que todo idoso é. Os mais atentos percebiam que era educada, sim, porém, por trás dos passos lentos, provocados pelo passar do tempo, estava uma mulher altiva que criou a família com rigor e firmeza de caráter.
Antes de apresentar os textos da neta, vale registrar que Gabriella foi uma das mulheres mais importantes para a consolidação da indústria têxtil no País. Ela foi dona da Santaconstância, uma das principais fornecedoras de tecidos para o bilionário mercado em questão.
Gabriella fugiu da Itália em 1946, por conta da perseguição aos fascistas, com Costanza, 4 anos, Alessandro, 2, e uma babá suíça, Blanche Raval. O marido, Michele, advogado e ministro do ditador Benito Mussolini, ficou no país natal. Ressalva: os Pascolato atravessaram os Alpes a pé, e ficaram num campo de refugiados na Suíça.
Sobre o espinhoso tema, a mãe de Costanza dizia que eles nunca tiveram convicções fascistas. “A política para meu marido era um dever. Michele era um idealista, um homem bom, que sempre ajudou muita gente, inclusive judeus”, afirmou.
Após resgatar o marido, Gabriella atravessou o Atlântico e aportou por aqui um ano antes de Christian Dior lançar o The New Look, modelo que trouxe de volta a imagem da mulher elegante e feminina no pós-Guerra. A visionária percebeu que, ali, viria o alicerce para um novo conceito de moda. Ela e o marido abriram, assim, a Santaconstância. Acertaram no alvo. O resto é história.
Aqui, o texto que Alessandra Blocker escreveu sobre a avó no dia de sua morte:
Um amigo me falou que quando alguém próximo morre, dá a sensação de que as peças de nosso tabuleiro foram mexidas. Fica tudo fora do lugar.
Um dia acordei, me dei conta de que nunca mais iria visitar o 10º andar da Rua Rio de Janeiro (para mim a Rio de Janeiro só tem um prédio) e percebi que no meu tabuleiro ficou faltando a Rainha. Aquela peça que é mais alta do que as outras (no sentido figurado), vê tudo em volta, sempre sabe o que está acontecendo, se move para todos os lados e te tira de uma enrascada. Rainha da moda, Rainha da Santa e, acima de tudo, Rainha da família.
Dona Gabriella não escolheu ser Rainha, a vida lhe deu esse papel, e ela o assumiu sem titubear. Afinal sua família precisava dela. Como toda Rainha que se preze, ela foi bonita, inteligente, elegante, trabalhadora, incansável, atenta. E também foi durona, mal humorada, ranzinza, pois as Rainhas têm de ser fortes. Muitas vezes pessoas que não a conheciam direito me disseram: “Sua avó é tão fofa!”. Eu me calava e dava risada, pois “fofa” ela não era. Desde que me conheço por gente me lembro de ouvi-la dizer: “Sou sempre eu que tenho que fazer tudo nessa fábrica, família, casa”. Ou simplesmente virar os olhos , balançar a mão e dizer: “Já te expliquei que…”. E ela tinha razão. Era sempre ela que fazia as coisas, resolvia problemas, cuidava, à sua maneira, da família. Mas o que podíamos fazer? As Rainhas são mais rápidas, mais ágeis, mais articuladas.
Agora ela está com o Miki, e eu sigo sem minha Rainha. É preciso. A vida continua e a última coisa que ela gostaria é que eu me entregasse ao marasmo. E se não era bom aborrecer Dona Gabriella em vida, imagine contrariar seu fantasma! Então reorganizo minhas peças, monto estratégias, pois partidas são ganhas mesmo sem a Rainha. Afinal, como toda boa Rainha, ela foi generosa e sempre guiou seus súditos, dividiu o que sabia para que nós pudéssemos continuar sem ela.
“The Queen is dead, long live the Queen!”
E agora, o texto que a neta escreveu para pontuar os 95 anos de Gabriella Pascolato:
Em 1971, meus pais se separaram. Minha mãe, Costanza, apaixonou-se desesperadamente por outro homem, resolveu deixar tudo para trás, e viver essa história de amor. Na verdade, como bem disse minha irmã Consuelo, acho que ela deixou mais do que queria e esperava, pois nessa época nós morávamos no Rio de Janeiro, e ao sair de casa e mudar-se para São Paulo, ela também perdeu nossa guarda. Consuelo tinha sete anos e eu quatro.
Como falei anteriormente, Costanza deixou tudo para trás e teve de recomeçar a vida do zero. Procurar um emprego, buscar uma carreira, montar uma casa. Ela tinha pouco dinheiro e morava numa casa minúscula. Eis que, quando vínhamos visitá-la, ficávamos na casa de meus avós Gabriella e Michele. Eu adorava! Aos quatro anos não tinha muita percepção além do fato que me sentia bem. Hoje vejo como eles se esforçavam para dar às nossas vidas caóticas um pouco de estabilidade.
Cada um trabalhava umas 300 horas por dia, mesmo assim tinham tempo de nos dar atenção e de organizar a casa para nós. Em nosso quarto, sobre cada uma de nossas camas, tinha um quadro com o retrato de uma menina. A da Consuelo se parecia mais com ela, e a minha, comigo. Só agora, enquanto escrevo e lembro que assim que minha avó se foi a Consuelo fez questão de levar seu quadro para a casa dela na Itália e colocá-lo em lugar de destaque na sua sala, é que me dou conta do quanto nossos finais de semana na casa de meus avós foram importantes para nós.
São memórias difusas: as histórias de um tal Ulisses, que meu avô contava antes de dormirmos (anos depois fui descobrir que ele nos contou a Odisséia toda); as brincadeiras de esconde -esconde no apartamento; a caça ao ovo na Páscoa, em que meus avós escondiam os ovos nos compartimentos secretos de seus móveis centenários; os cavalinhos de pau que fazíamos a partir dos rolos que sustentavam os tecidos da Santaconstância; as comidas que sempre eram nossas favoritas.
Ontem foi o aniversário de Dona Gabriella, o segundo que passo sem ela. Postei uma foto sua no Facebook e a enormidade de “curtir” e comentários é um pequeno reflexo do quanto ela foi amada. Fiquei pensando na essência de Dona Gabriella, a fofinha menos fofa que conheci. Na verdade a vida toda ela foi muito durona. (Ela precisava ser assim pois sempre foi o alicerce da família.) O que me veio à cabeça foi solidez. Ela era uma pessoa sólida de caráter, de coragem, de generosidade, de dignidade. Até hoje, quando me sinto perdida e angustiada penso nela e em como ela superou todas as suas dificuldades (infinitamente maiores que as minhas) para levar adiante a história da família.
Eu acredito em vida após a morte, em parte também por causa da Nonna, mas ao olhar para a família Pascolato, em como ela cresceu, ao olhar para os bisnetos maravilhosos, não posso deixar de ver que ela também vive ali: nos olhos do Gabriel, na determinação da Isabella, na bondade da Carolina, na vaidade da Micaela, na força de caráter da Allegra e na sagacidade do Cosimo.
- June 24, 2012
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- Alessandra Blocker, Gabriella Pascolato
Cristina Allegri
24 de June de 2012Ciao Consuelo, questo testo di Alessandra é davvero bellissimo.
Tua Nonna era una persona assolutamente incomune e straordinaria, sicura di sé.
É bellissimo quando i ricordi di infanzia si mischiano con la nostalgia dell' adulto.
Un bacio, e che peccato ..... Non ci siamo viste neppure questa volta.
Cristina
Alessandra Blocker
25 de June de 2012Querida Cristina,
Obrigada pelo seu comentário carinhoso! Fico muito feliz que tenha gostado, afinal escrevi com o coração.
Bjs
cristina allegri
25 de June de 2012Alessandra, que bom te encontrar por aqui!
Um beijo
Cristina
Alessandra Blocker
27 de June de 2012:-)
:-*
Ana Laura Rabelo
24 de June de 2012Lindo texto, quanto carinho e repeito! Parabéns mais uma vez pela linda família, e por saberem manter o legado com tanta reverência! XXX,AL
Alessandra Blocker
25 de June de 2012Fico feliz que você tenha gostado. Família é nosso bem mais importante. Sem ela, não somos nada.
Abs,
A
Cláudia Prado Reis
24 de June de 2012Lindo e tocante!
Alessandra Blocker
25 de June de 2012Que bom que você gostou! Estou respondendo estes posts, uma vez que o texto é meu. Abs
Debora
24 de June de 2012Oi consuelo, texto lindo!
Linda a sua bolsa chez dédé, achei minha cara, combina com meu apelido ahahah
Vc sabe a origem do nome?
bj
dedé
Alessandra Blocker
25 de June de 2012Oi, Debora,
Que bom que você gostou do texto.
Abs,
A
Naju Santos
24 de June de 2012Bom saber e confirmar que as coisas não caem do céu, lendo o que a Alessandra escreve.
Nada vem do acaso, tudo foi conseguido com muito trabalho, muita firmeza em suas ações, uma mulher de grande valor D. Gabriella. E as netas já seguem seus passos... Bjus! Nara Santos
Alessandra Blocker
25 de June de 2012Naju,
Muito obrigada pelas palavras carinhosas. Minha avó era, sim, uma pessoa excepcional. Ainda me emociono toda vez que penso nela.
Abs,
A
Cláudia Figueiredo
24 de June de 2012Passei por aqui para dar um recadinho e fui presenteada com o que a Alessandra escreveu.Que texto lindo,que encanto de mulher!
Querida Consuelo,sei que você é atarefada mas, se puder, leia o que escrevi no Mulher Sem Photoshop http://mulhersemphotoshop.blogspot.com.br/
Beijos,Cláudia.
Alessandra Blocker
25 de June de 2012Prezada Cláudia,
Obrigada pelo carinho! Fico feliz que tenha gostado desse texto.
Abs,
A
eloisa cruz
24 de June de 2012Fiquei emocionada!!!! Parabéns Alessandra, pelo lindo texto, pela fiel descrição, pelas belas memórias!!! E o que se comia nos finais de semana, em casa de dona Gabriella? Como adoro cozinhar, adoraria saber, e quem sabe ter alguma receita. Já pensou em publicar um livro das receitas da familia? Com a editora, isso fica fácil!!!! beijos e minha admiração!!!! Também pela sua coragem em expor a estória de vocês!!! Meu carinho!!!
Alessandra Blocker
25 de June de 2012Cara Eloisa,
É uma excelente ideia, vou pensar e tentar juntar algo com minha mãe. Minha avó fazia uma mayonaise excepcional, seu macarrão ao pesto era excelente também. Tinha língua, que não é um prato muito apreciado no Brasil, mas que nós, da família, consideramos uma iguaria. Outro bestseller era lula refogada. A receita mais fácil é a do pesto. Não tem muito mistério: Bata no liquidificador queijo parmesão com azeite de oliva extra virgem até conseguir uma pasta homogênea. (não precisa muito, um pedaço daqueles que se compra no supermercado é suficiente, vá adicionando azeite até obter uma textura pastosa) junte um dente de alho e um maço de manjericão. Bata bem e junte um bom punhado de pinoli. Se não encontrar pinoli, pode usar castanha do pará, também fica bom.
Abs,
eloisa cruz
25 de June de 2012Alessandra, obrigada pela receita, um jeito novo de fazer o pesto. Eu, tive o privilégio de conviver, por 30 anos, em Avaré, com um casal de italianos, que teve uma fazenda aqui. Sem dúvida, em casa deles eu comia a melhor comida do mundo!!! Ainda a visito, em Cantú ou em Rapallo, para matar a saudade!! Sonho dos sonhos!!! Hummmmm adoro língua!!! E lulas!!! Aguardo as receitas!!! Obrigada pela gentileza!!!
Alessandra Blocker
27 de June de 2012Espero que dê certo.
Bjs
Solange
24 de June de 2012Fiquei emocionada. Nã só pelo texto mas também porque tabuleiro foi mexido e não consigo colocar minhas pedras no lugar. Beijos
Alessandra Blocker
25 de June de 2012Solange,
Meus sentimentos. É muito difícil mesmo reorganizar o tabuleiro, leva tempo. Não dá muito para lutar, acho que esse é um dos poucos momentos na vida que temos de nos entregar à situação e deixar que ela se resolva sozinha. Espero que você se sinta melhor em breve.
Abs,
A
Seli
24 de June de 2012Lindeza de texto.
A família Pascolato é feita de mulheres fortes !!!
baci
Alessandra Blocker
25 de June de 2012Obrigada!
Abs,
A
MARIA TEREZA
24 de June de 2012Lindo e tocante texto !
Parabéns, Alessandra!
Abraços
MT
Alessandra Blocker
25 de June de 2012Maria Tereza,
Muito obrigada! Fico tão feliz que as pessoas possam ver um pouco mais do por quê minha avó foi tão especial.
Abs,
A
Andrea - Curitiba
24 de June de 2012Lindo texto, Consuelo! Tua irma esta de parabens! Belas frases, portugues impecavel, verdades ditas...
Alessandra Blocker
25 de June de 2012Andrea, obrigada! Fico muito feliz que você tenha gostado.
Abs,
A
Shirley Stamou - Garotas Modernas
24 de June de 2012C.,
Lindo texto, vai direto ao coração...
beijos,
Alessandra Blocker
25 de June de 2012Shirley,
Obrigada! Direto do meu coração para o seu.
Abs,
A
Ivana
24 de June de 2012Parabéns Alessandra lindo texto, eu tambem faco aniversario dia 12 de junho acho a data maravilhosa. Beijao
Ivana Garmus
Alessandra Blocker
25 de June de 2012Ivana,
Geminiana! As mulheres de gêmeos são muito especiais! Abs,
A
Natalie
24 de June de 2012Que post lindo! Adorei os textos da sua irmã, me emocionaram.
E eu também achava que Dona Gabriella era uma fofa!!!! Rs...
Adorei a parte em que ela explica porque ela era uma Rainha, as qualidades e características que fizeram com que ela assumisse esse posto ao longo dos anos de sua vida, lindo, lindo!
Aliás, Consuelo, li que vai ter uma exposição aqui no Rio sobre sua mãe né? No Shopping Leblon, a partir do dia 11. E na abertura vai ter um bate papo com ela, sabe como é o esquema para assistir? Quero muito ir!
Um beijo!
Alessandra Blocker
25 de June de 2012Natalie,
Que bom que você gostou do texto! De fato ela era uma fofinha, mas quem a conhecia bem sabia que havia muito mais por trás dessa fofura.
Sim, a expo no Rio inaugura dia 11 com um bate papo com a CP, não sei como será o esquema, mas passo as infos para Consuelo assim que souber e ela coloca no Blog ou manda para você.
Abs,
A
Natalie
25 de June de 2012Você escreve super bem, gostei muito!
E sei beeem como é isso do que existe por trás da fofura, minha mãe é super assim! Rs...
Tá ótimo, passa mesmo as informações, quero muito ir! A curadoria inclusive é sua né? Essa família é demais! :)
Sou fã!
Obrigada pela resposta.
Super beijo,
Natalie.
Alessandra Blocker
27 de June de 2012Oi, Natalie,
Perguntei para o pessoal do Shopping e aparentemente a abertura é só para convidados. Nem sei quantos convites vamos ter, preciso ver isso direito.
Sim, a curadoria é minha com ajuda da Consuelo (a maioria das fotos são dela). Obrigada pelo elogio, mas vamos ver se a expo fica boa, mesmo. Acho que não tem muito como errar. As fotos são muito bacanas, os fotógrafos são Top e minha mãe... Bom, sou suspeita.
Bjs
Suzy Tavares
25 de June de 2012O dom de conseguir tocar o próximo com um texto sempre foi um dos mais admirados por mim.
Me senti comovida e feliz,pois também tinha uma rainha na minha família,que nos deixou a uns anos com a idade invejada de 102 anos,e que curiosamente fazia aniversário no dia 12 de junho,o dia dos namorados,acho essa data muito especial para uma pessoa celebrar seu nascimento.
Obrigada por compartir esse texto.
Um beijo!
Alessandra Blocker
25 de June de 2012Suzy,
Obrigada! Fico muito feliz pelos elogios e por ter conseguido passar um pouco das minhas emoções aos outros.
Também adoro essa data de aniversário.
Abs,
A
Françoise
25 de June de 2012Texto lindo da tua irmã,que além de escrever com desenvoltura,o faz transbordando sentimento.Todas as famílias tem suas "rainhas",mas a de vocês deixou o trono ,mas não o coração de vocês.Gosto de ver pessoas serem tocadas por sentimentos,e o transmitirem sem nenhum pudor.bjs querida.
Alessandra Blocker
25 de June de 2012Françoise,
Obrigada pelas palavas carinhosas. Fico feliz que consegui deixar transparecer os meus sentimentos.
Abs,
A
Mayse Regal Maia
25 de June de 2012Parabéns pelos textos: lindos e extremamente bem escritos!!
Alessandra Blocker
27 de June de 2012Obrigada! que bom que você gostou.
Abs,
A
elisa pestana
26 de June de 2012Olá,
Já faz um tempo q gostaria de lhe escrever e contar esta historia sobre sua avó – mas achei q não tinha o direito de tratar vc e sua família com esta intimidade, mas hoje com a historia da sua Irmã achei q poderia contar a minha historia com a sua avó mesmo sem conheça-la.
Faz um tempo estava no Shopping Higienópolis , e peguei o elevador com uma Senhora, e fiquei hipnotizada, e a encarei , assim mesmo daquela forma mal educada, a medindo de cima abaixo, e o pior senti inveja dela, acredito q ela viu isso no meu olhar, mas é q fiquei maravilhada com ela – uma “velhinha” toda arrumada, de coque no cabelo, maquida (o que realmente me impressionou, nunca vi minhas avós de maquiagem), e um broche com perolas , e pensei nunca vou ser como ela, q apesar de idade tinha ainda se amava e se cuidava e tava linda passeando no shopping , fiquei com vergonha de dizer isso a ela e parecer mais mau educada .
Por uns instantes deseje ser como ela, não sabia que ela era Dona Gabriella Pascolato – era só uma Senhoria q vi no shopping com uma elegância e uma beleza que me deixou tão encantada.
consueloblog
26 de June de 2012Elisa, ela era inspiradora!! Fico feliz q ela tocou a tua vida também! E pq n usar ela como exemplo? N precisa ser igual à ela, mas ver no seu exemplo um respeito para com si mesma e os outros tanto na aparência quanto na atitude, pois tenho certeza que ela entendeu o teu olhar e ou sorriu para vc ou dentro dela...bjs
c
Alessandra Blocker
27 de June de 2012Elisa,
Obrigada por compartilhar a história. Sempre gostamos de ouvir (ou ler, no caso) histórias de nossa avó. Ela adorava ir no Shopping Higienópolis, principalmente almoçar no Bar des Arts, que, infelizmente, fechou.
Bjs
CLEO
28 de June de 2012Adorei e me emocionei com o texto da Alessandra!
Sei que ela também e a incentivadora da biografia da Dona Gabriella...bela homenagem! eu amei ler...e no final queria ter vivido a vida dela...rsrrs...
passeia admira-la mais depois de saber mais historias de sua vida!!!
ela era mesmo uma mulher enteressante! muito especial e enesquecivél
Auguri Alessandra! ela também tinha muito orgulho da familia que ela construiu...BJS
consueloblog
29 de June de 2012Realmente!! E uma inspiração para todos nós! bjs c
Marly Camanho Papa
2 de September de 2012Hoje estou c / os meus netinhos pq os pais tiraram uns dias de ferias , e eu e meu marido fizemos questão que nos chamem de Nonno e Nonna , voltei p/ trás no blog e li o texto que falava da sua Nonna e me lembrei da minha Nonna Isabella , acho que elas tinham este temperamento forte , pq a vida foi muito dura com elas , passaram por guerra , fome , uma serie de privações , vieram p / um pais muito diferente em todos os sentidos e como todos os imigrantes tiveram uma vida de muita luta , acho que por isso elas não tinham esta característica de ( Fofas ) , mas nos deixaram um exemplo de lutadoras e trabalhadoras e muuuita saudades !!!!bjs a família Pascolato
ivani
27 de June de 2014boa noite meninas :)
encontrei esse post hoje :) tenho seguido o blog e cada dia que passa me sinto mais apaixonada por vcs ! bjkas
Magda Pilla
9 de March de 2016Gostei muito dos textos. Que exemplo de força de mulher!
Estou torcendo para que seja lançado logo o livro sobre a família de vocês.
Muito obrigada e um abração, Consuelo.