Refletindo sobre o pós ninho vazio…
Ninho vazio já é a minha realidade há mais de 3 anos… e agora?!!… Não tenho muita certeza…
Meu filho, Cosimo, foi estudar em Milão 5 anos atrás e agora trabalha lá. Minha filha, Allegra, estuda em Nova Iorque há 3 e já anunciou que vai procurar trabalho daquele lado do oceano. E o meu coração nisso tudo?… Como fica?
Na verdade, tenho uma vida ocupada e um ótimo companheiro. Isso ajuda e MUITO! Mas sem aviso, como os calores, estou fazendo alguma coisa e vem um soco no peito, assim mesmo, uma força física em forma de dor da saudades! Eu absorvo, tipo amortecedor, me dou um momento para passar e continuo a vida, quase ignorando que tenho que conviver com isso. Não adianta reclamar. Tenho o maior orgulho das suas liberdades (estranhamente uma frase que minha mãe usou na dedicatória de um de seus livros à minha irmã, Alessandra, e eu). Queria isso para eles tanto quanto eles o quiseram para si mesmos. Então reclamar seria irracional. Outra coisa que evito é pesar. Não quero que eles se sintam culpados. Não é justo e nem parte de ser mãe… ao meu ver.
Hoje em dia enfrento o fato que meus filhos saíram de casa como mais um rito de passagem. Outra fase com seus lados positivos e negativos. Os negativos sinto no emocional, os positivos mais no racional. Um momento ao qual tenho que me acostumar. E vou indo… Preciso estar bem para continuar o meu papel de suporte moral que desempenho com honra!
Explorei meus medos e dores do ninho vazio uns dois anos atrás neste post AQUI , e hoje, com mais experiência, compartilho meus pensamentos de agora neste novo vídeo.
Se não abrir, por favor clique AQUI.
E vocês, o que acham?…
- June 22, 2018
- 56
- Consuelo Blocker
Karoline Fernandes
22 de June de 2018Deixei meu desabafo via YouTube... Mas assim de boa eu achei que seria tudo tão incrível... Mas... Na real não é...
É uma dor uma sensação horrível... A vida deu uma guinada muito brusca.. Aquela menina que estava no quarto ao lado do meu, que colocava recadinhos na minha porta "Mana eu te amo" foi embora... A presença dela as nossas brincadeiras com a mãe hoje são quase nada... Eu estou tentando me segurar... Mas têm horas que o choro serve de consolo... Minha mãe está tipo uma Super Woman meu deus eu tiraria meu chapéu pra ela agora(que também chora e eu a abraço com todo amor para confortar seu coração)... A gente está de espectadora vendo nossa meninamãe seguir sua vida... Acreditando e torcendo SEMPRE pela sua felicidade....
Ai, consegui!! Sem chorar!!! É isso Consuelo... Obrigada por me ouvir... Obrigada de coração....
Vocês mães são a nossa mola para vida....
Maria Aparecida Holtz
22 de June de 2018Como sempre encantando.
Achei perfeita essa reflexão. As etapas da vida são dolorosas, mas podemos supera-las e ter uma vida interessante.
O que voce pensa é isso mesmo.
Gosto de seus depoimentos que acabam refletindo de forma positiva em nossa vida.
Andrea - Curitiba
22 de June de 2018Sim, os passarinhos voaram.....mas voaram com alegria e seguindo seus sonhos!! Isto ja eh um balsamo para vc.....E que bom que temos midias para todos os gostos para ao menos ver suas carinhas e tentar advinhar seus pensamentos.....Que sejam felizes!!! E que logo venha um outro grande feriado e longas ferias para todos vcs estarem juntos novamente!! Bjsssssss
Rosa Virgínia
22 de June de 2018Meus passarinhos também já voaram e fizeram morada em terras distantes, um mar imenso a nos separar. E agora celebramos o Natal em fevereiro, Ano Novo em outubro, aniversários em qualquer dia quando juntos brindamos a vida e os laços eternos que nos mantém unidos. O ninho continua aqui,.. a espera dos futuros encontros. E la nave va...
Neide Moriconi
23 de June de 2018Oiiii Consuelo, sei exatamente o que é estar dor ardida da saudade. Tenho três filhos sendo dois homens(40, 39 anos) e uma filha 34. Um em 2005 se foi p Londres, conheceu uma italiana, hohe minha nora, em 2007 se mudou p Bergamo, onde reside e me deram dois netos que são nossas paixões. O outro em 2008 foi p Montreal fazer mestrado, passou p doutorado, trabalha na área, está bem lá. Somente a filha casada mora pertinho de mim, a minha fiel escudeira!! Mas enfim, minha vida é falar oi e tchau!!! Estou falando tchau e já fazendo as contas de qto tempo vamos levar até o próximo encontro. Há dias em fico chorosa sem saber a causa, mas lá no fundo eu sei!! Saudades!! Muitas saudades!! Mas o consolo vem qdo penso q estão felizes e alcançaram o sucesso com suas próprias pernas, por capacidade, merecimento e muita garra. E aí volta a saudade, sacudo bem o corpo vou lá no baú jogo a danada da saudade lá e fecho a tampa. Sabe por que? Por que mãe é assim!! O importante são os filhos felizes!! Beijos a vc
CELINA - SÃO PAULO
23 de June de 2018Olá, Consu querida. Ainda não sou mãe, apesar de estar casada há 9 anos. Não moro muito longe da minha mãe, mas com a correria do dia-a-dia não a visito sempre, e a minha consciência pesa, porque reconheço que deveria visitá-la mais vezes, especialmente porque ela já está velhinha (tem a mesma idade da tua mamisa e também é virginiana, rs) e ultimamente a saúde dela não anda lá aquelas coisas...
Na última visita à casa da minha mãe, dei de presente para ela uma manta simples mas bem bonita, e a estreamos no sofá, assistindo a televisão, e confesso que foi tão gostoso ficar quentinha em uma tarde fria com a minha mãe ao meu lado, e eu cochilando, rs...
O lado bom de sentir saudades significa que fostes feliz em algum momento (ou vários!) da tua vida, e que podes apaziguar esse sentimento encontrando as pessoas amadas sempre que for possível.
Gratidão pela tua sinceridade e humildade em compartilhar conosco os teus sentimentos.
Um abraço de urso e beijos com carinho. Namastê!
Gloria Jane Melo
23 de June de 2018Olá Consuelo
Assisti seu vídeo lembrando do dia que voce foi levar sua filha para o college. O tempo passou tao rápido que nem havia percebido há quantos anos lhe vejo quase todos os dias!!!
O mundo ficou pequeno para os jovens! Vemos histórias semelhantes de muitas mães cujos filhos buscaram caminhos tão distantes...Imagine para os jovens brasileiros que vêem suas oportunidades de trabalho minguadas pela situação de paralisia que o país foi tomado...há que se buscar alternativas.
E como toda mãe que tem filhos e netos longe, ao mesmo tempo que choro por mim,pela falta de seus risos, brinacadeiras, sorrio por eles que estão bem e se sentem valorizados no local onde escolheram viver.
beijos
Andreia Mota
23 de June de 2018Acho tão linda a forma que se coloca no lugar deles ("Não quero que eles se sintam culpados.") A grande sacada da vida é essa, se por no lugar e aceitar as escolhas de cada um. O seu maior presente foi guiar o "voo". Beijos Diva, beijos Salotto.
Maribel
24 de June de 2018Obrigado Consuelo!!
Claudia
25 de June de 2018Consuelo,minha filha acabou de ir pra Nashville, onde começa a Residencia em Ginecologia... sei a dor exata que vc está sentindo, porque ela só vai ter duas semanas de ferias por ano.... e o mixed feelings é esse: um novo mundo que se abre pra eles, a possibilidade real deles se tornarem seres completamente independentes de nós, o que nos enche de orgulho, e a falta que nos faz levar pra eles uma xicara de café....a dor é quase física, e olhar aquele quarto vazio, com as roupas que não levaram ainda penduradas???
Denise Luna
25 de June de 2018Queridona, puxa, que difícil, mas que sensação de dever cumprido.
Sei que logo será minha vez e que será um pouco mais difícil porque não tenho um namorido para me distrair, mas terei que descobrir novas maneiras de me reinventar sem aquela filha super amorosa e companheira dormindo no quarto ao lado e dividindo a pipoca assistindo Netflix comigo. Porém, como meu desejo de que ela seja feliz e realizada, é maior do que o meu apego à ela, vou sobreviver e descobrir novos caminhos para não me sentir só e triste.
Acho que o segredo é mesmo querer que eles sejam felizes, apesar da saudade.
Bjs
Denise Luna
25 de June de 2018Lembrei uma entrevista de sua mãe que disse que quando você terminou sua faculdade nos EUA e comunicou que não iria voltar, mas trabalhar em NY, ela ficou bem deprimida (e ela ainda tinha outra filha no Brasil, certo?)
Marly Galucio
26 de June de 2018Doi e doi muito...
Marcia de Franca Vieira
26 de June de 2018Que lindo! Chorei! Tb passo por isso. Meu filho tem 21 anos e sai de casa a 3 anos. Nao tem sido facil! Tenho dias bons outros nem tanto. Mas estou seguindo.!
Obrigada querida por dividir isso conosco!!
Bjs
Márcia
26 de June de 2018Saudade é a presença dos ausentes. Se você sente, é porque estão com você e em você.
Um beijo
Glaucia Cruz
26 de June de 2018Moro com meu filho unico Pedro que esta com 14 anos e em Janeiro/19 farei um ensaio do sinho vazio, num mito de alegria e triteza o verei partir, sem minha companhia, numa viagem para intercambio em Londres. E parte da "culpa" rsrsrs é minha que sempre o incentivei a ver o mundo. Com o coracao apertado desde o dia em que autorizei a façanha, decidi colocar a mochila nas costas e tambem viajar, conhecer novos lugares e ocupar a mente...ja que o caracão...mas sinto que preciso fazer isso para o nosso bem ... Dele e Meu.
Inaiara Girardi
3 de February de 2019Consuelo,
Amei o vídeo!
Estamos vivendo, outra vez, o mesmo momento. Meu único filho foi estudar nos EUA, em setembro de 2015, alguns dias antes de completar 18 anos. E além de filho foi sempre um ótimo companheiro, de academia, caminhadas, cinema... Contrariando as expectativas de todos, não fiquei deprimida. Derramei algumas lágrimas quando entrou no portão de embarque do aeroporto e vi suas costas, carregando uma mochila, desaparecer da minha visão. Mas maior do que a saudade que eu sabia que iria sentir, estava a alegria de vê-lo, com tanta coragem, enfrentar uma nova vida longe de casa, longe do conforto e segurança (e por que não dizer da mordomia?) ao lado dos pais. Enfim, sobrevivi à distância com a mesma coragem que ele teve para ir em busca da construção do seu futuro. Como você, gostaria que falássemos todos os dias, mas me contento com o 'Bom dia' e/ou o 'Boa Noite', quando eles acontecem. Deixo sempre que ele tome iniciativa de ligar. Até porque, nunca sei se estarei interrompendo algo. Agora, entrando no último semestre, tudo se encaminha para que ele lá permaneça. E, como as coisas aqui no Brasil estão cada vez mais complicadas, eu e meu marido estamos, racionalmente, felizes com a possibilidade da permanência dele por lá. Racionalmente, é claro! E aqui é que eu vejo o quanto consegui 'domar', se é que assim posso dizer, o meu Id. Uma noite dessas sonhei que passava ao lado de um muro de tijolos e cortava um comprido cordão umbilical, que passava de um lado ao outro, com uma grande tesoura. Ou seja, ainda havia,dentro de mim,um desejo que, ao fim do curso, ele pudesse retornar. E a gente como mãe vive essa batalha, de tentar ser para os filhos o melhor instrutor de voo e, ao mesmo tempo, ter o coração apertado pela ausência deles. Abraço!
consueloblog
19 de February de 2019Nossa! Q sonho incrível! Parabéns pela coragem! grande beijo e vamos andando de mão em mão! c