Resoluções 2019: Empatia

Cosimo e Allegra, meus filhos, no meu aniversário de 55 anos em Florença. Foto Marcela Schneider

Resoluções no início do ano são a manifestação da nossa esperança.  Comecei 2019 explicando como meditação para melhorar a qualidade da minha vida (foco, organizar o tempo e me amar melhor) foi a minha primeira.  (Conto neste post AQUI da semana passada.)

A segunda, pode ser resumida com a palavra empatia!  A quero entender, compreender, sentir e praticar mais.  De um tempo para cá, ela está por todos os lados.  Nas notícias, nos memes das mídias sociais, em conselhos que minha mãe me dá.  E o consenso é que há grande falta dela no mundo de hoje.

Mas afinal o que significa exatamente?

Empatia: “Empatia significa a capacidade psicológica para sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo.” (Fonte: https://www.significados.com.br)

E por que a incluo entre minha resoluções?  Pois sintetiza vários pontos nos meus rascunhos do que quero para 2019.  Vejam só:

• Tentar entender melhor o outro
• Estourar menos
• Escolher melhor o momento de falar e contar algo
• Falar menos de mim mesma
• Aceitar melhor o ninho vazio

E daí você me pergunta, e o que empatia tem a ver com tudo isso?!… Vamos lá!

Sabe o que falam da primeira impressão?  De ser o cartão de visita?  Pode ser.  Mas e se essa primeira impressão for prejudicada por uma timidez, cansaço, enxaqueca ou algo mais?  Que tal identificar a dificuldade do outro e dar o tempo e espaço para se recompor? Afinal, é com o melhor de cada um que aprendemos!  Perceber esse desconforto, acredito ser empatia.

E quando algo te irrita?  Controlar quando e especialmente como reagir pode não só ser mais generoso, mas também evitar que se diga algo sem ter todos os fatos…  Será que essa paciência não é empatia também?…

E tem também o tal de ninho vazio.  Acho que empatia possa ser a única solução para superar essa dor desequilibrada que me consome no momento.  Allegra, minha filha, ao partir alguns dias atrás, colocou o marco definitivo no fato que este meu lar, nunca mais será seu… e nem do Cosimo, meu filho mais velho.  Ela foi terminar seu último semestre de universidade em Nova York e depois vai procurar trabalho por lá.  Cosimo já mora em Milão há anos e trabalha lá a quase um.  Eles podem até vir visitar, ficar alguns dias, mas é a situação temporária.  Suas casas de verdade, são e serão de agora em diante em outro lugar, cidade, país, continente!!  Para mim foi o fim de uma era.

Isso me trouxe uma tristeza imensa que me levou até a dizer ao Roberto, meu namorido: “Por o que tenho a viver agora?!”  E ele me respondeu com os olhos mais doces que já vi: ” Pelas suas conquistas e alegrias!”  Sabe aqueles momentos de epifania?  Esse foi um.  Ao qual respondi: “E os netinhos, não é?!”  E ele respondeu com um sorriso: “Você será uma ótima avó!”  Entender que as suas felicidades serão a causa da minha certamente é empatia também!

Mas esse momento revelação só tomou conta da minha cabeça.  Meu coração não respondia com o mesmo alívio.

Foi quando uma querida leitora me mandou o link a uma conta de Instagram, a 4050emais.  Em um de seus posts estava escrito o seguinte:

“Praticando o desapego: Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.  Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.”

Eureka!  É isso, eu TENHO que superar essa fase para que as “crianças” possam crescer sem se preocuparem com a mãe, para poder trabalhar bem e continuar o relacionamento com você que está lendo estas linhas, para poder ser uma boa companheira ao Roberto, uma boa filha, amiga e afinal, para poder me tornar uma ótima avó!  Pois, viver é um privilégio e não só por estarmos vivos, mas porque cada fase da vida é emocionantemente nova e diferente.  No fundo, é uma forma de generosidade comigo mesma!  De empatia não tem nada, mas ajudou meu coração a entender o que o cérebro estava aprendendo.

E sabem como o destino tem um jeitinho curioso de se manifestar?  Vejam só que palavras a meditação me concedeu hoje pela manhã:

“Oh minha querida!   Entre onde você teme e traga a luz.  Aprecie a descoberta, esperança.  Diga te amo ao desconhecido.  Divina freqüência fluida, você escreve a história. O nascimento de seus novos sonhos expandem o que há de novo.”

“Oh dear one! Walk into the place you fear and bring light. Enjoy discovery, hope.  Say I love you to the unknown. With divine fluid frequency you write your story. Birth of your new dreams expand the newness.” Sarah Blondin

Ser empática traz a luz pois é na generosidade de aceitar a condição do outro que cresce a novidade, a paz e a felicidade própria!

Vejam só, minhas duas primeiras resoluções de 2019 se complementam! Cool!  Comecei bem!