Que presente dar?…
Na minha opinião um dos melhores textos até agora da nossa querida e inspiradora Cris M. Zanferrari!! Fico pasma com a clareza que ela passa um argumento. Este do presentear é incrível!! Toca lá embaixo, sabe? Não sou boa de dar presentes, mas sinto que o brasileiro é muito generoso e adora! Acho lindo! Então as palavras de Cris me ajudaram muito a compreender esse meu lado carente no presentear. Espero que gostem como eu!
Ela também tem o ótimo blog Mania de Citação e o Instagram Prosapoesia.
De presentes e sonhos
Cris M. Zanferrari
Corre o ano e as tradicionais datas festivas já estão a se aproximar: alguns aniversários, Páscoa, Dia das Mães. Com elas, o imperativo de dar ou trocar presentes. Até aí nada de novo, a não ser a pergunta que se repete mal passado o Natal: ciranda, cirandinha, que presente vamos dar?
Cresci ouvindo e seguindo um conselho popular, o de que devemos presentear alguém com aquilo que nós mesmos gostaríamos de ganhar. Só há bem pouco tempo percebi o imbróglio desse conceito. Tudo bem que a premissa seja nobre porque, afinal, demonstra que a intenção é quase bíblica: agradar ao outro como a si próprio. Mas, convenhamos, nem todo mundo gosta de orquídeas, de livros, ou de acessórios para cozinha. Perfume então, pessoalíssimo. Objetos de decoração, só se o gosto de quem presenteia passar longe do kitsch.
Presentear com coisas do nosso gosto pessoal é querer impor ao outro o nosso próprio modo de ser. É fazê-lo refém das nossas vontades. Ao submetermos o outro a apreciar o que nos agrada e interessa estamos exibindo o nosso lado mais egocêntrico. Vaidosos que somos, cremos estarem as nossas preferências alinhadas aos mais altos níveis da estética, requinte e bom gosto. Tudo isso, claro, segundo os nossos próprios critérios. Em suma, todo presente é, bem no fundo, autoelogioso.
Felizmente, nem tudo é oito ou oitenta nessa vida. E assim é que também uma outra verdade se esconde por trás do gesto. Uma verdade um pouco mais nobre, bela e humana: o simples desejo de que o outro goste do que gostamos nós. É que gostar das mesmas coisas nos torna mais próximos, nos deixa mais íntimos, e nos faz menos solitários. Ter apreço e afeição pelas mesmas coisas nos faz mais parecidos, mais aparentados, nos torna mais irmãos. É nobre, belo e humano o desejo de, ao longo da vida, nos fazermos acompanhados.
Agora, bonito mesmo, de verdade, é quando alguém nos conhece tão bem que sabe exatamente o que nos agrada, o que desejamos, a que aspiramos. Essas pessoas, que sabem ler as outras, dificilmente erram ao presentear. É que elas estão sempre atentas aos detalhes, às entrelinhas, e interpretam gestos e intenções. Dedicam-se a verdadeiramente conhecer o outro. Sabem de antemão os seus desejos, antecipam os seus sonhos, reconhecem as suas vontades. E por conhecê-lo assim, tão profundamente, dão ao outro o melhor presente que o outro poderia receber: ver-se respeitado em sua mais completa e absoluta individualidade. Essas pessoas, que sabem ler as outras, presenteiam apesar das diferenças, das dessemelhanças, porque sabem que não há que sermos iguais para estarmos juntos.
Mas é verdade também que há leituras equivocadas, afinal, se não é fácil conhecer a si próprio, o que dirá bem conhecer ao outro. Digo isso e me vem à lembrança uma historinha acontecida já há alguns anos.
O marido costumava dizer à mulher que tinha um sonho guardado. Queria aprender a tocar saxofone. Imaginava-se tocando não em recitais, mas no aconchego do lar, plateia restrita e familiar . A mulher sonhava junto, antevia ter o seu próprio Kenny G. na sala de estar. O homem reservava o sonho para a aposentadoria, a ocupar as horas vazias com música clássica soprada pelo próprio pulmão. Mas eis que a mulher decide que um sonho guardado é apenas um sonho e que esperar por realizá-lo _tão curta é a vida_ pode significar condená-lo a ficar para sempre e tão somente no universo onírico. Assim, ela trata de comprar um belo saxofone dourado para presentear o marido. E para garantir que o presente não permanecesse no estojo, anexou ao instrumento de sopro o cartão do professor que ministraria as aulas de iniciação musical.
Mas eis que o presente menos surpreendeu do que o compromissou. Foi instado a aprender as notas e escalas musicais, a praticar exercícios de embocadura, a ter mais um apontamento na agenda a cumprir. A realidade exigia um esforço incompatível com a sublimidade do sonho. Achou que o aprendizado era dificultoso, que não levava jeito, que isso e aquilo. Aos poucos_ sem que a mulher o soubesse, temia desapontá-la_ foi cabulando aulas e se esquivando das práticas. Quando a mulher se deu conta, já estavam o sax e o sonho extraviados no estojo de veludo.
Passadas as frustrações de ambos, presenteado e presenteador, ficou o saxofone a exibir-se, emoldurado, como parte da decoração da casa, a lembrar que talvez o mais bonito do sonho seja isso mesmo, apenas o prazer de sonhar. E que, afinal de contas, de presentes e sonhos, nunca se sabe o que esperar.
- March 06, 2017
- 18
- Cristina Momberger Zanferrari
Giselda
6 de March de 2017Só as pessoas generosas gostam,realmente ,de presentear e se esforçam para acertar,agradar o presenteado .Já ouvi gente dizendo que TEM que comprar um presente para alguém pelo aniversário,Natal ,etc.Sentem-se "obrigados socialmente".Aí compram qualquer coisa e pronto ! Não conhecem a alegria de compartilhar. Quanta a sonhos ,melhor conseguir realizá - los .Os nossos e os dos nossos queridos .Isso é ,também ,felicidade,né?
Cris M. Zanferrari
6 de March de 2017Verdade, Giselda!
Adorei seu comentário, muito obrigada!!
Bjs, querida!
Jaqueline Oliveira
6 de March de 2017Que texto gosto, Cris! Realmente, presente é sempre uma surpresa... Acredito que nos tempos de hoje, quanto mais intimidade, mais o presente fica em segundo plano. Claro, confesso que abrir o embrulho é excitante, mas o fato de sermos lembrados e pensar que o outro gastou um tempo de sua vida a dedicar se em nos fazer feliz, para mim, é tão significativo.
Lembro me uma vez de uma funcionáriado lar, que me presenteou no natal comum jogo de 6 copos. Eram copos bem simples que provavelmente ela não tenha gasto mais que uma dezena de reais. Mas o gesto dela foi tão lindo que os coloquei bem a vista na minha cozinha. Fui perguntada: mas você vai os deixar aí? eu respondi: lógico! Você já pensou que ela dispôs do que não lhe sobra, para me presentear?
É isso. O presente é o ser humano tentando te fazer feliz....ah claro... jóias/ maridos estão de fora disso...rsrsrsrs são e serão sempre bem vindos...
Um abraço, Jaqueline
Cris M. Zanferrari
6 de March de 2017Jaque querida!!
Quanta sensibilidade no seu gesto de exibir o presente na sua cozinha!! Você soube compreender e valorizar o presente recebido, e imagino o quanto a sua funcionária deve ter apreciado o seu gesto em retribuição!!
Muito obrigada por compartilhar!!
Beijo afetuoso pra vc!
Gloria Jane Melo
6 de March de 2017Cris,
Este texto é incrível.
Presentear bem é uma arte. É dispender tempo procurando algo que faça o presenteado feliz,é conhecer o outro mais de perto, e assim o objeto passa a ser o veículo da felicidade.
Presentear pessoas ricas, que já têm tudo, parece difícil, mas sempre há um mimo, uma delicadeza a se oferecer.
Já presenteei com coisas que gostei de ganhar e já ganhei presentes que não consegui usar pois não era o meu estilo. (E eu não sou nada estilosa, heheh).
Eu, pessoalmente costumo facilitar aos que me presenteiam em amigos secretos, natal, etc, informando que adoro coisas cheirosas, e assim ganho cremes, sabonetes os quais realmente uso.
Um forte abraço,
Consu, um beijo
💗💗💗
Cris M. Zanferrari
6 de March de 2017Querida Gloria!!
Adorei o que você disse: "o objeto passa a ser o veículo da felicidade." Exatamente!!
Ah, eu também adoro coisas cheirosas, inclusive aromatizadores para a casa...hehehe...
Beijão pra vc!!
Gloria jane melo
6 de March de 2017Comolemtando o comentario: acho muito chato estes sites de casamento que voce "compra" jantares e passeios que não existem para que os noivos fiquem com o dineheiro.
Cadê a lembrança?
Com 40 anos de casada ainda tenho muitos dos presentes que ganhei, alguns até de parentes que já se foram.
Lembranças maravilhosas
Cris M. Zanferrari
6 de March de 2017Ahhh, eu também acho isso tão impessoal!!
E levando em conta o que vc disse antes, sobre o objeto ser um veículo de felicidade, nada mais significativo do que ter essa "felicidade" perdurando através dos anos, não é mesmo?
Bjs, querida!!!
Cassiano Lopes
7 de March de 2017Concordo com você Glória...
Mais chato e deselegante ainda é vender pedaços da gravata do noivo e "passar" o sapato da noiva...
Que saudades de outros tempos...
Gloria Jane Melo
8 de March de 2017Verdade Cassiano. Nada substitui a alegria infantil de rasgar o papel de presente para ver o que ganhou. Aliás, esta história de rasgar é nova. Quando criança, mesmo alvoroçados para ver o presente, abríamos com cuidado e depois guardávamos o papel debaixo do colchão para nao amassar, quem sabe podíamos precisar dele algum dia. Dá uma saudade....
Maria Celia
6 de March de 2017Tudo o que diz respeito ao presente não me agrada: tanto receber ( o que faço qdo não me agrada, a espera da retribuição) como oferecer. Tenho uma família bem numerosa e já desperdicei muito tempo em viagens tentando encontrar presentes. Quando são crianças pode ser complicado, adolescentes fica impossível. As pessoas têm acesso à muitas coisas e gostos bem definidos. Não acredito que dar alguma coisa seja realmente a melhor forma de dizer à alguém que voce gosta muito dela. Carinho , atenção , acredito, contam muito mais.
Cris M. Zanferrari
6 de March de 2017Maria Celia,
Cada vez mais me convenço de que o melhor presente que podemos nos dar, uns aos outros, é o nosso precioso tempo! E nele estão incluídos o carinho e a atenção que você mencionou!
Obrigada, querida!!
Bjs afetuosos
Cassiano Lopes
6 de March de 2017Texto lindo!
Adoro presentear.
Busco sempre uma forma inusitada e divertida.
Nunca me passou pela cabeça esse sentimento de dar ao outro algo que gostaria de ganhar.
Não sei se até hoje acertei na mosca como dizemos. Entretanto, todos os presentes que dei foram pensados na alegria e lembrança que poderia proporcionar e deixar ao presenteado.
Mudei um pouco a minha estratégia nos últimos tempos e hoje presenteio a todos por quem tenho um imenso carinho, amor e respeito de forma diferente. Muitas vezes com orações ou palavras.
Um beijo e parabéns pelo seu texto inspirador Chris!
Cris M. Zanferrari
6 de March de 2017Cassi, querido!!!
Presentear com orações ou palavras... que coisa mais linda!!!!
Você é especial, dear!!!
Wish you the best!!!!!
Bjo grande e carinhoso pra vc!
Mia Athayde
6 de March de 2017Cris, esse ato de presentear é, para mim, uma experiência sempre muito gostosa.
E, nos últimos tempos, ando gostando de dar "coisas de comer" de presente.
Uma massa bacana com um molho incrível, azeites diferentes, gostosuras gourmet e assim vai.
Delícia mesmo para mim, é quando resolvo que o presente será uma cesta de alimentos para os sentidos!
Montar essas cestas é um prazer imenso e, nelas, vão desde uma compota especial, um pão que só se encontra em um certo lugar, um bom livro, uma plantinha suculenta, uma peça feita à mão por algum artesão, uma vela cheirosa ...
Ahhhhh !!!! ADORO dar e ganhar presentes!
Mas na hora de presentear as filhas, sempre me empolgo e pergunto achando que virá uma resposta diferente: o que vc quer ganhar???? Resposta em 100% das vezes ... "roupaaaaaa"
Aí eu faço aquela cara de paisagem e vou ao .... shopping, direto nas lojas que as minhas filhas gostam.
Minha criatividade fica encolhidinha e, quando as meninas abrem as caixas, abrem aquele sorriso largo e dizem "Aiiiii que lindoooooooooo, mãe !!!!!!!!!"
E eu penso .... ok, ok, ok ... está tudo certo!
Sou euzinho quem adora inventar moda !
Elas, pelo menos até agora, adoram mesmo são os modelitos de algumas vitrines hahahahahahaha !!!!!
E assim, todo mundo ficar feliz!
Adorei teu texto e o assunto tão gostoso que vc nos trouxe, de presente!
bjsssssss
Cris M. Zanferrari
6 de March de 2017Mia, minha querida!!!
Eu amo ganhar presentes comestíveis!!! Uma cesta assim no capricho, como essa que você descreveu, é um presente dos sonhos, viu? Quanta delicadeza e sensibilidade envolvidas num presente assim!!
Quanto às filhotas, sei bem o que você quer dizer. Elas sempre pedem as mesmas coisas...kkkkk... mas o mais importante é quando conseguimos agradá-las, não é mesmo? Acho que a apreciação de outros tipos de presente virão com o passar dos anos...hehehe...
Muito obrigada, minha linda, pelo carinho de sempre! O seu tempo para me escrever essas linhas também é sempre um lindo presente!!
Bjo cheio de afeto!
Mia Athayde
6 de March de 2017:))
Gloria Jane Melo
8 de March de 2017Olá Mia,
Sabe que adorei sua escolha de coisas de comer para presentear! Principalmente nesta época em que temos mais acesso as gosturas gourmet.
Beijos
Andrea - Curitiba
6 de March de 2017Cris , que texto barbaro! Amei!! Eu gosto mais de presentear do que receber. Nunca vou a uma casa, evento ou encontro sem um mimo para alguem.Adoro ficar em uma loja pensando no que a pessoa gostaria de receber! E amo uma estoria que minha mae contava de quando a Rainha Elizabeth casou-se...Ela recebeu presentes riquissimos do mundo inteiro mas o que ela mais gostou , dito por ela mesma, na epoca, foi uma singela toalhinha de fio feita pelo Gandi para presentea-la! Os presentes mais caros sao os feitos com carinho e amor, nao interessa se eh um desenho em uma folha qualquer de papel ou uma simple e singela tolhinha de fio! bjssssss e obrigada por esse lindo presente!
Denise Luna
6 de March de 2017Andrea, adorei saber sobre a Rainha Elizabeth e o presente do Gandhi! Você sempre contando estórias bacanas.
Bjs e saudades
Andréa , Curitiba
7 de March de 2017Obrigada De! Bjsssss
Cris M. Zanferrari
6 de March de 2017Andrea querida!!
Que bacana isso de levar um mimo em ocasiões diversas!! É uma delicadeza ímpar!
E adorei saber sobre essa história do presente da Rainha Elizabeth!! Muito obrigada por compartilhar!!
E saiba que seu comentário é a cada vez um mimo diferente que vc me traz!!
Bjs mil pra vc, amada!!
Andréa , Curitiba
7 de March de 2017Obrigada vc pelas lindas palavras, Cris! Bjsss
Maria Benincasa
6 de March de 2017Que texto lindo e verdadeiro! Eu ADORO presentear, mas sinto muitas vezes certa
Dificuldade! Fico feliz qdo consigo fazer a tal leitura do outro! Espero conseguir mais e mais!
Obrigada pelo texto Cris
Obrigada Lady Linda
Bjs da roça
Cris M. Zanferrari
6 de March de 2017Querida Maria!!
Eu também adoro presentear, mas não sou boa em "ler" os outros, não!! Admiro quem tem essa capacidade, e gostaria de ser um pouco mais 'alfabetizada' nessa questão...hehehe
Bjs afetuosos da cidade!
P.S.: Adoro a vida na roça! Onde fica a sua, querida?
Karoline Fernandes
6 de March de 2017Bem... Sou do tipo que ama demais ganhar presentes... Na data de aniversário quando sinto que todas aquelas pessoas vão dar os seus presentes só para mim, fico em êxtase!!! Felicidade... Porém também gosto de presentear, imaginar outrem com aquele presente que escolhi...
Mas os melhores presentes são amor, felicidade e agradecer. Se você tem essas três coisas para dar, você vai receber em dobro... Seja em qualquer data, mesmo que não tenha dinheiro para comprar um presente... Dê amor, dê a sua felicidade e agradeça por estar ao lado dessa pessoa que tanto gosta.... É isso rsss...
Cris M. Zanferrari
6 de March de 2017Que amor!!
Muito obrigada pelas palavras, querida!! Palavras também são presentes!!
Bjssssssss
Denise Luna
6 de March de 2017Querida Cris, muito bom texto. Tenho alguma dificuldade com presentes,pois sinto que cada vez mais as pessoas gastam menos tempo na compra de um presente "pensado" ou escolhido com carinho.
Em contrapartida, quando ganho algo que sinto que a pessoa se preocupou em me agradar, fico tão feliz!!!!!!!!
A arte de presentear é para poucos, viu?
Cris M. Zanferrari
6 de March de 2017Delinda querida!!
Esse tempo "gasto" na escolha de um presente às vezes vale muito mais do que o presente em si, não é? Talvez por isso é que a gente fica tão feliz!
Mas concordo com vc que a arte de presentear é pra poucos!
Obrigada, minha querida!!
Bjo grande e afetuoso
ROSÂNGELA DIAS
6 de March de 2017Oi Jaqueline, lindo o seu texto!
Então, particularmente, amo presentear!...bem mais do que ser presenteada.
Procuro ter em mente sempre as datas importantes e, busco sempre dicas para melhor acertar.
Há pouco, para um grupos de amigas, encomendei bordados em toalhas pra uso na piscina, com a data do nascimento e o dia da semana. Elas amaram!!! Ainda mais pelo gesto da busca das informações... Foi muito divertido e comovente!
Grande beijo.
Também pra vc Consuelo.
Cris M. Zanferrari
7 de March de 2017Que bacana, Rosângela!! São esses gestos, por trás dos presentes, que os tornam tão especiais!
Bjs, querida!!
Tânia Sciacco
7 de March de 2017Que texto incrível! Gostei muito!! Parabéns!! Beijos mil
Cris M. Zanferrari
7 de March de 2017Muito obrigada, Tânia!
Fico feliz que tenha gostado do texto!
Bjs, querida!!
Marina
7 de March de 2017Olá Cris, O seu texto é lindo e realmente na maioria das vezes não avaliamaos assim tão bem as escolhas de determinados presentes que damos. O que vem do coração, geralmente é a melhor escolha.
E querer oferecer o tal presente de sonho, pode mesmo quebrar o encanto de uma vida. Lembrei-me do romance O Alquimista, de Paulo Coelho, em que o pastor Santiado questiona o bem sucedido, dono da loja de cristais porque motivo nunca foi a Meca, se esse foi sempre o seu sonho. O dono da loja responde. "És diferente de mim, porque desejas realizar os teus sonhos. Já imaginei milhares de vezes a travessia do deserto, a minha chegada à praça onde está a Pedra Sagrada, as sete voltas que devo dar em torno dela antes de tocá-la. Já imaginei quais as pessoas que estarão a meu lado, na minha frente, e as conversas e orações que compartilharemos juntos. Mas tenho medo que seja uma grande decepção, então prefiro apenas sonhar...Nem todos podem ver os sonhos da mesma maneira.
Beijos!
Cris M. Zanferrari
7 de March de 2017Marina querida!!
Você entendeu perfeitamente!! E que lindo ter me feito recordar desse trecho de "O alquimista", que li ainda na adolescência. Muito obrigada!!
E porque não perco a mania de citar, lembrei-me de um trecho belíssimo de Eduardo Galeano, que resume esse modo de pensar sobre o sonho (aqui chamado de utopia):
"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar."
Um bjo grande e afetuoso!
Marina Di Lullo
7 de March de 2017Querida Cris, que presente lindo te ver ao final do post, linda e charmosa!! Adorei a túnica e os colares!!
Quanto ao presente, é isso, estar presente naquele momento, para ofertar e para receber. É o momento do inesperado, o abrir de uma caixa ou papel colorido, o antes, em que mais os olhares se buscam do que o próprio presente. Será que vai gostar?
Beijo grande,
Marina
Cris M. Zanferrari
7 de March de 2017Marina amada!!!!
Estou 'in love' com esse acessório da Camila Klein! Eu adoro as peças dela não só pela beleza, mas pela versatilidade de usos. Por isso, fiquei toda prosa com esse seu elogio...hehehe...
Quanto ao presente, você disse uma coisa linda: "mais os olhares se buscam do que o próprio presente". Amei!!
Bjs com todo meu afeto!
Juliana Melo
7 de March de 2017Consuelo, seu blog foi um achado maravilhoso. Como se fosse uma brisa fresca passando. Uma sensação gostosa de ler os seus textos. Você consegue inclusive falar de tendências de uma forma leve e de um ponto de vista com mais sabedoria. Estou adorando tudo. Beijos!
consueloblog
8 de March de 2017Que gostoso! bjs c
Marly Moreira Pozzer
8 de March de 2017Oi Cris, para mim seus textos são bastante reflexivos... obrigado pela oportunidade de me levar a uma análise pessoal sobre como tenho presenteado aos amigos ultimamente. Depois de muitos anos de casada (38 anos) meu marido e eu decidimos desde o ano passado nos presentarmos com "experiências" nas nossas datas especiais. Temos vivido agradáveis surpresas (paisagens, sabores, espetáculos artísticos...) que nos tem enriquecido, e também a nossa família. Obrigado a Consuelo!
Cris M. Zanferrari
10 de March de 2017Querida Marly!!
Fico muito contente de saber que o texto proporcionou uma reflexão, pois em geral é através de alguma reflexão que me ponho a escrever!
Adorei a sua decisão de presentear com "experiências"!! É, a bem dizer, o mesmo que presentear com tempo e presença! O que mais se pode querer de quem se ama?
Bjo afetuoso pra vc!!
Marly Papa
12 de March de 2017Querida Cris
Adoro seus textos , adoro presentear , mas sinto ultimamente com o advento da internet e joguinhos para as Crs , o Dar se tornou mais difícil , a sensação que tenho. , que as pessoas já tem tudo , nada ou quase nada nos faz sentir que realmente causamos aquele impacto , as minhas filhas já desisti , não acerto mais nas roupas , dou em dinheiro pra comprar o que gostam , os netos preferem comprar o joguinho ou juntar vários presentes em dinheiro pra comprar o último modelo de I Phone , o último aparelho de jogo e por aí vai , onde tiro as minhas vontades de dar são meus amigos , estes realmente me dão prazer , pq escolho com cuidado e muito amor , adoro ver a carinha qdo abrem o presente !!! Obrigada mais uma vez por nós fazer pensar sobre o tema , bjs a vc e a Consuelo !!!
Cris M. Zanferrari
12 de March de 2017Querida Marly!!
Concordo com você: presentear os jovens está ficando cada vez mais complicado para nós, que ainda atribuímos valor, ou ao menos, um outro valor para o que significa um presente. Queremos que o presente materialize a nossa presença, que ela não se dilua na "vaquinha" de dinheiro acumulado; queremos ser lembrados pelo mimo escolhido e ofertado! Acho que o conflito de gerações se reflete também no presentear, porque eles (os jovens) não parecem se incomodar ou se preocupar com isso. Não sei se me fiz entender...kkkkkk...
Um bjo grande e agradecido pelo seu querido comentário!